TRIGÉSIMO SÉTIMO

29.4K 5K 2.2K
                                    

{ — DAVID HARRIS — }

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

{ — DAVID HARRIS — }

Segunda feira...

São um pouco mais das cinco da manhã quando acordo.

Viro a mão na cama para agarrá-la e voltar a dormir, mas a única coisa que acho é uma calcinha da noite anterior completamente rasgada.

Olho para a peça e suspiro imaginando onde ela deve estar.

Me apoio nos cotovelos e vejo a gatinha dormindo na poltrona perto da janela, ainda estava tudo escuro quando coloco os pés para fora da cama e caminho apenas de cueca boxer até a sala de estar.

Meu cabelo deve estar bagunçado e provavelmente há marcas das unhas dela nas minhas costas, ainda posso sentir seu cheiro nos meus dedos e ver as roupas todas espalhadas pelo apartamento, foi uma ótima noite para o stripper.

Na sala de estar, encaro o rosto vidrado de Zia em um livro físico com o meu nome e título na capa, eu havia imprimido um exemplar para mim há alguns anos, mas não cheguei a publicar.

Ela mal percebe minha aproximação, apenas quando agarro o livro e afasto do seu rosto a forçando a parar, acho que ela quase quebra meu pescoço mentalmente.

— Você sabe que horas são?

— Hora de descobrir porque a Nick não quis o Sebastian — ela fala e eu reviro os olhos.

— Eu acho muito fofo que você goste dos meus livros, provavelmente minha fã número 1 e... única, mas você devia estar dormindo.

— Não é minha culpa se eles são tão bons, você devia publicar, David.

— Eu gosto de escrever para mim, nunca parei para publicar nada.

Fecho o livro na minha mão e ando até colocá-lo na escrivaninha perto do sofá, Zia morde o lábio e me puxa pela braço na sua direção.

Suspiro me sentando no sofá e deixo que seus quadris se coloquem nos meus assim que senta sobre meu colo, apoio minhas mãos na sua cintura e ela põe a cabeça no meu ombro.

— Eu acredito no seu talento — ela comenta, deslizando a mão sobre a minha.

É estranhamente encorajador.

— E eu no seu de sair de fininho da cama — aperto seu nariz e ela se inclina beijando minha mão.

— Por que você não põe uma amostra em alguma editora? Pode ser ótimo.

Fico olhando para ela de forma serena, quase que memorizando alguns detalhes do seu rosto. Logo depois, deslizo meu indicador pela sua bochecha até por uma mecha do cabelo loiro atrás da orelha.

— Você está me olhando daquela forma de novo — sussurra.

— Como se eu fosse te devorar?

— Sim.

Na Sua Porta Where stories live. Discover now