𝟬𝟱. 𝗡𝗼𝗮𝗵 𝗨𝗿𝗿𝗲𝗮

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♡·͙𝗡𝗢𝗔𝗛 𝗨𝗥𝗥𝗘𝗔ˎˊ
⤷❀.𝘱𝘰𝘪𝘯𝘵 𝘰𝘧 𝘷𝘪𝘦𝘸៹⌝

- Laranja ou Goiaba? - Meu pai pergunta para mim segurando duas garrafas de suco, uma de cada sabor

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- Laranja ou Goiaba? - Meu pai pergunta para mim segurando duas garrafas de suco, uma de cada sabor. 

- Hum... Laranja? Acho que nem todo mundo gosta de Goiaba - Digo pegando a garrafa com uma Laranja desenhada no rótulo de sua mão e logo apanho mais uma da prateleira.

- Vou levar um desse também - Ele diz pegando um refrigerante zero açúcar - Acho que está bom só isso - concordo balançando a cabeça - Ótimo! Vamos no caixa pagar.

Ficamos durante uns 10 minutos esperando a fila do caixa andar e esse tempo me fez pensar sobre o que iria acontecer. Quando eu chegasse em minha casa, a linda menina da varanda estaria bem a minha frente. Esses pensamentos fizeram meu coração bater mais rápido a cada segundo.

- Pai? - Chamo o mesmo que me olha sorrindo - Posso ir dirigindo? - Pergunto. Meu pai começou a me ensinar a dirigir nas férias e vou fazer o teste de direção daqui algumas semanas para tirar a carteira e virar oficialmente uma pessoa habilitada.

- Você dirige na  próxima filho, temos que ir rápido - ele olha em seu relógio - Elas já devem ter chego lá em casa.

- Eu vou rápido... mas com cuidado, claro - rio de leve - Por favor - peço e ele olha novamente em seu relógio soltando um suspiro e logo me entregando a chave que estava em seu bolso - valeu - digo sorrindo.

No caminho de casa, fui o tempo inteiro pensado como iria reagir quando chegasse em casa. Eu simplesmente a ignoro como se não estivesse ali? Falo com ela? Mas como eu falo com ela? Só de pensar nisso as extremidades dos meus dedos começam a suar frio.

Meu coração batia tão rápido que eu nem percebi quando o semáforo fechou e eu continuei avançando, quase batendo em outro carro, se não fosse pelo meu pai, que desligou o carro na hora.

- Ei ei! - ele me chamou-me a atenção - Preste atenção no trânsito Noah. O sinal está vermelho. Fique atento, você parece estar no mundo da lua.

- Desculpa... - murmurei balançando a perna e eu ligo o carro novamente saindo do meio da rua, fato que estava fazendo atrapalhar a passagem dos outros carro.

Tentei distanciar os meu pensamentos durante o restante do caminho, mas eu não conseguia.  Seu rosto perfeito rodeava a minha mente a cada segundo que estávamos mais próximos de casa.

Ao dobrar na rua de casa, meu coração quase saía pela boca. O que eu iria fazer agora? Simplesmente chegar e dizer "Oi"?

- Pode pegar as garrafas de suco, filho? - meu pai diz apanhando a sacola com o refrigerante que havíamos comprado.

- Claro - Respondo e desligo o carro engatando o freio de mão em seguida.

Seguro a sacola em uma das minhas mãos enquanto meu pai destranca a porta de casa. Eu conseguia ouvir a voz de minha mãe vindo dentro, o que me fez ficar mais nervoso por saber que a garota dos lindos cabelos loiros já havia chego.

Escondo todo o sentimento desesperador que estava sentindo atrás de um sorriso aberto e entro em casa junto com meu pai tentando evitar o máximo de contato visual com a garota, a qual a vi sentada com um macacão jeans que ressaltava em sua linda pele clara.

- Finalmente chegaram! - Ouço minha mãe dizer.

- O mercado estava cheio - Fala meu pai quanto deixa a garrafa de refrigerante em cima da mesa - E Noah decidiu ir dirigindo, quase bateu o carro.

