Flor que Cai 2

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Capítulo não revisado.

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Si-eun não conseguia parar de pensar no homem que tinha visto mais cedo. Assim como não conseguia afastar aquele sentimento de melancolia que a tinha tomado ao vê-lo partir.

Os três já não estavam mais no mesmo corredor, e agora iam sabe-se lá para onde. Para ser sincera, ela não tinha prestado muita atenção na conversa entre a Imperatriz e Jun-woong.

Ao ver que ambos haviam parado, ela também parou de andar, erguendo a cabeça, sem saber o que tinha acontecido. Parados em frente ao trio estava a dupla que Si-eun reconhecia como a mesma dupla do acidente da ponte.

O homem de cabelo preto e mechas loiras olhou para Jun-woong, e então para Si-eun, e disse:

─ Olá, novamente. Vocês estão bem?

Ela assentiu, sem ligar muito para o que os outros estavam falando. Tudo que conseguia pensar era em seus sonhos, e por que um homem idêntico ao que aparecia neles estava em Jumadeung, trabalhando como ceifador.

Entretanto, sua atenção foi capturada pela dupla quando ouviu o ceifador falar com a mulher de cabelos rosa.

─ Já somos odiados, e se a equipe for dissolvida, você terá que voltar para o inferno.

Si-eun arqueou uma sobrancelha, surpresa com aquela informação.

Quando a Imperatriz os deixou a sós, ela franziu o cenho, olhando para Jun-woong.

─ O que aconteceu?

─ Teremos que trabalhar com eles. – Ele fez uma careta, apontando para os dois ceifadores.

─ Hm? – Si-eun olhou para eles surpresa, percebendo que, assim como Jun-woong, eles não pareciam contentes com aquela ideia.

Ao entrarem em um cômodo desconhecido, a estranha, que liderava o caminho, se virou.

─ Não perguntem nada e não tentem nada. Não se intrometam como da ultima vez, okay?!

Si-eun e Jun-woong a olharam surpresos e irritados.

─ Me intrometer? – perguntaram em uníssono.

─ Sacrifiquei minha vida para resgatar uma pessoa!

Si-eun assentiu, concordando com o colega.

─ Eu desviei do meu caminho de casa para tentar salvar aquele homem!

Jun-woong a olhou, a encorajando, e então voltou a encarar a ceifadora.

─ Vocês não morreram ainda. Querem que eu os mate? – perguntou furiosa.

Se entreolhando, ambos ficaram quietos.

Si-eun sorriu, animada por finalmente estar no mundo dos vivos novamente.

─ Ah, que saudade eu senti disso. – falou, vendo um grupo de garotas passar correndo por ela.

─ Noh Eun-bi é roteirista aqui.

Por um momento, ela havia esquecido o que eles tinham ido fazer ali.

Observou enquanto o ceifador explicava para ambos sobre o aplicativo em seu celular, quando olhou para frente, reconhecendo uma das mulheres como a mesma da foto que aparecia no aparelho eletrônico.

Ao ver Eunbi ser empurrada por algumas estudantes e cair no chão, Si-eun arregalou os olhos, indo prontamente em sua direção para ajudá-la a se levantar, se agachando no chão e pegando alguns dos livros que a mulher tinha derrubado.

De repente, ouviu uma buzina soar. Olhando para trás, paralisou ao ver que uma moto vinha em direção a elas.
Jun-woong correu rumo a Si-eun, na intenção de impedir um acidente, quando tudo parou.

Ela arregalou os olhos, vendo que a moto tinha parado poucos centímetros de onde estava. Olhando em volta, ficou ainda mais surpresa ao notar que todas as pessoas tinham parado de se mover.

─ O que...

A mulher de cabelos rosa se aproximou, falando para os dois:

─ Eu disse para não se intrometerem.

Boquiaberta, Si-eun observou a ceifadora mexer uma das mãos, fazendo com que a moto se mexesse sozinha, virando para o lado de forma que não atingisse ninguém, e então estalou os dedos.

Ela fechou os olhos rapidamente, ouvindo o veiculo se mover. Quando os abriu, tudo havia voltado ao normal. As pessoas começavam a andar novamente. Si-eun olhou para o lado, vendo Eunbi a olhar levemente assustada, e então se pôs a recolher os livros, a ajudando a ficar em pé.

Os quatro ceifadores estavam auxiliando Eunbi em uma entrevista, disfarçados como colegas de trabalho, quando Si-eun notou algo.

Se aproximando de Jun-woong, ela sussurrou:

─ Você não acha que ela está estranha?

Ele observou à humana.

─ Não sei. Talvez ela só seja meio tímida, é normal ficar nervoso em ocasiões assim.

Semicerrando os olhos, Si-eun voltou sua atenção para a autora sendo entrevistada. Por algum motivo, algo nela a incomodava.

Ao chegarem a última pergunta da entrevista, Eunbi se levantou repentinamente, se desculpando e indo embora.

─ O que aconteceu com ela? – a autora perguntou.

Lançando um ultimo olhar desconfiado para ela, Si-eun saiu do cômodo, sem se importar com os outros chamando por seu nome.

Ela sabia onde Eunbi estava, porque era o único lugar naquele prédio que teria alguma privacidade. Então Si-eun abriu a porta do banheiro, sem saber o que fazer. Para ser sincera, ela não era boa falando com pessoas. Muito menos pessoas na situação de Eunbi. Se recostando contra uma das paredes, ela cruzou os braços e decidiu esperar até que ela saísse da cabine do banheiro.

Entretanto, ao ouvi-la começar a rir, Si-eun franziu o cenho e avançou, dando alguns passos na direção da cabine, mas foi parada por alguém agarrando seu braço, a puxando para trás. Ela virou a cabeça, surpresa com a presença da ceifadora. Abrindo a boca para perguntar o que ela fazia ali, foi interrompida ao ser puxada em direção à saída do banheiro.

─ O que está fazendo? – perguntou confusa, em um tom que apenas as duas pudessem escutar.

─ Não pode interferir nos casos dessa forma.

─ Eu só ia perguntar se ela estava bem!

A mulher a ignorou, a dando as costas e andando em direção à sala que tinham estado anteriormente.

─ Não entendo como quer salvar pessoas se não sabe nem quando as reconfortar. Você realmente espera elas estarem prestes a pular de algum lugar para tentar algo? – Si-eun indagou, irritada, ficando de frente para ela, de forma que a ceifadora tivesse que parar de caminhar.

─ Antes de virmos para cá eu disse para não se intrometer nem tentar nada. – Ela a olhou seria. – Não fale sobre o que não sabe.

E com isso, ela voltou a andar, sem dar a Si-eun tempo para responder.

Eles estavam de volta a empresa, discutindo sobre o que haviam presenciado durante a entrevista, até que Koo-Ryeon parou, olhando para Ryun-gu.

─ Preciso que pegue uma autorização. Iremos precisar da chave da memoria.

Ao ouvir aquilo, Si-eun tentou esconder sua curiosidade. Desde a discussão que teve com ela, tinha ficado quieta o caminho inteiro. E quando uma das duas falava algo, a outra ignorava.

─ E leve Si-eun com você também.

Ela olhou para a ceifadora, surpresa, mas decidiu não se opor, mesmo estando irritada.

Jun-woong se aproximou, como se fosse perguntar se algo tinha acontecido, mas Si-eun já havia partido junto com o ceifador.

Fio InvisívelOnde as histórias ganham vida. Descobre agora