Fecho o livro.

Ele me encara.

— Se não é, quem era a garota sorridente na academia hoje cedo? Eu vi, Miller!

Ele tira minha mão do objeto e volta a abrir.

— Quando descobrir não precisa nem me contar — me olha feio, faço o mesmo e começa a passar marca texto nas linhas — Ao contrário de você, eu digo as pessoas que tenho uma namorada quando me convidam pra algo.

— O meu convite não acabaria em sexo.

Ele rir, aquele forçado.

— Claro que não. O filho da puta do Tim, não te quer nua como sobremesa — resmunga irônico.

— Tim sabe muito bem que nunca teremos nada.

Ele volta a rir e a marcar mais. Eu acho que ele nem sabe que o está marcando.

— Hmmm... Sei.

Isso me irrita. Tim e eu, somos apenas amigos. A cena da garota toda sorridente se atirando pra ele, vem na minha mente. Eu tava fingindo que aquilo não rolou.

— Vá se foder — lhe digo e espero ele dizer o mesmo, mas só tem o som do marca texto deslizando com força no papel. A cena vem de novo na minha cabeça. Lucas tava com cara de nada — Desculpa — digo bem baixo.

Ele me olha.

— O quê?

Reviro meus olhos.

— Você não tava demonstrando interesse.

Eu não repito o "desculpa".

— Eu nem tava ouvindo aquela mulher, Parker. Estava de fone.

— Você quer um prêmio por isso?

Ele passa a mão pelo cabelo, os fios voltam de imediato a cair por sua testa. Eu tenho certeza que ouvi uma das meninas da mesa ao lado, suspirar.

— Eu fiz reserva em um lugar — anota o endereço e me passa — Leva seu amiguinho — volta ao livro.

Leio o endereço. É um italiano, eu fiquei namorando o cardápio deles na semana passada.

— Terminamos? — pergunto com um bolo ma garganta.

Me sinto tão mal como quando disse que ao voltarmos da viagem, tudo acabaria.

Lucas ergue o olhar para mim.

— Já enjoou? — nego com a cabeça. Eu estava com medo de falar e não conseguir. Esse "bolo" em minha garganta, ser um soluço e eu começar a chorar sem parar — Contanto que ele não te toque, que continue a ser só minha, vai lá com seu amigo.

Escorrego devagar meus dedos até os seus, não seguro, mas ficam juntos e Lucas não faz menção de afastar.

— Se eu for com o Tim, vou ter que pagar metade da conta — sorrio tão aliviada que sinto mais ódio dele.

Lucas finalmente dá um passo e enfia seus dedos entre os meus.

— Filha de uma puta!

Dou um leve aperto.

— Eu tenho que levar alguma coisa por te suportar.

Ele até tenta não fazer, mas sorrir.



(...)

Quando sou chamada na administração apenas o pior veio a minha mente, algo sobre eu perder minha bolsa e tudo mais, mas acabou sendo apenas outra coisa ruim.

Nas Mãos Do Badboy - 1º da série Nas Mãos Do Amor {COMPLETA 🔞 - BULLY ROMANCE}Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu