Cap.14

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Quando o frango começou a chiar no forno e os legumes ficaram prontos, Anastácia voltou para a sala.

- Cristian,posso falar com você?

- Claro. Mas achei que você preferisse ficar sozinha.

- Essa é uma das coisas sobre às quais eu quero falar. Você não pode estar querendo que morenos juntos, não é?

- Mas essa é exatamente minha intenção,cara. Achei que tivesse deixado tudo isso claro. E a duração do nosso casamento ainda vai ser decidida.

- Isso é tudo que você têm a dizer?

- O quê há além disso?

- Muita coisa. Eu...eu reconheço que irritei você quando pedi a anulação do casamento. Mas agora você não acha que já me puniu o suficiente?

Ele levantou às sobrancelhas.

- Você acha que essa é a única razão para que eu estar aqui, ensinar uma lição a você?

- O quê mais há?

- Talvez...o fato de você ser linda.

Ela corou.

- Mesmo se fosse verdade,seria apenas mais uma na sua longa lista. E nós dois sabemos disso.(disse irritada)

- Mas pelo menos quando você encontrar outro marido vai ter uma experiência de casada para levar consigo.(disse com um sorriso debochado)

Na cozinha, Ana tentou aliviar a tensão batendo a porta do fogão,mas a raiva permaneceu a mesma.
Cometerá um enorme erro pedindo a anulação do casamento. Como achará que poderia desafiá-lo? Permitirá que às fofocas das revistas a atingissem?Uma maneira de fazer com que ele se lembrasse de que ela ainda existia? Mas porque se importar quando era para estar apaixonada pelo Jack?
Nada disso fazia sentido,ela constatou com tristeza.

Cristian apareceu,vindo da adega com velas e potinhos de cerâmica na mão.

- Oh! Você não acha isso um pouco exagerado.(ela falou quando ele acendeu duas e colocou sobre a mesa)

- Você viu às luzes oscilando?

- Sim,vi.

- Acho que a luz pode faltar. E achei mais seguro organizar isso agora do que no escuro. Você não gosta de luz de velas?

- Preferiria que não houve uma necessidade.

A comida estava melhor do que ela podia esperar.

- Não vai sobrar muito para amanhã.(disse ela olhando para a carcaça)

- Podemos fazer uma canja comos ossos. Não se preocupe, Ana. Acredite, não vou deixar você morrer de fome.

- Você pode me responder uma coisa?

- Talvez. Me pergunte e eu decido.

- Meu pai me disse que você se ofereceu para se casar comigo porque devia algo a ele. Estou curiosa para saber meu valor no mercado.

Houve um silêncio.

- A dívida é imensurável.Mas foi o único pagamento que ele me pediu. Assim não pude recusar. Satisfeita?

- Porquê? Quando seria muito mais fácil para nós dois se você simplesmente...arrumasse dinheiro em algum lugar?

- É mais fácil ainda ser sábio em retrospecto,cara.

O tempo até a hora de dormir passou com uma velocidade inquietante.

- Porque você não para de lutar contra o sono caríssima,e admite que está cansada(disse ao observa-la colocar a sobre a boca para ocultar um bocejo)

- Não estou nada cansada( disse irritada,e viu o sorriso dele se alargar)

- Fico contente em ouvir isso.

Cristian levantou-se colocou a grade na frente do fogo da lareira, checou se às portas e janelas estavam fechadas e apagou às luzes. Caminhou até Anastácia,pegando sua pequena e fria mão,ajudando-a a se levantar.

- Hora de dormir,mia bella.

"Que dívida será essa 🤔🤔?"

"Desculpem pela demora pessoal, até o próximo capítulo 😘😘"

O Conde (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora