De novo Lucas olha de um jeito profundo em meus olhos.

— Não tem. O que vai ser, Emma?

Imbecil.

Para de dizer meu nome!

— Me machuca — peço porque não vou dar algo tão importante a ele.

Primeiro ele não esboça nada, só depois que a raiva vem a tona, aí de novo nada, mas uma de sua mão volta a minha cintura e a outra encontra o meu coque e o desmancha quando puxa e segura firme os fios.

— Eu tô bonzinho hoje — sussurra raspando os lábios nos meus pela segunda vez na noite — Vai dormir comigo. Só dormir — diz quando percebe que fico nervosa e com medo — Se eu tiver pesadelos aí tá muito fodida — seus dentes encontram meu lábio inferior, eu me arrepio e engulo seco — Tão fodida, Emma — morde nada tão forte e voltando a minha burrice, hipocrisia e doença, eu gosto.

Solto um gemido.

Ele se esfrega em mim e o sinto. A imagem dele nu se torna viva em minha mente.

Lucas

Ela enfia apenas a cabeça por entre a minha porta e olha ao redor do meu quarto como se ele estivesse prestes a explodir, depois faz um movimento rápido de sua mão por seu rosto, fazendo o sinal da Cruz. Rio e isso chama sua atenção, ela me olha feio e decide finalmente entrar no quarto. Seu cabelo está preso bem apertado no alto da cabeça, um coque de tranças e ela parece maior dos lados. Além do velho camisetão quase engolindo ela por cima de todas as roupas que ela deve ter vestido. Eu deveria ter enfiado aquela coisa na merda de vaca.

— Eu sempre tenho pesadelos — digo pra assustar ela ainda mais.

Ainda não acredito que essa burra deixou barato o que a vadia fez com ela.

— Só pra me assustar — diz depois de um tempo me olhando ainda assustada.

Não lhe digo nada, apenas me viro pro lado e me enrolo.

Você tá tão fodida, Emma.

Ouço seus passos pelo quarto então quando finalmente param, espero a cama afundar com seu pouco peso, mas não acontece nada. Busco por ela na quase escuridão. Deixei a luz do banheiro acesa e a porta entreaberta.

Emma tá encolhida no tapete que tenho ao lado da cama, como uma cadela toda encolhida. Seus olhos grandes e verdes me recebem quando viro.

— Oi — ela diz baixo e assustada.

— Eu sempre te achei uma cadela mesmo — volto a me virar. Ela me chama de "imbecil" baixinho.

Algumas horas passam e a música infantil que ela canta baixinho me irrita. Nenhum de nós dois conseguiu pegar no sono. O que não é novidade pra mim e pelas olheiras que ela tem ultimamente nem ela.

— Oi — ela repete quando volto a me virar e dou outra vez de cara com seus olhos em mim.

Eu sentia ela me olhando por todo esse tempo, mas me incomoda mesmo assim.

— Cala a boca.

— Quem canta seus males espanta — diz e rir com a própria besteira.

Me sento e ela faz o mesmo bem rápido.

— Estúpida — digo quando fico de pé.

Porra, tá frio pra caralho mesmo no tapete.

— Imbecil — me diz quando me imita.

Agarro a camiseta e a trago pra mim. Tenho a certeza que ela tá cheia de roupa por baixo quando desço minhas mãos pra cintura. Ela fica atenta a cada movimento meu.

— Por que não deu troco? — eu ainda não tinha entendido aquilo — Aquela vadia merecia.

Ela me olha feio.

— Aquela vadia? Não se xinga uma mulher, Miller.

— Eu xingo.

— Por isso te chamo de imbecil.

— Você foi estúpida.

— Estupidez é o que eu mais tenho feito desde que vim morar com você.

Cada frase que trocamos a tenho mais próxima de mim, minhas mãos mais firmes nela pra ver se alcanço o máximo de sua pele.

— O beijo? Gozar em minha boca? — sorrio quando pergunto.

— Tava certo. Foi um degrau ao inferno — diz e é como se ao se ouvir percebesse nossa aproximidade. E tenta se soltar — Me deixa ir, Miller — diz com raiva.

— Você não vai a lugar nenhum, Emma — os olhos dela brilham.

Isso não ocorre pela primeira vez, eu só não tinha percebido ainda o quê. Mas agora entendi. É sempre quando digo seu nome.

— Me solta — manda.

Me abaixo até ter meus lábios na direção dos seus. Ela prende a respiração.

— Emma — digo baixinho, observando seus olhos que fazem aquilo de novo — Emma — repito e de novo — Emma — raspo meus lábios nos seus e ela solta um gemido bem baixo, como se tivesse tentando prender — Vou te beijar, Emma — aviso sussurrando agora em seu ouvido, ela treme nos meus braços.

Eu gosto tanto disso que poderia tremer também.

Eu disse que ela seria minha cadelinha.

Então eu a beijo. E ela não resisti. E novamente é mais prazeroso do que deveria. Nunca soube que beijos poderiam ser tão gostosos assim. Nos beijamos até nenhum de nós dois aguentar mais.

Ela busca desesperada por ar e eu tento me controlar pra não fazer o mesmo. Quando estamos bem ela me encara com vergonha, raiva e excitação.

Eu só sinto os dois últimos.

Emma Parker não deveria ser boa de se beijar.

— Posso voltar pro meu quarto? — pede voltando a tentar se soltar — O chão tá muito frio, Lucas, por favor — diz doce.

Eu sei que só parte daquilo é mentira, a outra é ela querendo correr de mim.

A jogo sobre meu ombro. Assim como da primeira vez que diz reclama, mas eu só ignoro e a jogo em minha cama.

— Não — digo antes de deitar sobre ela — Vou te beijar de novo, Emma — aqueles olhos grandes e verdes brilham — Vou te beijar a madrugada inteira ou eu deixo você ir e tenho pesadelos? — é claro que ela vai escolher ir e então vou machucar ela como quero — O que escolhe, Emma? — pergunto com meus lábios praticamente grudados nos dela — Hein, Emma? — passo minha língua em seu lábio inferior.

Ela geme em minha boca. Meu nome saí em um sussurro.

— Acho que vou descer outro degrau, Lucas — faz como eu dizendo em meus lábios.

Sorrio em seus lábios e acho que não é o de canto.

E eu gosto.

E não gosto disso.




Acendam a estrelinha e indiquem e comentem bastante 💜

Cês tão achando o que da história?

Nas Mãos Do Badboy - 1º da série Nas Mãos Do Amor {COMPLETA 🔞 - BULLY ROMANCE}Where stories live. Discover now