um príncipe e um feiticeiro

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O vazio era solitário e escuroE então a primeira face criou a humanidadeKatrin era seu nomeE maldade era o que dominava seus olhosCaos e destruição corre em suas veiasDesgraça e miséria é o que proporciona

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O vazio era solitário e escuro
E então a primeira face criou a humanidade
Katrin era seu nome
E maldade era o que dominava seus olhos
Caos e destruição corre em suas veias
Desgraça e miséria é o que proporciona

Salve ó Deusa Katrin, criadora do mal

Jeongguk respirou devagar e ergueu um pouco o arco, mirando no coelho branco a vários metros de distância.

— Mais para a esquerda, Jeonggukie. — a garotinha em cima da árvore instruiu, enquanto balançava seus pézinhos no ar.

Jeongguk moveu um arco levemente para a esquerda e soltou a flecha. Observou sua trajetória com um olhar esperançoso, mas acabou soltando um grunhido de frustração quando a seta acertou a árvore logo atrás do coelho. No mesmo instante o animal saiu em disparada no meio da mata e sumiu de vista. 

E lá se foi o jantar especial para o aniversário de sua irmãzinha. 

— Sua mira é tão tenebrosa que dá pena. — Jeongguk ergueu o rosto e avistou o adolescente ruivo no exato lugar onde a garotinha estava a segundos atrás; as palavras doces sendo substituídas pelas azedas. — Devia pedir os olhos de Taido emprestados.

— Não, obrigado. — Jeongguk resmungou, jogando o arco e as flechas restantes no chão. Era tão bom em confeccionar aquelas armas, mas tão ruim em usar. — Não posso depender de vocês até pra caçar um coelho idiota. 

— Além do mais… — o adolescente tinha sumido, dando lugar a uma enorme pantera negra, que o encarou com os olhos amarelos penetrantes; as palavras azedas sendo substituídas pela voz grave e profunda, que chegava a dar calafrios. — Meus olhos não foram feitos para humanos. 

— Porque você vê tudo e humanos não podem ver tudo e blá blá blá. Sim, Taido, eu já entendi. Você é chato demais, sabia? Não custava nada me dar todo o conhecimento do universo.  

Jeongguk caminhou até a árvore e a escalou sem problema. Se sentou ao lado da pantera e suspirou, vendo as torres do castelo real um pouco distantes no horizonte. Seria uma longa caminhada até voltar para sua casa na capital. 

— O que te preocupa, criança? — Taido perguntou, batendo com a cauda negra em seu rosto. 

Jeongguk fez uma careta e afastou a cauda da pantera. Era legal da parte dele perguntar, mesmo já sabendo a resposta.

— Eu queria dar um presente especial para a Soyeon, mas não consegui pensar em nada. — suspirou outra vez. — Eu dou uma boneca em todos os aniversários dela, mas esse ano eu queria algo diferente, sabe? 

— Você poderia entregar a alma dela pra mim.

Jeongguk revirou os olhos e encarou o adolescente ruivo ao seu lado. Demorou um certo tempo para que conseguisse se acostumar com aquela troca constante entre os espíritos, mas agora já não era mais tão estranho assim.

king slayer • taekookWhere stories live. Discover now