25; first of July

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– Briana Ramos

Um vento bom sopra em meu rosto, a brisa está fresca, a cidade movimentada, as nuvens se movendo, a água trazendo a vitalidade, as estrelas reluzentes, meu coração bebendo. O Scott? Bom, ele está aqui não sumiu como sempre faz, é estranho quando ele não está perto, talvez sinta falta, mas sempre espero vê-lo novamente.

E eu, eu estou feliz.

Los Angeles é uma cidade linda de ver, principalmente a noite. Fiquei assim a observando até pararmos.

— Cinema? Deveria ter dito que me levaria a um encontro — ajeito o cabelo animada. — Wow! Terror, vamos assistir um filme de terror — vejo os cartazes exibindo cada sessão.

— Hey! Isso não é um encontro — diz segurando o balde de pipoca. — E foi você quem me arrastou até aqui, não vejo graça nessas coisas — levanta as sobrancelhas convencido.

— Céus! Você deveria ganhar um prêmio de rei da chatice. Cale a boca e vamos logo — o puxo pelo braço. Entramos na cabine ficando  na segunda fileira. Scott se senta ao meu lado com uma expressão de preguiça.

— Não grite e me coloque em uma situação desagradável, apenas me fale se você estiver assustada — Scott sussurrou rouco no meu ouvido.

Sério? Bufo.

— A minha vida já é um filme de terror, acha que eu não consigo lidar com isso? — pergunto baixo, ele apenas revira os olhos. — Vai começar — sorrio animada pegando pipoca.

O filme não era sangrento, era voltado para espíritos diabólicos e pessoas possuídas. Eu assisto casos criminais pela madrugada então não me assusto com essas coisas, sobre espíritos não tenho medo já que não acredito nisso.

Contudo quem está ao meu lado, considerado um sangue-frio temido em Los Angeles está com medo, ele se assustou e fechou os olhos várias vezes.

— Hey, é sério? — olho para ele incrédula. — Se continuar assim vamos ser expulsos — falo, ele grita deixando a pipoca cair. — Aqui está escuro, mas eu queria muito gravar isso — começo a rir, algumas reclamações pedindo silêncio faz com que ficamos quietos.

Só que isso durou somente alguns minutos, coloco a mão na boca do meu vizinho o impedindo de gritar.

— Eu quero sair daqui! Eu quero sair! —  todos nos olhavam pasmos, eu apenas suspiro fundo apertando os olhos retirando-me do local, puxando meu vizinho pelo cabelo.

— Aí, aí, aí. Dói! Isso dói! — choramingou, soltei o cabelo dele ao saímos do cinema.

— Hey, isso foi por me fazer passar a maior vergonha da minha vida — bufo começando a rir. — Devo contar para o Theo e Rhavi? — provoco.

— Que ruivinha perigosa, nem pense nisso — apontou o dedo indicador para mim.

— Você foi o burro que gritou "Me tira daqui, eu quero ir pra África". Céus! Que vergonha! — continuo com as provocações.

— Pare de ficar me provocando, a culpa foi sua macumbeira! — rebateu no mesmo segundo.

— Vai chorar é? — revido.

O Cara Da Casa Ao LadoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora