Cap 4

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Adélia

Chego em casa toda descabelada por causa da moto. Afis.

Aproveito que tenho tempo livre até dar o horário de ir para o boxer, e vou tomar um banho relaxado.

Lavo meus cabelos calmamente e me depilo.

Penso em meus afazeres de hoje e penso no dia corrido que eu vou ter.

Meus pais estão no trabalho nesse momento, minha mãe é professora de dança e meu pai é um lutador aposentado.

Hoje em dia ele é dono de uma loja de roupas esportivas.

Minha mãe é professora de dança em uma escolinha infantil, perto de casa mesmo.

Desde nova vejo eles fazerem o que gostam, sempre fizeram de tudo por suas filhas.

Eu sou a mais velha, com 17 anos.

Andreia é a do meio, com 15 anos.

E Alice é a mais nova e nosso xodozinho, com 3 anos.

Não somos ricos, mas graças a Deus e os esforços dos nossos pais, temos uma vida confortável e uma boa moradia.

Nessa casa nunca faltou nada. Comida, remédios e colégio bons.

E o principal de tudo, amor e respeito.

Sempre me foi ensinado que, devemos respeitar o próximo, que antes de dar uma opinião, nos colocarmos no lugar do próximo.

Continuo no meu banho calmamente, lavo meus cabelos e deixo minha depilação em dia. Nunca se sabe né.

Termino meu banho e saiu do banheiro apenas de toalha.

Vou para meu quarto, e me jogo em minha cama. Olho em volta e vejo a bagunça que minha irmã deixou.

Apesar da nossa casa ser grande ela tem apenas 3 quartos, sendo um suite, dos meus pais.

Então, eu divido o quarto com Andreia.

E nossa Alice reina em seu quarto sozinha.

Me levanto e começo a arrumar meu quarto, na verdade, deixo apenas meu lado arrumado.

Quando termino resolvo pegar no meu celular e vejo que nem respondi o Benjamin.

Será que eu devo mandar mensagem?

Ou é bem melhor eu deixar quieto?

Apesar de eu ter 17 anos eu nunca namorei, sim, eu já fiquei com uns garotos mas nada sério.

Sinto que com Benjamin vai ser bem diferente.

Quer saber? Eu vou me arriscar. Se der errado, deu!

- Desculpe, eu cheguei e fiquei uns minutinhos ocupada.

Eu resolvo mandar apenas isso quando vejo que ele tinha me mandado uma mensagem bem antes.

Resolvo não dar detalhes do que eu fiz, pois, poderia parecer que eu estava me insinuando dizendo que estava no banho.

Vejo a hora e começo a me arrumar.

Coloco uma conjunto de academia, um top e short. Sei que vou passar estresse com esse short subindo. Me sento enfrente a minha penteadeira, reparo melhor meu rosto livre de maquiagem e vejo algumas marquinhas que eu tenho, devido espinhas.

Essa sempre foi minha maior insegurança. Espinhas.

Odiava meu rosto, sempre passava kilos e kilos de maquiagem, parecia uma palhaça.

Sempre reparava nos rostos de minhas amigas e colegas de turma e me sentia pior quando percebia que elas não tinham nem metade do que eu tinha.

Mas eu sempre fui desleixada com a minha aparência, odiava pentear meus cabelos, apenas lavava e pareciam uma bucha quando secavam. Minhas roupas sempre usava shorts jeans e uma blusa masculina por cima, bom até hoje eu uso assim, só que com mais estilo.

Depois que fiz 15 anos, comecei a me cuidar bem melhor. Passei a me interessar em lutas e academias, me inscrevi em academia que meu pai trabalhava e comecei com meu maior vicio, lutar.

Com isso, comecei a ganhar peso por conta dos exercícios e dietas. Não acreditava que realmente quando passamos a comer melhor e coisas saudáveis, nossa pele melhora quase 100%.

Faço uma trança boxeadora e um gloss na boca.

Pego minha bolsa e ponho meu tenis.

Desço as escadas, olho em volta e vejo a chave de casa e da motinha da minha mãe em cima da mesa. 

Pego só a chave de casa e vou para meu treino.

Fardado. Onde as histórias ganham vida. Descobre agora