♘capitulo nove♘

Magsimula sa umpisa
                                    

Me sentei lentamente na cama, fiquei observando os livros meio empoeirados na estante, que por sinal já li todos. Acho que esse era o momento de eu ir visitar meu amado.. quer dizer, meu amigo gyu. Eu sinto tanta sua falta, seu sorriso, sua voz, seus...

— HAN JISUNG! - A porta bateu em um estrondo, o grito raivoso ecoou em meu quarto, e talvez eu já soubesse de quem era aquela voz. Meu pai.

 Só fiquei parado observando a porta, fiquei meio ansioso mas conti essa crise.

— Por que não está treinando com os homens lá embaixo? - Ele disse furioso enquanto abria a porta com aqueles seus olhos rangendo de raiva.

— Estou cansado.

Ele levantou sua sobrancelha como se estivesse confuso, mas possivelmente ia jogar algum sermão para me deixar de castigo ou algo mais pior.

— Meu filho não se cansa! Lutar para ser forte. - Disse ele franco como se tivesse toda certeza do mundo. Enquanto a mim, só revirei os olhos e bufei com a boca.

— Eu prefiro ler. - Falei meio baixo, mas senti que aqueles ouvidos de gavião iam escutar o que eu disse.

— Ler é para fracos, você é forte! Um homem! - O homem falava enquanto se aproximava de minha estante. Já comecei a ficar ansioso, aqueles passos longos até meus bebês eram assustadores.

— Ler é arte, ser inteligente não te importa? - Joguei isso em sua cara sem nenhum medo de alguma consequência absurda que ele poderia fazer.

Ele se virou para mim, e nossos olhares se encontraram de relance, fiquei sem esboçar nada e o homem rabugento continuou com sua cara de desgosto. Só senti um embrulho no estômago, um pressentimento que algo ruim aconteceria naquele momento.

— Arte? Isso é ridículo. - Quando ele finalizou, o mesmo pegou uns de meus livros, e sem meu consentimento jogou pela janela abaixo. Aquilo fez meu coração quebrar em mínimos pedaços.

E assim o homem continuou, começou a jogar todos meus livros pela janela... todos. Eu entrei em desespero, meus olhos se encheram d'água, eu pulei em cima daquele troglodita e supliquei para que parasse, meus gritos eram altos, só me faltava ajoelhar para ele. 

Meu pai não parava com aquilo, até dá um fim em tudo, ele iria parar. Logo escutei passos vindo até meu quarto, e por sorte dos deuses, era minha querida mãe.

— HANJI! O que está acontecendo aqui Jeom! - A mulher falou decepcionada, correu até nós dois, puxou o braço de papai e logo me afastou do mais velho.

— Ficou maluco?! Jogar coisas fora do nosso filho?! Perdeu a sanidade?! - Ela começou a dar vários sermões no homem que não esboçava nenhuma expressão, enquanto a mim, fiquei jogado no chão chorando pelo o que eu havia perdido.

Por alguns meninos, senti uma mão em meu ombro, levantei um pouco meu rosto e vi minha mãe sorrindo minimamente para mim, e meu rosto estava imundo, cheio de catarro e lágrimas. Ela não falou nada e só passou suas mãos em minha face, na ação de limpar minhas mágoas.

— Hanji, seu pai foi buscar seus livros lá embaixo, isso serve de perdão dele para ti meu filho. - A mulher falou meio angustiada, ouvir aquilo me deu a vontade de chorar mais, só que eu segurei o choro e fiquei olhando em seus olhos.

Minha boca ficou fechada até meu pai trazer todos meus livros, que estavam amassados alguns até molhados e aquilo era uma dor imensa em meu coração. Não me caía a ficha que minhas relíquias estavam todas desgastadas.

O homem rabugento me fitou com seus olhos vazios, e em seguida só soltou 

"Me perdoe meu filho."

Rei Crive: O Rei Fantasma. | TXT + SHINeeTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon