Me perdoe

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Joong-Gil ficou de pé, atordoado com o que tinha acabado de descobrir.

Ele passou as mãos no rosto, tentando parar de pensar naquilo. Era inacreditável. Ele jamais... ele jamais havia considerado aquilo.

Sequer havia se dado de conta que estava chorando.

Irritado, ele foi em direção a mesa, pegando o arquivo e rasgando suas páginas. Era impossível que aquilo fosse real. Era impossível que ele houvesse agido daquela forma com Si-eun.

Era impossível que ela houvesse morrido por ele. E o fato de que ela sabia de tudo só o fez se sentir pior. Ele precisava vê-la, precisava pedir desculpas.

Andando em direção a porta, ele a abriu, saindo escritório afora.



— O que você está fazendo aqui? - Si-eun perguntou surpresa, se levantando.

Joong-Gil ignorou os olhares que os outros ceifadores o deram, se aproximando de Si-eun.

Ela parecia exausta, como se não dormisse há séculos. E mesmo assim, ele não pôde deixar de observar seus traços. Não pôde deixar de notar o fato de que seus olhos possuíam um brilho que o hipnotizava, ou como suas pálpebras pintadas de roxo apenas destacavam ainda mais o castanho de seus olhos. sua boca era pequena e delicada. E de como os sinais que ela possuía espalhados pelo rosto a deixavam mais bonita do que já era. E como a cor roxa parecia haver sido criada para ela.

Ele se aproximou, ansioso.

— Precisamos conversar.

Si-eun semicerrou os olhos, cruzando o braço.

— Não temos nada para falar.

— Sim, nós temos. – ele afirmou, a olhando seriamente.

Ela o observou atentamente, e pareceu entender o que estava acontecendo.
Negando com a cabeça ela recuou.

— Não, ao menos não agora. Estamos trabalhando em um caso e eu não tenho tempo a perder.

— Si-eun, eu preciso falar com você. – ele insistiu, sentindo o desespero começar a se espalhar por seu corpo. — Não pode adiar essa conversa.

— Ela já disse que não quer conversar. – Jun-woong se pronunciou, se posicionando de forma que ficasse entre os dois.

Joong-Gil o olhou, arqueando uma sobrancelha e dando um passo a frente.

— Eu não estou falando com você.

— Essa não é a melhor hora para discussões. – Koo Ryeon se intrometeu.
— O que é tão urgente que você não pode esperar algumas horas? – Ela olhou para Joong-Gil, curiosa.

— Não acho que seja da sua conta.

— Bem, então terá que esperar.

Joong-Gil bufou.

— Eu já disse que é-

Ele parou de falar ao ouvir um barulho.

Os três ceifadores olharam na direção do ruído, e Joong-Gil arregalou os olhos quando percebeu que Si-eun estava no chão, inconsciente.

Indo em direção a ela, ele passou por Jun-woong, o empurrando para o lado, e se ajoelhou ao lado do corpo de Si-eun, preocupação estampada em seu rosto.

Ele a pegou no colo, passando um dos braços de Si-eun  por cima de seu ombro, a segurando delicadamente.

— O que está fazendo? - Jun-woong perguntou.

— Estou levando-a para o meu escritório. - Joong-Gil respondeu, olhando em volta. — Vocês sequer tem um sofá aqui. Pretende deixar ela no chão?

Antes que Jun-woong pudesse responder, Joong-Gil se tele-transportou.

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