Pau descontrolado (Beto narrando)

1.4K 34 8
                                    

- Então vocês se deram bem? - a Bia perguntou, assim que troquei da quarta para quinta marcha.
- Ele é maneiro - respondi - meio travado, mas maneiro.

- A Carol destrava o Matheus rapidinho com o fogo dela - riu a Bia.

- Opa... cunhadinha fogosa... quem diria...

- Puxou a irmã, né?

- A irmã dela tem muito fogo é?

- Ahhh tem.. - ela alongou bem as palavras 

- Bah se tem...

- Tem é?- Eu vou te mostar todo meu fogo hoje de noite...-

 Mostra agora - provoquei.

- Tu tá dirigindo, mor. Não rola.

- Rola, sim - eu disse apertando meu pau quase duro pra ela ver.

- Safado!

A Bia baixou minha bermuda e botou o pau pra fora. Punhetou um pouco até ele ficar bem duro e começou a chupar a cabecinha.

- Tesão do caralho - senti a língua nas minhas bolas - Que delícia!

- Te excita um oralzinho no carro, é?

- Para caralho... Ainda mais no carro do Matheus... Aqui a tua irmã já deve ter pagado vários boquetes pra ele... Imagina ela...

- Porco! 

Ela tira a boca da minha piça e se ajeita no banco do carona.

- Que que foi?

- Tu é um porco, doente... pensando na minha irmã chupando o namorado.. vai te tratar!

E assim fomos mudos até a praia do Cassino. Tão logo estacionei o carro em frente a casa, a Bia bateu a porta e foi se juntar à sua mãe, Cíntia, e à Carol. Resolveram ir pegar praia correndo antes que o sol sumisse. Ajudei o Matheus a organizar as coisas no quarto e me atirei na cama, pensando que aquele clima com a Bia tinha estragado tudo. As mulheres se ofendem com umas coisas tão nada a ver! Vai entender...Lá de fora, o pai delas nos manda ir à beira da praia também. Fiquei na dúvida se seria uma boa ideia; resolvi arriscar. Quem sabe com mais gente por perto ela voltasse a falar comigo. Troquei os tênis pelos chinelos, vesti um bermudão de entrar na água, joguei a camiseta num canto e botei os óculos escuros. Ao deixar o quarto notei um pato branco se debatendo.

- Eu te ajudo, alemão - falei meio zuando pro Matheus que levava uma surra do protetor solar ao tentar aplicá-lo nas próprias costas.

Quando eu vi o tronco cor de leite ornamentado por inúmeras pintinhas marrons parado na minha frente, me dei conta que a oferta de ajuda não tinha sido tão boa ideia assim. Por algum motivo desconhecido eu tava nervoso, receoso de fazer aquilo. Com um pouco de creme nas mãos deslizei os dedos nos ombros dele. Passei o líquido branco na nuca, sentindo a penugem de cabelos amarelados que começava a crescer ali. Uns pelinhos finos, macios, extremamente amarelos. Eu tava tremendo. 

Caralho, o que tava pegando? Esfrega essa porra feito homem, meu!, gritei com o meu cérebro. Meus polegares se retesaram e afundei mais as mãos. A musculatura do Matheus era dura. Eu podia ver nitidamente nas costas dele o mesmo desenho que se formava quando os caras faziam a remada na academia. Um cheiro de limão se sentia no ar. O mesmo perfume da camiseta dele, mas dessa vez misturado com o odor meio amendoado que a loção exalava. Eram pontos, pontos e mais pontos marrons que eu descobria a cada olhada. Brotavam de qualquer lugar daquele terreno alvo. Percorri o relevo das vértebras de cima para baixo e me ative no lombo. Apertei aquela porção de carne, me lembrando de quando eu criança e sovava massa de pão com a minha avó. Mais força, mais força, dizia ela. Por um momento, ele quis fugir. Simulei uma voz descontraída:

- Tô na finaleira aqui...

Tinha alguma coisa muito errada comigo. Um calor fora de hora se instalou no meu corpo. É culpa daquela mamada interrompida, só pode... Caralho, olha esse osso saltado dele aqui... Quase rente ao elástico do calção, uma protuberância delicada da onde surgiam pelos maiores e loiros. Como podiam ser tão dourados? O meu pau filho da puta tá reagindo ao quê? Rola de merda! Eu precisava sair dessa situação. Uma trolagem ia fazer o negócio todo passar por uma brincadeira imbecil. Um esguiço de protetor solar no rego do piá ia ser maneiro pra quebrar a tensão... Estiquei o calção e ia apertar o frasco, quando pensei: o creme é gelado, mas a saliva não. E cuspi.

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: Jul 24, 2022 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

enCUrralados.comWhere stories live. Discover now