- Não foi minha culpa - Digo rápido após ouvir uma leve risada de minha mãe - E eu tenho que treinar a direção para tirar minha carteira - Retruco deixando as garrafas de suco na mesa.

Sentindo todo meu corpo tenso, mantenho a calma o máximo que consigo para não esboçar meu nervosismo por estar ali.

Desvio meu olhar levemente olhando na direção da garota, ainda sentada no sofá. Nossos olhares se encontram por uma breve fração de segundos e logo ela olha para o outro lado abaixando sua cabeça. Volto a olhar para minha mãe em minha frente.

- Quer que faça alguma coisa aqui - lhe pergunto e ela nega.

- Não. Já está tudo pronto! Podemos comer - ela diz se sentando.

- Filha - ouço a voz da vizinha que conversava com minha mãe - Venha, não quer jantar? - Vejo a garota de macacão jeans se levantar tímida do sofá e caminhar até a mesa se sentando ao lado de sua mãe. 

Após eu me sentar na cadeira do lado de minha mãe, meu pai se acomoda na cabeceira da mesa - como de costuma - minha mãe nos libera para comer.

Eu não sabia como agir sentindo a mesma menina que eu via todos os dias na varanda agora em minha frente. Eu não conseguia me mover, meus músculos estavam todos tencionados. Uma vez ou outra, eu olha para frente, lugar onde a mesma estava sentada, e, quando olhava em minha direção, ambos desviávamos o olhar um do outro.

- Então... Sina? - ouço a voz de minha mãe compor a mesa e a garota de cabelos loiros a olha.

Sina... É um nome diferente... combina com ela: Delicado, Deslumbrante e Único. 

- O que você gosta de fazer? - Continua minha mãe na tentativa de puxar assunto com a mesma que permanecia calada o jantar inteiro.

- Ah... eu... - Ouço sua voz em um sussurro baixo, quase inaudível. Tão perfeita quanto a cantoria de um anjo.

- Sina gosta de pintar. - Sua mãe diz em um tom mais alto.

- Sério? - mamãe pergunta - Então aquele cavalete que sempre vejo na varanda é seu? - ela pergunta curiosa e animada.

- Que legal querida! - minha mãe continua animada - Sabe... estava pensando em comprar alguns quadros novos aqui para casa, mas agora que eu sei que temos uma artista aqui, o que acha de faze-los? Se não for incômodo, claro - vejo os olhos verdes esmeraldas em minha frente brilharem e um leve sorriso abrir em seus lábios. A garota balança positivamente a cabeça e volta a olhar para seu prato e brincar com a comida presente ali.

O resto do jantar foi composto pelo som da voz de minha mãe e de nossa vizinha, Alex. Continuei quieto terminando de comer até ouvir meu nome na mesa.

- Noah está escrevendo um livro agora! - Minha mãe diz e eu quase me engasgo com o pequeno pedaço de carne que estava em minha boca.

- Sério? - a vizinha questiona olhando para mim.

- Eh... - murmuro bebendo um pouco de água - Não é bem um livro... é um projeto.

- Ele quer ser escritor - minha mãe lhe diz orgulhosa.

- Sério? - Ouço a voz da loira em minha frente e eu assinto de leve - Meu pai escrevia alguns poemas e lia para mim antes de dormir.

Alex muda seu olhar para a filha lhe fitando enquanto cerrava os olhos para a mesma pigarreando novamente. A menina lança seu olhar para a mãe e logo comprime os lábios voltando a olhar para baixo.

Um silêncio constrangedor se instala na mesa por alguns segundos.

- Quem quer sobremesa?!
- Meu pai diz sorridente se levantando e quebrando o ar estranho que havia se instalado. 

Oii, queria agradecer pelas 100 visualizações. Muito, muito obrigada mesmo, fico super feliz que vocês estão gostando.
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kiss,yas<3

𝗹𝗼𝗼𝗸𝗶𝗻𝗴 𝗮𝗻𝗱 𝗽𝗮𝗶𝗻𝘁𝗶𝗻𝗴, 𝗻𝗼𝗮𝗿𝘁Where stories live. Discover now