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Embora aprecie a solidão, ainda sinto falta de ter alguém com quem compartilhar coisas frívolas

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Embora aprecie a solidão, ainda sinto falta de ter alguém com quem compartilhar coisas frívolas.

Alguém para ligar ao fim de um longo dia e dizer banalidades, para rir de coisas fúteis e se apagar em momentos de dor ou acalento. Embora esteja bem, ainda sinto falta de ter alguém para dividir essa parte que habita meu ser.

Sinto falta de uma amizade profunda, sem segundas intenções ou expectativas exageradas, apenas alguém ali e presente, que contenha verdade e aprecie o tempo gasto comigo. Alguém que divida minha loucura, subtraia minha solidão e multiplique meu amor.

Não me entenda mal, possuo amigos tanto quanto possuo pensamentos desconexos. Achei a forma de preencher o vazio que sinto em uma pequena bola de pelos que, por muitas vezes, é tão espaçosa quanto preguiçosa.

Sei que jamais encontrarei amor tão verdadeiro e obstinado, porém, ainda sinto falta de conversar e obter alguma resposta além de miados preguiçosos. Se puder dar um conselho, procure o amor dos animais, jamais provará algo tão verdadeiro e intenso, mas certifique-se de não manter somente esse amor e procure não surtar se o fizer.

As vezes, só sinto falta de ter alguém com quem falar.

Tudo não passa de um lamento, ainda que espere que minhas palavras cruzem o mundo e mudem o tempo, não posso deixar de manter certas coisas em gavetas de memórias recheadas de sonhos. Sonhos esses que falam por milhares, falam por todos os corações solitários em madrugadas gélidas e reflexivas.

Um brinde a nós, corações solitários ligados a mentes fervorosas.

- Coração solitário

Tudo aquilo que eu (não) disse Where stories live. Discover now