Em familia

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Contagem regressiva... Falta 5 capítulos para o fim. 💜

🏀

Jeon Jiyoung inclinou as costas para trás até descansá-las no couro da poltrona. A gravata azul estava envolta do pescoço e os dois botões da camisa branca abertos. Uma das mãos era ocupada pelo copo do seu uísque favorito, enquanto a outra segurava o documento do contrato de novos estagiários de sua empresa. Ele havia prometido à sua mulher que não traria trabalho para casa e que, a partir do lado de dentro da porta da frente, deixaria de ser o CEO e se tornaria apenas o marido e pai. Contudo, precisou abrir uma exceção naquele dia ao notar o nome do sobrinho da esposa como um dos candidatos.

Não era surpresa, Jiyoung e Namjoon tinham uma boa relação. O universitário se mostrava inteiramente interessado nos conhecimentos do mais velho sobre os negócios e já havia compartilhado com o tio postiço seu desejo de se tornar um grande empresário um dia. O que de fato o impressionou foi notar que o garoto estava tentando iniciar sua carreira por méritos próprios, sem qualquer tipo de privilégio.

Jiyoung sabia que Jungkook não tomaria seu lugar como presidente após sua aposentadoria, e aquilo nunca foi uma cobrança entre eles. Apesar de todos os pesares, Jeon Jiyoung prezava muito pelos sonhos do filho, e se Jungkook queria se tornar um jogador profissional, ele seria um jogador profissional, e agora Jiyoung o aplaudiria da primeira fila. Portanto, com aquela certeza, precisava procurar alguém de sua confiança para assumir seu lugar e, com aquela ideia martelando em sua mente, precisava, primeiro de tudo, conversar com o sobrinho. Se por acaso houvesse interesse por parte do adolescente, conversaria com seus pais para comunicar sua decisão.

— Você já chegou, meu bem. — Chaerin deixou a bolsa sobre o encosto do sofá ao cumprimentá-lo.

Jiyoung virou o rosto na direção da esposa, largando prontamente os papéis sobre a mesa de centro.

— Cheguei há pouco, só estava revisando alguns documentos. — Esclareceu, pegando na mão miúda da esposa para plantar um beijo no dorso. — Como foi o seu dia?

Chaerin sorriu para o gesto carinhoso. — Tive uma reunião com um dos arquitetos, o hotel do Brasil está em processo final das obras. Até dezembro deste ano, acredito que já possa ser inaugurado.

— Nossa, foi bem rápido. — Murmurou impressionado, puxando a mulher para se acomodar em suas pernas. — Podemos passar alguns dias lá quando for finalizado.

Chaerin o beijou brevemente. — Vamos na época do Carnaval, ou seja, a melhor época do ano. — Riu, aconchegando-se sobre o marido. — Você pode continuar o que estava fazendo, eu fico aqui quietinha e você nem vai notar minha presença.

— Eu prometi que não traria mais trabalho para casa, mas descumpri uma promessa. Me desculpe. — Pediu sinceramente, acariciando o joelho descoberto de Chaerin. — Hoje, nada e nem ninguém tira a minha atenção de você, minha pequena.

Seu estômago se revirou como da primeira vez em que o viu naquele restaurante há quatro anos atrás e os olhos pequenos dela brilharam em direção ao mais velho. Chaerin era completamente apaixonada pelo homem na qual havia se casado e sabia que com Jiyoung era o mesmo, e ver aquela evolução lhe aquecia o peito.

Notando a atenção demorada dela sobre si, Jiyoung abriu um sorriso galanteador e passou o braço em volta da cintura dela, trazendo-a para mais perto e alcançando os lábios dela em um beijo.

E de fato, nada poderia tirar sua atenção de Chaerin, exceto por uma única pessoa...

— Jimin?

Park sorriu para ele, ajeitando a alça da mochila no ombro.

Detestável ensino médio Où les histoires vivent. Découvrez maintenant