Quando lembro dele de joelhos e entre minhas pernas pronto pra me chupar e me chupando.

— A única coisa que adoro em você é quando tá longe — digo com raiva puxando o que sobrou do meu leite e segurando como se fosse a coisa mais importante da minha vida.

Ele enfia uma colherada na boca a todo momento me encarando do outro lado da bancada e o pior que não consigo desviar.

— Por isso não procurou saber onde eu me meti naqueles cinco dias? — pergunta quando engole e fica esperando minha resposta. Aí a raiva dele vai surgindo — Fala, caipira.

Lhe dou língua e desço do banco, a mão dele vai direto em meu rabo de cavalo. Desisti de desistir de usar meu cabelo assim.

— O quê? — me viro com mais raiva.

Finjo que mais da metade da raiva não seja por ter beijado ele por praticamente toda a madrugada e ter dormido em seus braços. Tinha sido a primeira noite que dormi tão bem desde que voltei das férias, dormi até melhor do quê algumas noites em casa. Isso é ruim, muito ruim.

Eu tava pra lá de ferrada.

— Responde — diz mandão.

— Não me importo com você e esperava que tivesse voltado pro inferno, seu monstro — digo com raiva quase gritando em seu rostinho imbecil e bonitinho.

Ele solta meu braço.

— Acertou — é o que diz antes de comer mais. Fico ali encarando ele, eu em um momento imaginei que ele tivesse ido em casa. A família é tão ruim assim? Deve ser, olha ele de exemplo, mas com ele longe o inferno que é a casa dele se ele estava lá devia estar em paz isso sim. Se Miller não tava a paz reinava. Coitado da família dele nesses cinco dias — O que tá olhando? — pergunta grosso — lhe mostro minha língua, ele também. Reviro os meus olhos — E a outra coisa?

— Que coisa? Ah quer saber? Vai ver se tô na esquina, Miller — começo a andar pra longe dele. Sua mão acha meu cabelo de novo. Solto um gemidinho de dor — Isso dói, seu ogro.

— Vai almoçar com ele? — não dá a mínima se me machucou ou não, só me olha feio enquanto espera por minha resposta.

— Não ia, mas agora vou e talvez se ele me pedir pra sair de novo vou voltar aceitar e se me pedir em namoro também, aí deixo de fazer estupidez com alguém tão imbecil. Vou parar de me afundar.

A única verdade no que falo é sobre o almoço e só pra não ter que ficar olhando pra cara dele, as aulas de hoje foram suspensas.

Miller aumenta o aperto em meu rabo de cavalo e derruba o cereal e leite em minha cabeça. Por algum motivo que não sei explicar aquilo me afeta e meus olhos enchem de lágrimas, não era a primeira vez que ele jogava algo em mim, mas mesmo assim me dói.

Ele solta meu cabelo e travamos uma batalha de olhares. Os dois cheios de ódio um pelo outro. Só depois de um tempo com meu celular tocando que me toco do que tenho em mãos e nem ligo pra volta. Aperto a caixa na cara dele e fica molhada com o leite.

Ele passa a mão grande no rosto e deixa a tigela ir pro chão sem se importar e me dá as costas voltando pro quarto dele, não sem antes me dar mais um olhar de ódio.

Vou pro banheiro com as lágrimas escorrendo.

Lucas

— Por que estamos aqui? — Chris pergunta impaciente bebendo da sua Coca-Cola — Tamos esperando sua namorada?

Lhe mostro meu dedo do meio sem tirar os olhos da janela de vidro do restaurante mais barato próximo do campus. Fiquei sabendo que o tal do Tim era tão bolsista quanto Parker, ele já estava tirando pra pagar a ela pelas aulas então deveria trazer ela pra almoçar aqui, em um lugar barato igual a ele.

— Se abrir essa boca mais uma vez vou te socar — aviso tirando os olhos do vidro.

Chris abre a boca e armo o soco, mas o filho da puta só coloca uma batata frita na boca e rir da minha cara.

Ele vê meu dedo do meio de novo e antes que eu possa voltar pra janela, ele aponta com o queixo atrás de mim.

É ela com o pobretão.

Parker é a primeira a me ver e os olhos se arregalam e ela para de andar o que chama atenção dele. O tal do Tim segura a mão dela e sussurra alguma coisa pra ela que assente e sentam no fundo do lugar do outro lado.

— Vamos logo lá, também tenho um encontro. Vamos resgatar sua namorada — Chris diz e parte até eles sem esperar por mim.

Só quando eu o sigo e arrasto a cadeira na mesa deles que nos encaram assustados que me dou conta que não o corrigi. E ontem no refeitório com Mark.

E aquela batalha entre gostar e não gostar vem com tudo. Nenhum dos dois ganhando e me infernizando.





Acendam a estrelinha e comentem bastante 💜

Nas Mãos Do Badboy - 1º da série Nas Mãos Do Amor {COMPLETA 🔞 - BULLY ROMANCE}Where stories live. Discover now