Vivendo a vida

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JADE
Ver ele ali tão perto me causou uma dor enorme. Chorei como se um pedaço de mim tivesse sendo arrancado. Ele não me olhou. O pouco que olhou nao encarou.
O cheiro dele ainda é o mesmo. A voz dele não saiu da minha mente.

N: toma aqui. Relaxa, respira. Ele já foi.
J: Nina. O q eu fiz? Eu perdi ele. Hoje eu tive a certeza disso.
N: bom. Eu vou me aproveitar do meu estado de grávida. Eu te avisei. Jade ele aguentou demais.

Eu só chorava. Fiquei conversando um pouco com a nina e o tick. Eles me acalmaram e eu acabei dormindo por lá aquela noite. Me revirei a noite toda na cama. Certa da maior merda que eu fiz na vida. Tudo que eu queria era ter a possibilidade de viver mais uma vez com ele. Mas eu perdi. Eu perdi o amor da minha vida.

PAULO ANDRÉ
Cheguei na casa da Marina e subi a procura de uma noite que me enchesse de prazer e tirasse aquele maldito cheiro do meu nariz.

A Marina e uma mulher linda. Alta. Morena, cabelo cacheado. Modelo. Super inteligente. Educada. Gente boa. Uma vibe massa.

Cheguei e de cara puxei ela pra um beijo.
M: huuuuum. Que surpresa boa.
PA: Ce tá linda hoje. Me beija.

Aprofundei o nosso beijo enquanto caia no sofá com sobre o seu corpo. Minhas mãos buscavam cada canto do corpo dela. Ela me apertava e puxava minha camisa com pressa.
M: aaaaah que delícia, PA.
PA: gostosa.

Sentei no sofá e puxei ela por meu colo.
Com pressa. Sem fôlego. Arranquei sua roupa. Arranquei a minha.
Ajustei ela no meu colo e encaixei seu corpo no meu. Forte. Bruto.
Puxei seu cabelo.
Mordi, lambi seu pescoço e seus seios. Tirei ela de cima de mim. Apoiei ela de quatro sofá. Acabei minha energia. Gozei dentro dela. Cai sobre o seu corpo.
Acabei com a respiração acelerada. Deitados no tapete da sala dela. Ela apoiada no meu peito.
Eu fechava os olhos e via os olhos da jade. Sentia o cheiro dela.
Fui acordado dos meus devaneios por um assunto qualquer puxado pela Marina.

M: PA, oooou... Me ouve. Tá aqui?
PA: desculpa, Má. Tô cansadao. Me distrai aqui.
M: cê tá bem? Quer conversar?
PA: kkkkk vem cá. Fica aqui comigo. Tô carente eu acho.
M: to aqui pra vc. Me deixa cuidar de você. Vc é um cara incrível. Lindo. Gostoso demais. Vc merece ser feliz. Eu tô aqui. Disponível pra vc. Pô. Me deixa se aproximar.

Apenas fecheis meus olhos e inverti as nossas posições. Me apoiei no peito dela e me aconcheguei recebendo um carinho verdadeiro e genuíno de alguém que, naquele momento, estava se importando comigo.

Naquela noite nós conversamos, rimos, brincamos.
PA: acho q eu já vou indo.
M: aaaah não. Fiica. Dorme comigo.
PA: kkkkkk não. Não posso. A gente esse vê depois? Topa jantar lá em casa amanhã? Mas já adianto que eu vou comprar comida tá? Não sei cozinhar nada
M: claro que eu topo. Me manda teu endereço por mensagem?

Me despedi dela e desci. Leve. Com a obrigação de me permitir mais. De deixar a vida me mostrar novas coisas.

Os dias se passaram e o que era um jantar virou outro, e um almoço, uma resenha na casa do tick e da nina. Um pagode.
Uma foto de mãos dadas.
Nada sério. Um affair.
Mas tá me fazendo bem, me fazendo feliz. Me deixando mais tranquilo.
Ainda dói vê a jade envolvida em polêmicas. Ainda dói saber dos casos dela.
Ela me mandou mensagem perguntando se eu tava namorando. Ignorei.
Nos cruzamos em alguns eventos.
Não nos falamos.

A vida seguiu. Até o dia que foi inevitável conversarmos.

JADE
Apos a noite da casa da nina eu soube que ele tava conhecendo melhor alguém.
Morrendo de ciúme de raiva eu mandei mensagem mas fiquei sem resposta.

