capítulo 9 • SEMPRE POR PERTO

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• JHENA •

Minha mãe fez um jantar maravilhoso o que realmente me deixou feliz, adoro a comida dela e ainda fez meu prato favorito

Depois do jantar fui para o meu quarto descansar e meus pais foram dar uma volta no terreno, quando entrei fechei a porta e senti o vento gelado do inverno entrando pela janela

Peguei uma cartela de antidepressivos que guardei no criado mudo quando cheguei e tomei dois comprimidos de uma vez, fazia isso as vezes quando os dias ficavam mais difíceis de suportar mesmo sabendo que era errado, mas logo eu nem ia me lembrar disso depois que os efeitos começassem a me deixar sonolenta

Fiquei uns trinta minutos sentada na janela olhando o céu então a  fechei  e arrastei a cortina para não ser incomodada pela claridade quando amanhecer

Me afastei da janela e quando me viro dou de cara com a última pessoa que queria ver na vida, se é que isso se trata de uma pessoa...

E- Oi amor! Sentiu saudades?

Disse Elahi com um tom de voz sarcástico e um sorriso de lado enquanto me olhava encostado na porta

J- Não! É claro que não!

Respondi com um tom de voz irritado tentando não mostrar fraqueza mediante aos efeitos do remédio que já estavam agindo em meu corpo e sem acreditar que ele já tinha me achado

J- O que você quer?

Questionei impaciente

E- Quero você!

J- Isso você não vai ter!

Respondi virando as costas para ele e me abaixando lentamente e fraca para deitar na cama,quando consegui me deitar me assustei com Elahi já deitado na cama ao meu lado

E- Você já é minha desde que nasceu Jhena!

J- Porquê você não vai se foder com seus papinhos de maníaco e me deixa em paz?!

Retruquei lenta fechando  os olhos até que senti sua mão em meu pescoço fazendo meu olhar se voltar para ele

E- Você é uma vadiasinha atrevida... Não tem medo da morte por acaso?

J- Você mesmo disse que precisa me mim viva!

Eu o respondi em tom de indiferença o que não surpreende para uma ex depressiva medicada, porém sentindo o pânico tomar de conta de cada parte do meu corpo

Elahi olhou para o criado mudo enquanto segurava meu pescoço por incrível que pareça sem por muita força e meus olhos mal conseguiam vê-lo de tanto sono que eu estava sentindo

E- Ah entendi! Então você está dopada? Que coisa feia... Quer ser uma médica drogada?

J- Vai pro inferno!

Elahi sempre falava em um tom de voz grave e intimidador que me fazia tremer mesmo antes do dia do ataque, porém hoje ele não conseguiu causar esse efeito em mim graças aos comprimidos

Elahi soltou meu pescoço sorrindo como se aquela cena o divertisse, ele continuou deitado ao meu lado mas não sei dizer quanto tempo já que cai no sono tão rápido que nem vi

...

Enfim acordei e eu pensava ser de manhã ainda mas já era hora do almoço, me levantei da cama me sentindo pesada e cansada

Caminhei em direção ao banheiro cambaleando como se tivesse acabado de encher a cara, porém era apenas cansaço e moleza no corpo

Estava  me sentindo ainda mais dopada do que ontem, virei o trinco da porta do banheiro e entrei meio zonza sentindo que o chuveiro estava ligado e o banheiro estava branco de vapor da água quente

J-Caramba que isso?!

Caminhei até o box fumê e quando abri o vidro vi Elahi nu em minha frente tomando banho e  me olhando com o sorriso mais descarado possível

J- Você não larga do meu pé mesmo heim!

Resmunguei virando as costas mas senti suas mãos me agarrando e me arrastando para debaixo do chuveiro com roupa e tudo

J- Me solta desgraçado

Elahi segurou meus braços com uma só mão e com a outra tirou minha roupa

E- Vou dar banho em você hoje!

J- Elahi me deixa em paz por favor

Supliquei mas de nada adiantou, Elahi despejou um monte de sabão sobre meu corpo e começou a deslizar suas mãos em minha pele, em meus pensamentos eu até queria impedir mas meu corpo estava sem força e meus sentidos bagunçados

Seus dedos alcançaram meus ombros então Elahi começou a massagear meus músculos tensionados e um pequeno gemido de alívio escapou de meus lábios

- Droga! Agora ele vai achar que estou gostando...

Resmunguei em pensamentos

E- Vou te ajudar a relaxar um pouco amor!

J- Não posso relaxar ao lado do assassino da minha amiga!

Elahi que estava atrás de mim massageando meus ombros debaixo da água quente aproximou os lábios de meu ouvido e cochichou

E- Sua amiga não está morta!

J- O quê? Como não? Já fizeram até o enterro dela Elahi... Me acha tão burra assim, pra acreditar nisso?

Elahi subiu suas mãos para minha nuca massageando devagar com seus dedos deslizando em minha pele, o que admito que estava me causando uma sensação gostosa quase me fazendo baixar a guarda

Senti minha postura enfraquecendo então fiz menção de sair de dentro do box cortando nosso contato corporal, mas obviamente ele não permitiu e me segurou envolvendo seus braços em meu corpo fazendo minha pele entrar em contato com seu corpo nu e molhado

E- Eu não estou mentindo amor, sua amiga está viva tecnicamente falando...

J- Tecnicamente? Ela está viva ou não está?

E- Está!

Por mais que fosse bem provável que Elahi estivesse mentindo senti uma gota de esperança dentro de mim, então Elahi me virou de frente para ele e me ergueu em seu colo me encostando na parede

Olhar em seus olhos é assustador agora que vi sua verdadeira face monstruosa, porém mesmo com medo e indefesa seu corpo molhado colado no meu fazia minha pele esquentar de desejo, mas ao mesmo tempo me sentia horrível por estar sentindo tesão por um assassino

Elahi percebeu o desejo estampado em meu rosto enquanto eu analisava seus lábios carnudos ansiando por beija-los, então ele começou a beijar meu pescoço

Seus lábios se aproximaram do meu ouvido e novamente Elahi disse que Elena estava viva

J- Então onde ela está?

Questionei

E- Está em um lugar seguro! Mas agora ela é como eu.

J- O quê?

E- Como você acha que ela iria sobreviver a um ferimento tão grande?

J- Se você realmente a salvou, porquê fez isso? Porquê se importaria com ela?

E- Não me importo! Ela é apenas minha moeda de troca...

PREDESTINADA A UM VAMPIRO Where stories live. Discover now