capítulo 9

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Uma semana depois

Pov Maraisa

Mamãe foi trabalhar e o rabinha tá na faculdade, o que significa que o papai veio cuidar da gente. Como de costume, ele trouxe a cobra junto. Estou no meu quarto, assistindo filmes com a minha metade.

Mai: metade, até quando aquela cobra vai ficar infernizando a nossa vida?

Mara: até ela ter o que merece, irmã - digo pegando mais bebidas no frigobar -

Mai: as vezes ela olha pra gente de um jeito que dá medo, parece até um demônio... - a Mai me olha com medo -

Mara: eu prometo que ela não vai fazer nenhum mal a você, ok? - sorrio abraçando ela -

Lhe dou um selinho carinhoso e entro no banheiro do quarto. Começo a me despir, pensando nas maneiras de manter a Bruna longe da Maiara. Afastando esses pensamentos, entro no chuveiro, sentindo a água quente percorrer todo o meu corpo. Alguns minutos depois, desligo o chuveiro e volto pro quarto. Olho pra cama e vejo que minha irmã não está mais lá, então me troco, preocupada com ela. Minha Balala não pode perambular sozinha pela casa.

Pov Maiara

Com certa dificuldade, chego na cozinha, dando de cara com minha madrasta, que está tomando vinho.

Bru: para de drama, Maiara.

Mai: do que cê tá falando?

Bru: você fica fingindo que tá com dor só pra chamar atenção.

Mai: vai procurar alguma coisa pra fazer e não me enche o saco!

Caminho até a geladeira me apoiando na bancada. Enquanto pego minha  garrafinha de água, a Bruna vira sua taça, derramando o líquido escuro no chão.

Bru: ops! Como sou estabanada! Será que você poderia limpar?

Mai: você sabe que eu não posso fazer esforço, sua sonsa!

Bru: eu não tô pedindo, eu tô mandando! Limpa esse chão agora!

Ela pega um pano de chão e joga em mim. Com muitas dores, me ajoelho e começo a limpar. Quanto mais tempo fico nessa posição, mais minhas costas doem. Parece que mil facas estão perfurando minha coluna ao mesmo tempo. Não suportando mais, sento no chão e deixo as lágrimas rolarem.

Bru: não chora não, vai molhar o chão!

Mara: que que tá acontecendo aqui?!

Olho pra trás e vejo a Maraisa na porta da cozinha, com uma cara de brava. Ela se aproxima de mim, ajoelhando e deitando minha cabeça em seu peito.

Mara: sua idiota! Ninguém mexe com a minha irmã e sai impune! Eu juro que você vai pagar caro por isso!

Bru: vai me bater por acaso?

Mara: não vou me rebaixar ao seu nível. É melhor ir embora antes que eu chame a policia, aproveita que eu tô sendo razoável.

Ela vai embora. Por causa do esforço, minha irmã está com fortes dores, então a levo pro hospital e ligo pra mamãe no caminho. O médico aplicou uma injeção de analgésico e a deixou de repouso na enfermaria.

Mai: metade, obrigada por aparecer na hora certa...

Mara: eu prometi que te protegeria... - sorrio, lhe fazendo cafuné - minha Balala...

Mai: eu te amo, irmã - ela me olha com os olhos brilhando -

Mara: também te amo

tudo por nós • Maiara & MaraisaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora