O que nós somos?

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Não é atualização dupla, MAS, em minha defesa, eu voltei rapidinho.

Eu pensei em fazer att dupla, porém como eu estava com esse capítulo revisado e não sei quando vou conseguir reescrever o outro, eu decidi atualizar para não deixar vcs muito tempo sem capítulos, vocês entendem, né?

Esse capítulo foi totalmente reescrito, portanto, perdi todos os comentários e ficaria muito grata se vocês enchesse esse capítulo de comentário.💜

🏀

Jimin atravessou a porta da cabana, sendo seguido por um Jungkook furioso. Park estava igualmente irritado, contudo buscava manter a calma.

Jungkook bateu a porta com tanta força que o baque da madeira na parede foi capaz de derrubar alguns quadros.

— Que porra foi aquilo, Jimin? — Jungkook perguntou com um tom de voz nada gentil.

— Aquilo o que, Jungkook? — Jimin se virou para ele, mantendo os braços cruzados.

Jeon soprou uma risada ácida e esfregou o rosto com as mãos. O ciúme o corroía de dentro para fora, obstruindo a razão. — Eu vim para essa merda de festival para te ver, me desculpar pelo que fiz, e acabo te encontrando abraçado com o Kai? Isso é sério?

— Não sei aonde você quer chegar com essa conversa, Jeon. — Jimin rebateu, sentindo-se ofendido.

— Você quer ficar com ele? É isso? — O jogador entreabriu os braços de maneira teatral. Sua voz era tão alta que, se não fosse pela música do lado de fora, qualquer um poderia ouvi-los.

— E se eu quisesse? — Devolveu a pergunta no mesmo tom, já impaciente com o rumo que aquela conversa havia tomado. Jungkook não tinha o direito de sentir ciúmes, já que havia ignorado todas as suas tentativas de conciliação por semanas. — Você não pode me cobrar nada.

Jungkook o encarou com a mandíbula apertada e o olhar decepcionado. — Eu não posso te cobrar nada? Então é isso, Jimin?

O estômago do menor se revirou e os olhos ameaçaram se inundar de lágrimas. Durante todo aquele tempo longe um do outro, Jimin tentou se colocar no lugar do capitão, respeitando seu espaço e tempo. Entretanto, apesar de gostar de Jungkook, sentia que a confusão dele poderia acabar o machucando uma hora ou outra, e como uma defesa pessoal, Jimin estava decidido a dar um basta naquela relação.

— Você não pode me cobrar nada, Jungkook. — Tornou a dizer quando sentiu-se mais calmo. — Porque não somos nada.

Jungkook sentiu as palavras dele o atingirem em cheio, como um soco forte desferido na boca do estômago. Jimin estava certo, afinal de contas, tudo não passava de uma mentira, uma farsa mal calculada que tomou um caminho diferente do planejado.

Jimin descruzou os braços e se aproximou dele. — Ou somos?

Ele esperou por uma resposta, algo definitivo e concreto, mas somente recebeu o silêncio. Jungkook não conseguia falar, não quando estava perdido na expressão triste e decepcionada de Jimin. Seu coração batia depressa, roubando-lhe o ar.

— Foi o que eu imaginei. — Com um sorriso quebrado, Jimin balançou a cabeça, passando a mão pela bochecha ao perceber que sua tentativa de conter as lágrimas havia caído por terra. — Não me procure mais, Jungkook.

Sem a mínima vontade de permanecer ali, Jimin passou por ele e caminhou até a porta outra vez, decidido a deixá-lo para trás de uma vez por todas.

Algo dentro de Jungkook explodiu. Um vulcão adormecido, transbordando uma torrente de emoções ferventes. Seu corpo agiu sozinho, movido por uma epifania de sensações que o jogador não tinha tempo para nomear. Antes mesmo que Jimin conseguisse abrir a porta, a mão cravejada de anéis e rabiscada com alguns poucos desenhos a empurrou de volta. Jimin deixou o soluço preso à garganta escapar, e o choro que tanto se esforçou para conter rompeu as barreiras.

Detestável ensino médio Donde viven las historias. Descúbrelo ahora