Lucas Miller do caralho!

— Ah, minha bebê — mamãe abre os braços e eu corro pra ela — Vai ficar tudo bem, filhinha.

Eu fungo.

— Não vai não, mamãe. Eu odeio não conseguir odiar o Lucas! — digo e choro.

Tudo o que prendi nos últimos dias, sai ali enquanto estou nos braços de minha mãe. Toda a dor que eu guardava somente para a noite fria, escorre como minhas lágrimas.

Eu não sei quando, mas me dou conta em um certo momento, que mais braços me cercam. Meu pai e meus irmãos, eu choro mais.

Eu os tinha, mas quem Lucas tinha?

Ele estava sozinho e assim como o feriado passaria o Natal também sem ninguém? Eu não estava mais lá.

Ele não me permitia ficar.





Lucas

— Como foi lá? — Chris e a porra da sua curiosidade — Fala logo, Miller. Você tá legal? Terapia em grupo e depois com seus pais? Como você tá?

O encaro e dou de ombros. Ele não tem que se preocupar comigo, então lembro de novo daquelas palavras e que ela está certa. Apesar de babacas, Chris e Mark, são meus... amigos.

— Estranho.

Ele assente.

— Já disse que os perdoa?

Nego com a cabeça.

— Uma coisa é eu saber que não me deixaram naquela merda de propósito, que jamais permitiriam aquela sujeira, mas a outra é pôr em prática.

Ele me ouve com atenção e concorda.

— Você chega lá — dá um soquinho em meu ombro — E a caipira? A garota tá péssima. Maior vacilo teu, tava até parecendo gente quando tava com ela — diz e liga o videogame — Ela já foi pra casa.

Me incomoda saber isso, mas logo acabaria.

— Eu sei.

Ele me olha e nega com a cabeça.

— Vacilão do caralho.

A porta do seu quarto abre e Mark entra, com uma bolsa de gelo em seu rosto.

— Aquela sua amiguinha do grupo de terapia é doida.

Chris e eu, nos olhamos e rimos.

Mais cedo, quando Vanessa poderia ter voado em mim e chutado as minhas bolas, a garota praticamente implorou pra que eu dissesse ao Mark pra se manter longe dela.

Ele a tinha conhecido e se interessado.

— Bem feito — Chris e eu dizemos juntos.

Ele bate com a bolsa de gelo, em nossas cabeças.

Só rimos mais.




(...)

— O que vocês acham de um lugar para esquiar? — Veronica propõe — Vocês podem virem se quiser, garotos — se refere aos babacas.

Ela, Erick e Tommy, aparecem no campus e nos trouxe para jantar na porra do italiano em que eu trouxe Emma, por conta do nosso um mês de namoro.

— Eu ainda prefiro um lugar quente. Já está frio o suficiente, mas eu vou aonde forem — Erick diz, em um tom brincalhão.

Tommy rir e os caras também.

Eles agiam como pessoas civilizadas às vezes.

— Eu vou para casa com minha namorada, mas obrigado pelo convite, senhora Miller! — Chris agradece.

— Meus pais vem para a cidade. Obrigado, senhora Miller! — Mark é o próximo.

Christian e eu nos olhamos. Da última vez que os pais de Mark viriam para vê-lo, lhes deram o bolo. Isso me lembra que no fim de semana seguinte, Emma lhe deu o fora e eu estava cobrando para vingá-lo.

Ele sempre era um babaca maior quando seus pais estavam na jogada.

— O Lucas também tem uma namorada, Chris — Tommy diz, puxando nossa atenção — Ela é uma gata!

Eles riem, eu não consigo.

Emma não era mais minha namorada.

E eu não sabia se conseguiria tê-la de volta.

Será que Emma me aceitaria de volta?

— A minha é mais gata.

Tommy lhe mostra a língua.

Veronica o recrimina.

— Não é não. Minha cunhada é mais. Diz pra ele, irmãozão.

Eu não poderia esperar pelo retorno das aulas. Foda-se! Eu estava aprendendo e definitivamente havia aprendido que não dava pra voltar ao início e desfazer o fato de que meu ódio por Emma, tinha se tornado inexistente.

Não poderia esperar pra lhe dizer, mesmo que saiba, mas ela devia saber por mim.

De mim.

Ouvir da minha boca e ver em meus olhos.

— Vou passar o Natal com Emma!



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Nas Mãos Do Badboy - 1º da série Nas Mãos Do Amor {COMPLETA 🔞 - BULLY ROMANCE}Where stories live. Discover now