Eu não sei o porque de ficar surpreso por suas palavras, ele já tinha me virado as costas outra vez mesmo.

— Erick, o que está falando? — Veronica entra chorando, ela com certeza estava ouvindo tudo. Não sei pra que o teatro, se estava ouvindo, poderia ter entrado e o impedido antes — Lucas, meu filho, seu pai não sabe o que está dizendo. Ele só está preocupado, desesperado. Estamos os dois. Até seu irmãozinho está preocupado com você — termina e vem para tocar meu rosto.

Empurro suas mãos.

— Vai para o inferno, Veronica. Vai os dois para o inferno! — vejo minha carteira e chaves na mesa de cabeceira, as pego — Você vai acabar concordando com ele — começo a andar para longe dali.

Deixo aqueles filhos da puta para trás, exatamente como fizeram comigo. Nem sequer entendia do porque me queriam de volta, acabariam e fizeram exatamente o que imaginei, me deram as costas outra vez.




Emma

A tentativa de Nessa, de me animar não funciona nem um pouco. Tudo me incomoda e a única coisa que quero é estar em meu quarto no dormitório, mas eu finjo que estou adorando cada segundo da música alta, das luzes irritantes e das pessoas pegajosas esbarrando em mim.

Porém tem um momento que eu não aguento mais, simplesmente não consigo e faço o que prometi nunca mais fazer e até mantive minha palavra durante a semana, me enchendo dos novos assuntos para as provas finais do semestre, todo horário extra que conseguia na academia, até passei a treinar e ficar até o máximo que podia com Nessa em meu quarto, falando sobre nada, mal dormia e quando fazia, Lucas vinha me assombrar.

Eu só sei que choro ali, no meio daquela multidão pulando ao som de uma música eletrônica que não reconheço.

— Com licença — digo alto para a garota em minha frente ao mesmo tempo que não espero que ela se mova ou diga nada, simplesmente saio a empurrando.

Nessa está no bar, foi pegar bebidas, mas eu não vou até ela, sigo até a saída. Lá fora encontro Christian e Mark.

— O que houve, caipira? — Christian pergunta, parecendo minimamente preocupado — Encontrou o Miller?

Quando ouço seu nome, só choro mais.

— Vai lá com sua namorada, eu a levo — Mark diz e eu nem contesto.

Christian assente.

— Não faz merda e fala com ela — diz ao amigo — Aviso a Vanessa que você já foi.

— Obrigada — consigo dizer com algum esforço.

Mark segura meu braço e sai me levando dali, há muitas pessoas na fila, mas por algum motivo, eles não estavam nela. Devia ser muito bom ter tanto poder assim. E vazio, lembro de Miller.

— Chris e eu viemos andando — Mark diz e estranho estar perto dele e ouvi-lo sem estar me ameaçando ou sendo grosso. Tinha acontecido poucas vezes antes, enquanto Lucas e eu estávamos juntos ou vinha com Chris, pra ver Vanessa, mas ainda era estranho — Miller também está uma merda, mas eu arranco a sua língua se contar que eu disse algo, caipira — por algum motivo, eu sorrio.

Enxugo minhas lágrimas e mais descem, até que começo a pensar em outras coisas.

— Eu vim de carro — conto quando já andamos bons metros, tive que estacionar bem longe — Posso te dar uma carona. E obrigada.

Ele assente e começa a ficar sem jeito. Até enfia as mãos nos bolsos dos jeans.

— Não acredito que tô fazendo isso, mas vamos lá: desculpa — o olho de boca aberta — Não irei repetir.

— Não espero que faça.

— Ótimo. E Miller não ficou com a Amanda ou qualquer outra. Ele até tentou, mas aparentemente ele se tornou tímido com as garotas, então sempre que as coisas começam a andar, ele as afasta e arruma uma confusão.

Eu não sei o que fazer com suas informações, uma parte minha, a parte estúpida se alegra por ele não estar com ninguém, o que não parece. Lucas quando resolvia aparecer no campus sempre tinha uma menina ao seu lado, mas a outra, a mais estúpida ainda se entristece mais.

Era como se Lucas sofresse pelo término que ele próprio causou, tanto quanto eu.

Ele não ia as aulas, as últimas vezes que o vi pelo campus estava brigando e graças a Vanessa, eu não me enfiei entre elas, também parecia mais magro e exausto, também não aparecia mais na academia. Eu pensava ver a tristeza também, mas preferi não me iludir, mas agora, acho que era não ilusão minha.

Se doía tanto nele, porque tinha terminado comigo? Após nossa conversa, eu repassei tudo em minha mente. Se ele acreditasse mesmo que eu havia aceitado suborno de sua mãe, eu não sairia ilesa, ao menos no sentido de ser humilhada a cada segundo no campus e qualquer lugar que ele me encontrasse.

Lucas Miller nunca deixaria barato.

— Ele terminou comigo porque acha que eu recebi da mãe pra namorá-lo.

Mark me olha surpreso.

— E você tá intacta? Nunca!

Sabia.

É claro que não é isso.

Nossas conversas no celeiro vem a minha mente.

Uma pessoas machucada fazia duas vezes em sua maioria: machucava de volta ou se afastava para evitar a dor.

Lucas Miller escolheu pelas as duas.

— Você sabe onde ele está?

Mark enfia a mão em seu bolso.

— Meu quarto é o último — me entrega suas chaves — Troquem os lençóis quando terminarem — diz e faz o caminho de volta para a boate.

— Obrigada, Mark! Isso é um começo pra recompensar sua babaquice e arrogância.

Ele apenas ergue o dedo do meio sem se virar.






Votem e comentem bastante 💜

Tô com história nova, vão lá conhecer.

Nas Mãos Do Jogador.
Sinopse: Quando seu chefe, quase um touro endemoniado te pede em casamento, a única coisa que se pode fazer é gargalhar e ir embora. Pelo menos é o que Lizzie faz.

Mas quando volta no dia seguinte, Lizzie descobre que não era uma brincadeira, até porque Santiago Fernandes, não sabe nada sobre bom humor.

Um acordo benéfico, com regras e data de validade, o que poderia dar errado?

Venha descobrir por conta própria.

Tem enemies, chefe/empregada e casamento falso.

Nas Mãos Do Badboy - 1º da série Nas Mãos Do Amor {COMPLETA 🔞 - BULLY ROMANCE}Where stories live. Discover now