Praticamente 3x por semana eu ligava pra dona mary pra ver o PAzinho. Ele tava cada dia mais esperto e lindo. Conversando tudo. Sempre um novidades.
ela veio aqui no rio e trouxe ele aqui em casa. Os brinquedos dele ainda estão aqui. Tudo aqui ainda é dele.
M: jade, Meu Amor. É sempre bom demais ver você. O PAzinho ama vir te ver.
PA: mamãe, cá.
J: to indo. Espera ai q eu vou te pegaaaaaar.
M: Vamo, filho. O papai chega já do treino e a gente vai sair pra passear com ele e a tia Marina hoje.
J: tia Marina? Affff
M: jade. Desculpa.
J: não é nada. Ele tem q viver a vida dele mesmo.
M: vcs se amam tanto Ainda. Tá tão na cara.
J: nao sei, dona mary. Eu estraguei tudo. Fui imatura. Ele tá vivendo a vida dele agora. Só posso deixar em ser feliz e pronto. Não me cabe mais vida dele. Aliaaaaas só me cabe na vida dessa pessoiiiinha aqui. Vem ca, Meu amor. Da um beijinho aqui na mamãe. Vai lá com a vovó. Olha só... fala assim pro papai: a mamãe te ama muito muito muito.
M: ele vai falar, viu? Kkkkkkkkkk

Dona mary saiu e eu fiquei com coração apertado por ver o meu pequenininho ir embora.
Mais tarde. Já na madrugada meu celular tocava sem parar.
Olhei sem acreditar.
J: oi, PA. Aconteceu alguma coisa?
PA: oi Jade. Desculpa te ligar mas eu nao sei o que fazer mais. O PAzinho não para de chorar. Ele tá com febre. Meus pais voltaram pro ES e ele só volta amanhã comigo. Mas ele não para de chamar por você.
J: ai meu Deus. Deixa eu falar com ele.
PA: eu posso levar ele aí?
J: claro. Vem.

Me coração acelerou.
Em 15 minutos o carro dele parou na minha porta.
Eu abri e corri pro carro pra pegar ele.
J: pronto, meu amor. Pronto. Eu to aqui.
"mamãe, mamãe"

Ele chorava inconsolável. Soluçando.
PA: palhaçada trazer meu filho Aqui a tarde pra ele sofrer depois.
J: entra. Deixa eu acalmar ele. Depois vc reclama o quanto quiser.

Entrei com ele no meu colo.
Subi pro meu quarto
PA: ele já tomou um antitérmico.
J: calma, meu amor. Vem. Vamo pra cama da mamãe.
PAzinho: papai. Vem, papai. Aqui, papai, aqui.
PA: o papai tá aqui, meu amor. Deita com a mamãe. O papai tá aqui também

Nos deitamos na minha cama. O PAzinho olhava a gente e segurava forte na minha roupa. Puxava o PA pra perto da gente. Aos poucos foi se acalmando e parando de chorar.
Quando já sonolento ele lembrou do meu recado:
PAzinho: papai.
PA: oi, filho.
PAzinho: mamãe ama. Muito. Muito. Muito.
Mamãe ama.

J: a mamãe te ama, meu amor.

Tentei disfarçar, mas o PA entendeu. E não respondeu nada.
Apenas suspirou.
PAzinho: papai
PA: oi filho.
PAzinho: mamãe ama.
PA: eu sei filho. Eu amo a mamãe tbm. E a gente ama você, tá? Dorme um pouquinho. Q amanhã a gente vai andar de avião. Tá bom?
PAzinho: aviao? Avião, mamãe?
J: isso, amor. Amanhã vc vai andar de avião com o papai

Fechei meus olhos e chorei quieta. Em silêncio. Sentindo o cheiro dos meus meninos. Minha pele próxima da pele dele. Nosso maior amor entre nós. Como antes.

PA: ele dormiu.

Ele falou levantando da cama e sentando na poltrona.
Sentei com cuidado pra não acordar o PAzinho.
J: desculpa. Eu só queria ver em hoje. Ele já veio outras vezes. Não aconteceu nada. Eu nao queria que ele sofresse.
PA: mas ele sofre. Toda vez. Só que hoje foi pior. Hoje eu não conseguir distrair ele. Ele sente saudade. Ele chama por você. O problema é que vc só pensa em você.

Voltei a deitar. Me abracei ao corpinho dele e tentei dormir.
A noite mais longa da minha vida. Depois de um cochilo acordei com o PA deitado no pé da minha cama. Encolhido.
Cobri ele com a coberta e adormeci.

PAzinho me acordou cedinho me beijando e chamando pelo pai.
Com os olhinhos puxadinhos inchados de sono.
J: bom diiiia, príncipe.
PA: bom dia, filho. Vamo pra casa? Vamo andar de avião?
J: vc não precisa ir agora. Deixa eu dar o café dele.
PA: não precisa. Quero aproveitar ele animado assim pra ir logo. Brigado por ter ajudado ontem.
J: desculpa dnovo.
PA: sem problema.
J: PA, a gente precisa conversar.

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Vem ai a conversa se milhões...

O pós de Jadré - Parte 3 Where stories live. Discover now