- Você testou com o professor?! -

- Claro que não! Eu chamei um garoto da minha turma para sair. - Responde olhando incrédulo para o Diggory, onde já se viu? Harry não ficaria com um professor de sua própria escola.

- Deduzi errado desculpe. - O loiro soltou uma risada envergonhada e se virou até a poção que borbulhava em um tom vermelho.

- Não se preocupe com isso. -

- Você... Você já se apaixonou alguma vez? - Por alguns segundos Harry teve a sensação de um déjà vu e se lembrou de quando fez a mesma pergunta a Tom.

Bom, ele não saberia como responder essa pergunta já que nunca teve o saber de como é sentir esse sentimento, talvez gostar mas não paixão.

- Nunca. Você já? -

- Não sei... Tem uma garota que eu gosto, mas não sei dizer se é paixão. - Harry abriu um sorriso amigável e passou sua concha até o garoto para que ele assumisse sua posição ao partir até alguns ingredientes e os cortar em uma tábua própria para isso.

- Pode descrever como se sente perto dela? Talvez isso lhe ajude. - A opção oferecida pareceu ser do agrado e logo o loiro começou a falar com uma voz um pouco distraída ao mexer de um lado ao outro a concha, quase como se estivesse se escondendo de seus próprios sentimentos na ação.

- Eu sempre amei falar com ela, de alguma forma me sinto confortável para dizer tudo e qualquer coisa que eu esteja pensando. Ela é inteligente e pode me ouvir falar por horas seguintes sobre algo idiota apenas por querer me ouvir... Aumejo por vê-la todo dia e quando Finalmente consigo estar ao seu lado, apenas penso que estou com quem eu quero estar, que ela é meu porto seguro. - Harry sabia que aquilo era profundo.

Sentimentos são profundos e confusos.

O garoto tinha uma fala tão apaixonada e nostálgica ao falar da mulher amada que o moreno quase se sentiu um intruso naquela sala por presenciar algo tão lindo.

Era bom de se ouvir, saber que alguém realmente tinha uma pessoa a recorrer e que podia falar tão a
vontade. Ele sentiu que o amor era o sentimento mais real que um ser pode sentir, que a sensação de segurança e cuidado eram uma dádiva.

Uma dádiva que tanto podia curar como machucar, que poderia deixar você vivo mas também morto por dentro. Eram tantas coisas que se pode sentir apenas por causa de um sentimento que muitos ignoravam essa sensação ou nem a percebiam. Mesmo que as vezes pudesse ser óbvio.

- Cedric, com toda certeza do mundo, posso dizer que você ama ela. - Afirma alegre.

- Amar? - Ele parecia assustado com a fala de Harry, era fofo de se ver.

- Sim, amar. O amor é muito mais complexo que imagina e isso é o que você sente, a forma como se refere a ela, é uma paixão linda e forte. Não sei se possuem algo ainda, mas eu quero te dizer para tentar, e não desistir disso. - Ele termina com um sentimento quentinho que sempre sentia quando estava feliz ao estremo, aqueles momentos onde poderia muito bem perder as bochechas do tanto que sorria.

- Obrigado Harry, isso na verdade foi de muita ajuda para mim. -

O pequeno Potter sorriu e deu um leve empurrão no garoto com o quadril ao dizer:

- Não há de quê senhor Diggory. -

- Pra alguém que se diz não estar apaixonado e que nunca se apaixonou, parece saber bastante sobre o asunto. - A frase foi solta sobe o ar e Harry franziu o cenho ao o olhar por alguns segundos.

- O que quer dizer? -

- Bom... Normalmente ao se falar sobre esse sentimento com tanta convicção, a pessoa já o sentiu, eu acho. -

my darknessWhere stories live. Discover now