Confissão

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Joong-Gil encarou a porta de seu escritório.

Sabia que ela não apareceria, mas não conseguia deixar de ansiar para que ela aparecesse. Por qualquer motivo que fosse, mesmo que ela viesse apenas para xingá-lo, batê-lo ou dizer como o odiava.

O arrependimento o corroía por dentro. Ele não havia mudado de opinião sobre Koo Ryeon, ou sobre o que pensava sobre pessoas que cometiam suicídio, entretanto se arrependia imensamente do que havia dito para Si-eun. Ele se arrependeu assim que viu o jeito como ela o olhou.

Agora não havia mais nada a se fazer.
Tinha a magoado, a machucado, e ela provavelmente não queria vê-lo nunca mais. Não adiantaria ir atrás dela.

Mas... uma parte dele pensava toda hora em ir até seu escritório, ficar de joelhos e implorar para que ela o perdoasse. Para que ela deixasse de o odiar.

Céus, quando havia passado a considerá-la tanto?

Meses atrás ela era apenas uma estranha, uma mulher impertinente. E agora, ele não conseguia imaginar viver sem ela. Como isso era possível?

Ele suspirou, voltando sua atenção para os papéis em cima da mesa. Precisava se concentrar em seu trabalho. Precisava parar de pensar nela.

Após alguns minutos, no entanto, alguém abriu a porta e entrou em seu escritório.

Joong-Gil ergueu a cabeça, ansiando em ver Si-eun ali, entretanto, quem encontrou foi o humano que trabalhava com ela.

Voltando sua atenção para os papéis em suas mãos, ele tentou esconder a decepção que sentiu.

— O que você quer?

— Por favor, ajude.

Joong-Gil o olhou brevemente ao ouvir aquele pedido inusitado.

— Eu? Por que eu deveria te ajudar?

Jun-woong engoliu em seco.

– Não. A senhora Koo.

Aquilo capturou a atenção dele. Erguendo o olhar para o humano a sua frente, se recostando contra o encosto da cadeira em que estava sentado.

— Por que eu ajudaria Koo Ryeon?

— Você sabe o que está acontecendo.

— É tudo de acordo com as regras.

— Mas... Por favor, ajude. – Jun-woong insistiu.

Joong-Gil quase riu ao ouvir aquilo.

Era ridículo.

— Koo Ryeon me enganou. Não, é minha culpa por deixar uma criminosa como ela ficar ao meu lado.

Jun-woong franziu o cenho, incrédulo com o que ele havia dito.

— Uma criminosa? Você... Você realmente é um desgraçado! De quem é a culpa se a senhora Koo está nesta situação?

Joong-Gil o olhou seriamente, irritação visível em seu olhar. Quem aquele humano pensava que era?

Joong-Gil se tele-transportou, aparecendo em frentea Jun-woong, e o segurou pelo pescoço, o levantando de forma que Jun-woong ficasse suspenso no ar.

— O que você disse? – perguntou, não acreditando que ele ousaria dizer aquilo novamente.

— Você... Você é realmente um canalha!

Aquilo foi o suficiente para Joong-Gil ficar ainda mais irritado.

Ele jogou o humano contra a parede com toda a força que possuía. Joong-Gil deu um passo em direção ao humano, mas parou ao ouvir uma voz.

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