𝐃𝐔𝐒𝐓 𝐈𝐍 𝐓𝐇𝐄 𝐖𝐈𝐍𝐃, steve harrington
"onde um experimento russo consegue escapar do laboratório. ou, onde Yelena descobre ser mais forte do que imaginava."
o mal retorna a Hawkins, mas desta vez ele tem uma forma humana.
steve harring...
Observou o garoto caído no chão, provavelmente desmaiado, ela não fazia ideia. Olhou para as prateleiras de guloseimas e apanhou alguns pacotes, juntamente com o casaco pesado do jovem antes de sair pelas portas duplas de vidro.
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Hawkins não era nada como Yelena havia imaginado. As ruas fervilhavam de carros em movimento, indo em direção a lugares quais a garota não fazia ideia.
Poderia ignorar as pequenas e numerosas casas, ou os automóveis barulhentos, mas a construção enorme e brilhante não poderia passar despercebida, e algo em seu interior se agitou com a ideia de adentrar aquele local.
O shopping Starcout era a sem sombra de dúvidas o local mais estranho que a garota já havia visto – não que sua vida fosse um calendário cheio de eventos sociais, mas ver tantas pessoas juntas era no mínimo assustador para ela.
Tentou andar despercebida, manter a boca fechada e não fazer contato visual com nenhum daqueles estranhos. Mas acontece que uma garota suja e com roupas hospitalares manchadas de sangue não era o disfarce perfeito para um lugar como aquele.
As pessoas que cruzavam o caminho com a ruiva se limitavam a murmurar desculpas e lançar olhares atravessados. Ela não se importava, mas estava começando a se sentir sufocada em meio aquela multidão. O barulho das vozes, o cheiro de perfume barato e o calor humano estavam deixando Yelena louca. Ela precisava sair daquele lugar, não suportava o calor que irradiava daquelas pessoas.
Estava se preparando para correr, e ir para outro lugar, qualquer local era melhor que aquele shopping. Só não contava de esbarrar em um grupo de pessoas durante sua silenciosa fuga.
O garotinho caiu no chão, derrubando uma massa gelada por sua roupa branca. Seus olhos começaram a lacrimejar, e o barulho insuportável do choro de criança se estendeu por toda a parte.
Pessoas curiosas se juntavam ao redor para observar o que havia acontecido. Uma senhora alta e esbelta puxou a criança pela mão, e Yelena supôs que aquela seria a mãe do menino, pelo modo como olhava feio para a causadora do incidente.
— Ei, o que está acontecendo aqui? – um homem de aparência robusta se aproximou do local, soprando em uma caixinha de metal que provocava um som extremamente alto. – Você, venha comigo.
Yelena pensou em se desculpar, em sair correndo dali o mais rápido que pudesse, talvez se escondesse na floresta por alguns dias até morrer de fome. Morrer não era uma má ideia naquela situação. Não quando ouviu um estalo alto vindo do segurança, seu corpo forte caído ao chão, urrando de dor.
O sangue começava a escorrer por suas narinas, e a sensação de vertigem não demoraria a vir. Principalmente quando mais pessoas apareceram ao redor, formando um círculo claustrofóbico em volta da garota.
