(...)

Eu não preciso que ninguém me diga que tô de bico, Lucas pulou na frente na caminhonete do meu pai e ficou por isso mesmo, todo mundo sabe que ali é meu lugar. Até da mamãe ganho.

Aí vai os dois batendo altos papos e eu aqui atrás feito uma criancinha. Chuto o banco de Lucas, nossos olhares se encontram pelo retrovisor e ele me olha todo divertido se achando e debochando da minha cara.

Chuto de novo.

Ele agarra meu pé, mas consigo puxar e chutar mais forte, ele olha pra trás enquanto papai está entusiasmado apontando algo pela janela e mamãe falando sem parar pelos cotovelos que nem nota o que faço. Ainda bem.

— Donna — ele chama minha mãe.

— Lucas! — digo, mas não adianta muito.

— O que houve, queridos? — por um momento ele fica sem reação e volta. Lucas não é acostumado com carinho ou se desacostumou. "Ela ficou por um tempo, mas cansou", dá dó desgraçado.

Papai há esta altura já está atento e até perguntando se o Luquinhas está bem.

— É você quem está me chutando? — ele pergunta como quem não quer nada depois de responder ao meu pai que tudo está bem — Você tem espasmos? — finge preocupação.

Mamãe só me olha.

— Foi sem querer.

— Emma Elizabeth Parker!

Olho feio pra ele que apenas me olha divertido, antes de olhar pra frente. Puxo seu cabelo, eu não resisto.

E tenho que ouvir um sermão dos grandes.

Lucas Miller agora é o quê? O malvado favorito?




Lucas

Eu lamento não estar no campus e ter uma espingarda ali ao lado do avô do filho da puta doido pra foder Parker. E a caipira rir pra ele. Ela rir!

Não tem nada de engraçado no que ele acabou de contar, nada pra ela tá rindo, pra ela tá se acabando de rir. Os filmes em preto e branco que assistimos são muito mais engraçados, o Christian com suas histórias loucas é muito mais engraçado e ela não fica assim, as histórias sem nexos do Tommy são muito mais engraçado.

— O que foi, magricela? — Ethan pergunta me passando uma lata de cerveja, eu pego e viro quase toda — Você já tem vinte e um?

O olho e volto pra "bela" cena.

— Você não devia me perguntar antes de me entregar?

— Não é porque não tem vinte e um, que é uma criança.

Término a cerveja.

— Já tenho.

— O que você faz da vida além de esbanjar a grana dos papais ricos?

Volto a olhar pra ele que me encara com cara de paisagem.

Fodo a sua irmã, minha língua coça pra dizer e tô pra responder, quando aquele som ridículo chega até mim de novo.

Emma tá gargalhando e por mais que eu queira ir lá e arrancar ela do lado daquele filho puta, eu só enxergo Emma rindo e suas expressões. A forma como está malditamente se divertindo e quando o outro irmão e os pais se aproximam, ela poderia brilhar de tanta felicidade.

Eu já a deixei assim alguma vez?

— Namorar sua irmã, mas fingir que somos apenas colegas. Fora isso, eu estudo pra caralho porque além do magricela mais gostoso que entrou ou vai entrar na vida da sua irmã, eu sou inteligente, infernizo a Emma, e vejo parte da minha mesada render em um fundo de investimento. A caipira come pra caralho, tenho que ter grana pra alimentar.

Nas Mãos Do Badboy - 1º da série Nas Mãos Do Amor {COMPLETA 🔞 - BULLY ROMANCE}Onde histórias criam vida. Descubra agora