"Eu sou o monstro das histórias que os pais contam para os seus filhos a noite"
"Uma aberração...é dessa maneira que as pessoas me retratam em reportagens. Elas tem medo de todo esse caos que habita dentro de mim"
"Mas quem disse que os monstros não...
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Finge que tá de noite nesse gif rsrsrss
——————— |Boa leitura❤️| ———————
O RELÓGIONAPAREDE marcava exatamente 00:00 em ponto, quando Natasha Romanoff ofegou pela milésima vez completamente exausta, pressionando as mãos sobre os joelhos e sentindo seu peito subindo e descendo repetidamente, o rosto afogueado de suor e a garganta seca.
Inclinado seu corpo com dificuldade ao perceber os músculos doloridos, ela tomou facilmente uma garrafa de whiskey que estava próxima de si e despejou com uma golada só o conteúdo que tinha ali em sua boca, o líquido deslizou como uma chama abrasadora por sua garganta com a dosagem de álcool presente na bebida, a viúva negra entortou o rosto e fez uma careta pelo gosto amargo que sentiu. Ela pigarreou ao tomar mais um gole, tossindo abruptamente, socando seu peito agoniada e em seguida limpando a boca suja pelas gotículas da bebida.
Recuperando sua energia e força através do álcool, Natasha endireitou o corpo, sentindo a adrelina entrando em seu sistema nervoso e aumentando as batidas de seu coração, dando-lhe impulso para continuar o que estava fazendo.
Respirou fundo, ficando em posição de ataque, e correu velozmente, o coração galopando em seu peito e Natasha sentindo seus músculos vibrando com a adrelina, para no minuto posterior ela erguer o próprio corpo no ar e lançar sua perna contra o seu oponente: um saco de pancadas. E cair perfeitamente no chão — como uma pluma, após o seu golpe executado com sucesso. O objeto sendo lançando minimamente para longe, se afastando da viúva negra, que tinha suas narinas dilatadas ao tempo que ela respirava agressivamente e também possuía os olhos inundados por lágrimas. Lágrimas angustiantes que molhavam seu rosto, e transtornavam os pensamentos da viúva que descontava o caos interior esmurrando um saco de pancadas.
Ela pensava em Wanda. E no sofrimento insuportável que a garota estava passando consigo mesma.
Natasha desejava do fundo do seu coração retirar a dor que estava corroendo Wanda por dentro, no entanto isso encontrava-se fora do seu alcance. Ela não aguentava mais ver a imagem perturbada da garota aos prantos pela morte do irmão gêmeo.
Natasha sentia como se uma faca estivesse atravessando o seu coração dolorosamente toda vez que via Wanda desvatada e caindo em choro. E o pior de tudo, era que ela precisava manter uma postura equilibrada diante de Wanda, esconder seus sentimentos e sendo assim não transferir tristeza para a garota que já se encontrava sensibilizada por toda a situação.
Natasha gritava internamente enquanto socava sem cessar o saco de pancadas a sua frente. A mente tomada por pensamentos ansiosos e confusos, ela estava praticamente destroçando o objeto em meio a toda aquela situação deprimente. Trincando a própria mandíbula, Natasha buscava conter a enxurrada de lágrimas que insistiam em descer de seus olhos. Ela detestava chorar —uma espiã treinada incessantemente durante anos para ser uma arma letal encontrando-se com suas emoções em total desequilíbrio era tratado como uma vergonha na sala vermelha, demonstrar uma fraqueza não era o comportamento habitual de uma viúva negra que deveria ter o coração duro como o de uma pedra. E Natasha estava apresentando exatamente o pior pesadelo de uma viúva negra: mostrar o seu lado sensível e amolecido.