Um Amor Proibido (Obra Reescrita)

Capítulo 59

— Sim — Disse ele murchou o semblante aos poucos.

— Tudo bem, ano que vem tento novamente. Hum, posso passar meu número de telefone para você? Digo, se não for muito incomodo — não tive tempo de responder algo, pois ele já estava deixando o pequeno papel sobre a mesa, e saindo para recepcionar alguns clientes.

— Lou vamos — Will disse enquanto equilibrava uma pequena torta de limão, o saquinho com as rosquinhas do Caio, e alguns copos com café e chocolate quente.

— Will aquele rapaz que trabalha lá, me passou o número dele — Disse mostrando o papel, e Will franziu o cenho como se tivesse chupado um limão azedo.

— Esse cara não desiste, um tempo atrás ele pediu para mim entregar, próxima vez vou mostrar para ele que quem brinca com fogo se queima — A expressão do Will ficou irritada em dois segundos.

— Não se preocupa com isso certo? — Disse sorrindo e ele pareceu se acalmar um pouco.

Quando chegamos em casa, Caio e Yas estavam jogados no chão da sala, Yas estava com calça moletom e uma camisa gigante de alguma banda, sorriu quando viu a gente e se levantou para dar um abraço assim como Caio. Nos sentamos no tapete e começamos a comer enquanto assistíamos desenho em um canal aleatório na TV, acabei descobrindo que amava hora de aventura, um mundo bem diferente de tudo cheio de coisinhas mágicas e mistérios.

— Yas, você vai precisar ir ao salão? Ou alguma coisa do tipo? — Ela negou com a cabeça.

— Meu cabelo é bem fácil de lidar, não vou fazer nenhum penteado extremamente elaborado, vou princesa borralheira hoje — Ri com a última parte, ela estava longe de ser isso, era linda.

— Acho que devemos começar nos arrumar no início da noite — Will assentiu e levantou pegando o lixo e indo para cozinha.

— Sim, nós vamos levar o carro? — Caio perguntou, Will voltou da cozinha e se sentou no chão com a cabeça no colo da Yas.

— Melhor não, a gente liga para o branquelo azedo do Ícaro vir buscar a gente — Will diz e acabo rindo com o final da frase.

— Tudo bem então — Depois eu mando uma mensagem para ele, pode ser?

— Sim, bom eu vou lá atrás pegar as roupas da secadora para guardar, vocês vão passar ou vão deixar do jeito que saiu? — Will perguntou, preferia passar e deixar organizado.

— Eu passo elas, deixa que eu faço isso — Caio disse dando de ombros.

— Yas e eu ficamos com a louça e os quartos — Falei.

— Tudo bem, vou varrer a casa e passar pano — E assim começou a nossa limpeza pela casa, lavei as louças enquanto Yas secava e depois passamos para os quartos, acabamos rindo quando percebemos que poderíamos simplesmente ter posto tudo na máquina de lavar louças, mas isso foi um detalhe a parte.

×

— Você já tem muitas fotos nesse quarto, já pensou em comprar um álbum e guardar tudo? — Assenti e parei o que fazia pra observar as fotos, era realmente lindas, e eu amava ter cada momento registrado.

— SIm, só que nunca lembro de fazer isso — Era verdade, sempre que a gente saia eu não lembrava.

— E como está o meu "trisal"? — Acabei rindo.

— Bem, não temos mais preocupações, tia Bruna acabou meio que pegando a gente no flagra — Senti minha bochecha esquentar — Mas ela não brigou nem nada, só foi estranho — Apesar de ter sido uma experiência meio traumática, fiquei feliz que nada de mal aconteceu, mas de certa forma me sentia apreensivo, no fundo sentia que isso poderia surgir de uma forma mais complicada futuramente.