Capítulo 30

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Louis

Abri os olhos com preguiça, tentei me espreguiçar mas fui impedido por dois corpos me prendendo em um abraço quente e confortável, Caio me abraçava e Will abraça à mim e a Caio, ambos ainda dormiam tranquilamente. Fiquei parado, ouvindo as respirações calmas, ambos pareciam estar desmaiados. Após longos minutos Will foi o primeiro a acordar, ri um pouco quando ele franziu o cenho, me abraçou bem forte dando um beijinho na minha testa e me desejando bom dia.

Ontem nossa conversa foi crucial para algumas coisas, não poderia dizer que ele mudou da água pro vinho, mas mudanças são processos e bem, vou dar essa chance para ele, para ambos. Me levantei com Will e descemos as escadas rumo a cozinha, Will fez chocolate quente e deixou o de Caio na bancada, pegamos biscoitos e fomos para a sala.

Liguei a TV e estava passando desenho, Will não reclamou apenas continuou comendo e olhando, e vez ou outra dava um risinho de canto quando alguma cena parecia ser engraçada para ele, fiquei observando ele enquanto comia e o mesmo percebeu porque devolveu o olhar e eu fiquei com muita vergonha.

— Como você tá? — Perguntou me fitando.

— Eu? Bem e você? — Digo e ele assente.

— Também Lou, me sinto melhor, acho que em todos os sentidos — Will sorriu, e aquele sorriso era de longe uma das coisas que eu mais gostava, mas somente quando ele sorria de forma verdadeira.

— O que fez nas últimas duas semanas? — Indaguei curioso, porque realmente eu não fazia ideia do que eles fizeram, passei a maior parte do meu tempo com Ícaro.

— Fiz muita merda como você deve saber, mas fora isso só comia e ficava no quarto. E você? — Ri quando ele citou que fez merda, porque realmente, não foi fácil.

— Não fiz muitas coisas, passei muito tempo com Ícaro, mas era fazendo o de sempre, a gente saía vez ou outra — Will faz uma careta como se tivesse provado algo azedo.

— Ícaro... Falando nele, como vai ficar isso? Vão terminar? — Will pergunta num tom apreensivo e rolo os olhos.

— A gente nem teve um começo direito, realmente somos só amigos, nos beijamos algumas vezes, mas não passou disso — Digo e ele dá um soquinho no ar como se estivesse comemorando.

— Sabia que você não ia resistir a isso — Will diz apontando para si mesmo.

— Você que não resistiu a mim, todas as investidas foram suas, eu só decidi se ia ser recíproco ou não — Digo sorrindo levemente, o sorriso de audácia que sabia que ele odiava.

— Mas vem cá como foi o "término"? — Will diz fazendo aspas, e estranhei ele estar tão relaxado com aquele assunto.

— Não foi bem um término, só fui sincero sobre o que eu estava sentindo, e ele entendeu de forma madura que o que eu estava sentindo não era por ele — Digo dando de ombros e Will sorri.

— Ah é? Então o que você anda sentindo? — Will diz se aproximando e colocando as pernas de cada lado da minha cintura, sentando no meu colo.

— Acho que você sabe, já que você sente o mesmo — Will sorri de lado e encosta o nariz no meu, fecho os olhos e espero o beijo que viria em seguida. Mas ele se levanta e senta rindo como uma praga sapeca.

— Você é muito cuzão — Digo e ele ri me mandando beijinho no ar.

Repito o mesmo que ele fez, mas diferente dele, o beijo, Will tinha um toque meio grosso, mas era tão bom, sentia mão dele na minha cintura, apertando levemente para baixo, e sabia perfeitamente o motivo dele estar fazendo aquilo.

Um Amor Proibido (Obra Reescrita)Where stories live. Discover now