Desde quando conheceu Júlia, Miguel teve certeza que ela seria dele.
Porém Guilherme amigo de Miguel dava a entender que gostava de Júlia, mas era apenas como se fossem irmãos, já que foram praticamente criados juntos.
Mas como o destino também não...
O maior medo é o julgamento das pessoas, principalmente a que amamos...
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Guilherme.
Após quarenta minutos que Marina praticamente me obrigou a vir ao psicólogo e não entendo porque, se nem eu entendo minha cabeça e sentimentos quem dirá outra pessoa.
— Não adianta ficar emburrado Guilherme, verás que será benéfico para você, quanto mais rápido tentar se entender, melhor e sendo sincera conosco, também quero saber se tenho uma chance nessa sua vida... Como diz? — Pervertida!
Pego uma revista e me sento, sem responder sobre o assunto, que nesse caso sou eu, é fácil resolver problemas quando não é com você, apesar de talvez imaginar a pessoa não sabe onde dói, as perguntas que nos fazemos ao longo do dia, as complicações que criamos e detalhe o sofrimento que próprio nos causamos, temos livre arbítrio, contudo e por tudo nos culpamos e questionamos, viver é difícil perante uma sociedade tão hipócrita que só sabe julgar, sei que a mulher ao meu lado apenas deseja ajudar-me, mas se eu não tiver conserto? Ela irá me abandonar? Bem, agora estamos aqui, o jeito é enfrentar. Penso.
— Guilherme??? — Guilherme?
Acordo do transe em que estava ao escutar Marina me chamando e com a mão erguida para segurar a minha em uma forma de apoio acredito eu. Olho sua mão e imediatamente para a recepcionista, me sentindo um menino travesso como antes, um formigamento sobe em minha face, a raiva querendo se apoderar, todavia á contenho, coloco minha mão na sua que sorrir, levantando vou de encontro a um corredor e na última porta está a juíza que Marina supõe que vai me ajudar, mesmo a contragosto, por ela passarei por essa humilhação. Adentramos e uma mulher aparentando ter 1.70 de altura, mais ou menos uns trinta e dois anos, bonita, cumprimenta Marina e depois a mim.
— Droga, tinha que ser uma mulher? Penso.
— Guilherme?!
— Garanto senhor, que nada do que conversarmos aqui sairá desse consultório, me dê uma chance para nos conhecermos. Diz indicando o sofá.
— Desculpe, senhora?
— Senhorita Verônica.
— Não foi proposital acredite, pensei alto.
— Sem problemas, o que os trazem aqui? Pergunta olhando diretamente a Marina, esta começa a detalhar tudo o que aconteceu, desde sua infância até o aborto, terminando com a minha confidência, agora arrependida.
Marina termina aos prantos e é consolada por Verônica e suas belas palavras teóricas. Quando bebe água e prontamente ela se acalma, a psicóloga se afasta pega alguns papéis depois de analisa-los me olha de tal maneira que a intensidade dos seus olhos negros desnuda-me, a inquietude se fazendo presente, suspiro com a tensão.