— Chefe Koo, posso te perguntar uma coisa? – Si-eun se aproximou da chefe lentamente, sentando de frente para ela.
Koo Ryeon desviou o olhar dos papéis que analisava e a olhou, assentindo.
— Hm, durante anos eu tenho sonhado com uma pessoa que eu nunca vi. E os sonhos são muito realistas. Você sabe se isso tem algum significado?
Obviamente ela ocultou a parte de que aquela pessoa era um certo ceifador chamado Joong-Gil. Por quê? Ela não sabia direito.
Ela observou a mulher suspirar, e então voltar a se concentrar nos papéis que estavam sobre a mesa.
— Provavelmente são memórias da sua vida passada. Alguns humanos conseguem se lembrar de certas coisas. - Koo Ryeon a olhou brevemente, vendo o olhar curioso de Si-eun. — Geralmente as pessoas só se lembram de momentos marcantes. Você deve ter um fio vermelho ligando-a a pessoa dos sonhos, e por isso se lembra dela.
Si-eun quase engasgou, mesmo que não estivesse bebendo nada.
Isso significava que ela e Joong-Gil...
Impossível.
— Você nunca viu mesmo essa pessoa? - Koo Ryeon perguntou, sua voz denunciando a curiosidade que tinha.
Si-eun hesitou por um instante, e então negou com a cabeça.
Encerrando o assunto, ela voltou para sua mesa, tentando se distrair para que parasse de pensar no que sua chefe tinha dito.
Si-eun estava trabalhando em um relatório, enquanto Ryung-gu e Koo Ryeon conversavam, quando Jun-woong entrou na sala, agitado.
— Eu encontrei pessoas que usam suicídio como uma forma de ganhar dinheiro.
Sem conter a curiosidade, Si-eun se aproximou de Jun-woong, olhando para a tela de celular dele.
— São similares as coisas que encontrei no quarto da Srta. Shin Yenah. Eles só aceitam criptomoedas, para que não possam ser rastreados.
— Vamos pegar esses bastardos. - ela disse após ouvir a explicação dele.
Jun-woong assentiu, mas foi interrompido por Koo Ryeon.
— Não! Não façam nada precipitado.
Si-eun franziu o cenho.
— Como isso é precipitado?
Koo Ryeon voltou para sua mesa, se sentando.
— O quê? Vocês querem encontrar eles e trazer justiça? Não se iludam. Esse não é o nosso trabalho.
— Mas... eles estão ajudando pessoas a se matarem. Não deveríamos impedir? – Si-eun perguntou confusa. — Não entendo como isso não é nosso trabalho.
— Nós impedimos os casos de suicídio, mas não nos envolvemos na terra dos vivos. Não podemos interferir em casos assim.
Ela ficou quieta. Sabia que Koo Ryeon estava certa, e tentar argumentar contra aquilo não levaria a lugar nenhum.
Voltando a se sentar, ela observou Jun-woong tentar debater com os outros colegas.
Às vezes ela achava admirável o senso moral que ele tinha, mas até mesmo ela sabia reconhecer que ele estava passando dos limites.
Vendo Jun-woong sair irritado do escritório, Si-eun se levantou.
— Vou atrás dele.
Depois de correr por alguns minutos ela finalmente o alcançou.
Respirando fundo, colocou a mão sobre o peito, sentindo seu coração bater rapidamente.
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Fio Invisível
FanfictionDepois de sofrer um acidente ao tentar salvar a vida de um sem-teto, Im Si-eun descobre a existência de ceifadores. Com isso, recebe a oferta de trabalhar em Jumadeung por seis meses. Ao aceitar a oferta, no entanto, mal poderia imaginar que encont...