-Nunca - fiz a promessa de dedinho com ela -

-Vem aproveita o seu sobrinho e sua afilhada.

Ficamos grande parte da noite n restaurante. Bebendo e comemorando a minha volta dos mortos. Aprendi muito sobre a minha afilhada.

Sabia que ela gostava de rosa, unicórnios, fadas, borboletas. Sua fruta favorita era cerejas bem frias. Seu prato favorito era o macarrão arco íris da tia Nathalie. Gostava muito da natureza. Porém muito selvagem ela montou Marshall no último ano como se fosse um cavalinho o que resulto no seu primeiro galo. Entre outros aventuras dela.

Meu sobrinho estava enorme. Ele já estava muito nem no surf e era um possível substituto para mim no futuro. Ele já tinha dez anos. Atualmente ele se dividia entre o surf e o futebol. Já falava francês e espanhol, estava estudando japonês porque era fã de animes e mangás. É como não estava por perto virou o protetor de Aurora.  Seu prato favorito agora era o frango assado com mel da tia Nathalie.

Tudo se resumia a tia Nathalie na conversa. Parecia que ela tinha saido de uma pessoa que não gostava de crianças, para uma que estava desesperada em acumular todo o conhecimento sobre os pequeninos para usar em um futuro.

Andrew pediu para que ficasse na casa dos meus pais nesta noite. Ele queria fazer uma vistoria em mim no dia seguinte, então era bom o eu ir a clínica dele.

Quando a bebedeira e a comilança havia terminado fomos todos para casa. Mas não antes de receber o convite da festa de aniversário da Aurora que seria em alguns meses.

Quando deitei na minha cama, me senti vazio. Como se aquela cama estivesse a deriva no mar. Era como o coma. Eu olhava para a parede e vinha a memória dela mexendo em sua mala. Me virava para o outro lado, me lembrava dela dormindo calmamente colada ao meu corpo.

Será que ela ta assim com ele agora?

Irritado comigo mesmo por não conseguir dormir, fui a cozinha para fazer um chá de camomila com torradas e geleia de frutas vermelhas. Um pouco mais calmo e tranquilo eu consegui dormir melhor sem pensar muito nela.

Quando acordei no outro dia estava animado para voltar para a minha casa. Uma passada rápida na clínica de Andrew e logo a seguir casa. Eu tinha um stock de drogas literalmente, agora tomava tantos remédios que ficava difícil não parecer que sai de algum documento de venda de drogas online.

Quando voltei para o meu apartamento com vista para o mar me senti sozinho. Me sentei em uma das cadeiras que eu tinha na varanda e joguei o braço por cima dos olhos deixando as primeiras lágrimas caírem. Até sentir umas lambidas no meu rosto.

-Marshall!!!

Ouvi um latido em resposta. Apertando o seu rosto e afagando o mesmo ele se mostrava feliz abanando o rabo sem parar. Me joguei de bruços no chão e abracei o meu melhor amigo, que agora já deveria ter cinco anos. Era um verdadeiro bebezão.

Decidido sair dessa monótona vida eu troquei de roupa e sai para correr um pouco com Marshall isso sempre me fazia bem. E eu merecia estar bem. Eu não precisava dela.

Alguns dias depois.

-Abre a merda da porra sei que você esta ai - Michelle batia raivosa na porta -

Eu estava encostado contra a porta respirando fundo. Pensando se abria ou não. Mas por fim sabia que não valia esconder dela. Relutante abri a porta dando espaço para a minha irmã entrar na minha casa.

Agora as cortinas longas que vinham do teto e iam até o chão estavam todas cobrindo as janelas, impedindo da lu, do sol penetrar a minha sala.

-Merda Nash - ela olhava os inúmeros potes de remédios que tinha espalhados - Você se tornou um viciado.

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