Pequenos textos de alguém que se afogou com todas as coisas que nunca disse, fez ou sentiu.
Ou
Alguém que espera que palavras cruzem o mundo e mudem o tempo.
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Ela estava lá.
Ombros caídos, cabelos longos e olhos solitários. Ainda com aquela mesma energia e felicidade, no entanto, agora com aquela maturidade que o tempo trazia.
Ainda assim não pude evitar de suspirar, quando em um só piscar, seus olhos nos meus pude observar. Memórias de uma passado bom, eu me tornei a recordar.
Ainda assim, agora ela era só mais uma pessoa em meio uma multidão, só mais uma história e só mais um passado. Mesmo que as marcas que ela deixou ainda estivessem em mim, ainda gritassem o tamanho da falta que ela fazia.
Estranhas, éramos estranhas.
Então seu foco mudou e embora seus olhos não estivessem mais nos meus, ainda sentia toda a intensidade das promessas vazias que fazíamos, do nosso pra sempre interrompido e daquilo que poderíamos ter sido.
Foi estranho te tocar como uma desconhecida, mesmo que já tivesse passado noites e noites ao seu lado, mesmo que minhas mãos ainda conhecessem casa mínima marca do seu corpo.
Me perguntava, silenciosamente, se algum dia iria deixar de desejar voltar no tempo, para que por um segundo, você ainda estivesse aqui.
