❝𝐋𝐞𝐦𝐛𝐫𝐞-𝐬𝐞 𝐝𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐝𝐞𝐯𝐞 𝐦𝐨𝐫𝐫𝐞𝐫❞ Aquelas palavras estavam gravadas na mente de Serafina como nomes em uma lápide, profundos e sem vida, guardando o corpo de alguém que há muito tempo não estava viva. A Corte dos Pesadelos era su...
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𓆩 𝐀𝐠𝐨𝐫𝐚... 𓆪
ESTAR NO ESCRITÓRIO do Grão Senhor da Corte Noturna não era novidade alguma para Azriel ou Cassian, entretanto os dois precisavam admitir que preferiam muito mais aquele na nova casa de Rhys e Feyre do que o antigo.
O andar principal da ala de negócios — como Feyre chamava — era coberto por tapetes trançados a mão que ela mesma escolheu em Cesere, comporto por duas salas de estar, a escrivaninha de Rhys e duas mesas longas idênticas próximas das estantes repletas de livros velhos.
No mezanino tinha mais milhares de livros e arquivos esquecidos, alguns armários de vidro cheios de objetos delicados os quais Cassian fora mandado manter distância pela segurança de todos. É claro que todos os quartos tinham pinturas de Feyre.
Por mais que todos os cômodos da nova casa fossem acolhedores e familiares, o clima entre todos que estavam ali era tenso, como se o ar tivesse virado gelo e respirar estivesse ficando difícil. Azriel estava encostado em uma das estantes, apenas vendo a frieza com que Rhys misturava açúcar em sua xícara de chá. Aquela era a mesma frieza com que vira ele matar inimigos antes.
— Está pronto? — perguntou Rhys à Cassian.
— Já coloquei jovens guerreiros na linha antes — respondeu, mas a inquietação em sua voz o entregou.
— Nesta não é um potro jovem testando os limites — lembrou o Grão Senhor, os olhos violetas semi-serrados.
— Eu dou conta — afirmou. Talvez não somente para Rhys, mas para si mesmo.
— Fez um bom trabalho restaurando a ordem entre os illyrianos esta primavera.
Azriel imaginava o que estava passando na cabeça de seu melhor amigo. Ele já deveria estar preparado, sabia que essa conversa chegaria em algum momento, mas com razão. O trabalho que Cassian tinha feito nos campos illyrianos tinha sido incrível, apaziguando os nervos entre as tropas de guerra, se certificado que os filhos que tinham perdido os pais recebessem ajuda caso precisassem de qualquer coisa.
— Acho que está na hora de receber mais responsabilidades — continuou Rhys, vendo a careta de Cassian se formar e um pequeno riso escapar dos lábios de Az. — Nem venha me dizer que não sabia que a situação illyriana era um teste.
— Eu tinha esperanças de que não fosse — resmungou o general. — Nesta não será um teste.
— Não vimos um indício sequer do poder dela desde a guerra — disse Rhys. — Duvido que ele tenha acabado. Pode estar dormente, assim como o Caldeirão também está. Eu ficaria alerta se fosse você.
— Está com medo dela? — perguntou, desconfiado.
— Obviamente. — A resposta dele pegou Cassian e Azriel desprevenidos. — Por que acha que mandei você atrás dela hoje de manhã?
