— Você me dopou de propósito, theá? — sussurra asperamente perto do meu ouvido, causando-me arrepios. Seu cheiro gostoso e sexy penetra meus sentidos e quase gemo. — Se queria me relaxar de verdade, era só me dar a sua boceta gostosa. Em vez disso, tudo o que tive foram horas de sono induzido, porra.

Eu não consigo segurar uma risada baixa. Ele rosna.

— Está reclamando por ter sido bem cuidado, dono meu? — murmuro mansamente, virando a cabeça para encará-lo. Como alguém pode ser tão bonito ainda que haja leves arranhões e um hematoma ficando roxo no lado direito do seu rosto? Suas íris aquecem e ele abaixa mais, nossos rostos ficando bem próximos.

— Não, você foi excelente, minha escrava. Estou sendo ranzinza porque detesto ser privado do que gosto. — Um sorriso perverso inclina seus lábios e ele os dirige para o meu ouvido, completando: — E a sua boceta está no topo da maldita lista.

Merda. Eu arfo, meu centro pulsando em resposta à sua maneira descarada de falar sobre o sexo. Nunca vivi esse tipo de relação. Igor e eu não falávamos sobre sexo. Nós apenas fazíamos, e depois de Aquiles, percebi que até isso era meia-boca. Nunca perdi os sentidos quando gozava com meu ex. Com Aquiles é sempre um evento quando atinjo o orgasmo, é como se levitasse de tão perfeita que é a sensação. Deus, estou viciada nesse homem, um bandido que eu não deveria querer, mas quero. Loucamente.

— Quer que eu vá para o senhor quando chegarmos à casa, mestre? — pergunto no tom subserviente que ele ama. Seus olhos cintilam em aprovação, suas narinas expandindo.

— Sim, estou estressado pra caralho. Preciso de algo mais pesado hoje... — Sua voz sai engrossada, os olhos ficando sombrios.

— Precisa de repouso, Aquiles — aponto, embora minha boceta esteja latejando com a menção de algo mais duro. Eu quero ser dominada, surrada, usada de todas as formas que ele quiser. Sim, estou bem fodida aqui. Literal e figurativamente.

— Preciso gozar em você, Olívia. Acredite, isso vai me ajudar muito — afirma com o brilho sexual obscuro se intensificando em suas íris. O comandante avisa que estamos aterrissando e o jato toca a pista num pouso suave. Meu olhar continua cativo de Aquiles. Ele me encara com posse crua, quase feral e me deixa mole. O desejo irascível de tê-lo logo dentro de mim, atropelando tudo o mais.

— Mamãe? Mamãe... — o choramingo de minha filha, me faz girar a cabeça para a sua poltrona.

— Oi, meu amorzinho. Estou aqui — sussurro, estendendo a mão para a sua cabecinha. Me inclino, dando um beijo em sua testa. Ela suspira, acalmando, os olhinhos abrindo devagar, sonolentos.

— E o Aquiles? — pergunta num tom ansioso que me incomoda. Minha menina está se apegando rápido demais a ele. Como você. Uma voz zombadora ressoa em meu cérebro.

— Estou aqui, angelós mou — ele responde no tom suave que só o vi usando com ela até agora. Estende a mão grande e Alice sorri, colocando a sua minúscula sobre a dele. Meu peito sofre um solavanco testemunhando seu carinho inusitado para a minha menina. — Estamos chegando em casa.

— Na sua casa? — ela questiona, abrindo os olhos, encarando-o com interesse. — Por que demolou tanto? Quantas casas você tem?

— Por que eu moro longe, pequena. — Aquiles ri baixinho, e me vejo sorrindo também. Essa menininha esperta. — Eu tenho muitas casas, não sei quantas.

— Não sabe? Você não sabe fazer contas? — ela pergunta, fazendo-nos gargalhar da sua lógica infantil. — Eu já estou apendendo as quato opelações. Vou ajudar você.

— É muito gentil da sua parte — ele meio que resmunga, e eu rio mais, gostando de vê-lo às voltas com a minha pequena. — Mas eu sei fazer contas, Alice. O que quero dizer é que tenho muitas casas e não tive tempo para contar todas — Aquiles tenta explicar sua riqueza obscena para a minha filha.

PRISIONEIRO 77 (DEGUSTAÇÃO)Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