— Diz uma novidade — fala com desdém.

— Dessa vez é com todas as minhas forças.

Ele dá de ombros me encarando, o sorriso sumindo.

— Eu concerto se você fizer uma coisa.

Olha na direção do homem e ele sai.

Eu quero mandar ele ir se foder, mas engulo isso junto com o choro que quero soltar. Eu falei com minha família e a primeira coisa que meus irmãos perguntaram após se eu estava bem, foi do carro. Ethan falou tanto que dava pra sentir o orgulho dele em ter feito parte daquele presente pra mim. Max não ficou muito atrás.

— O quê?

— Vai continuar no apartamento e vai me deixar eu te fazer revirar os olhos.

Isso era o mesmo que me prostituir não é?

— Não e pode tirar minha bolsa também. Eu vou voltar pra fazendo no fim do mundo e viver com minha família pobretona — digo usando palavra que já usou antes pra se referir ao meu lar e minha família — Falei sério, Miller eu te odeio.

Ele se aproxima bastante e levanto a cabeça pra encarar o rosto dele.

— E você não sabe como isso me anima — sorrir maldoso.

Lhe olho um pouco mais com muito ódio e lhe dou as costas. Depois mando mensagem pro moço e acerto tudo.

(...)

Minhas poucas coisas estão arrumadas, antes que eu possa clicar em enviar a mensagem pro mecânico, recebo uma dele, eu reconheço o número de quando ele me ligou. Falando que posso passar pra pegar meu carro em uma semana e que nem vai parecer que foi danificado em algum momento. Eu leio e leio aquilo várias vezes e chego a conclusão que ele enviou a pessoa errada.

Começo a digitar de volta e o lembro de mim, ele diz que tá falando com a pessoa certa e meu namorado já acertou tudo com ele. Namorado? Esse homem é doido? Aí lembro do imbecil. Vou no meu caderno e pego o número de Miller, dígito em meu celular e ouço um toco do próprio aparelho saindo da sala. Vou até lá. E lá está ele com o aparelho no ouvido.

— O que quer? — pergunta me olhando.

— Quanto custou? — pergunto de volta. Ainda estamos no celular mesmo que estejamos há poucos metros de distância na frente um do outro.

— Não pode me pagar — responde e desliga.

Me aproximo mais e ponho meu celular no balcão. Ele fica me observando. Pego minha garrafa na geladeira e estou voltando pro quarto pra pegar minhas coisas e voltar pra casa quando, o toque também do aparelho do meu celular, começa a tocar.

É ele.

— Atenda — me nego e desligo a chamada — Atenda — diz quando liga de novo. De novo eu desligo. Nunca mais falaria com ele. Apresso meus passos quando sinto ele caminhar até mim — Fale comigo, porra — grita quando fecho a porta em sua cara.

Eu dou dedo e língua a porta.

Sento na cama e espero que ele saia, pra pode ir embora e nunca mais voltar.

Lucas

Ela vai pra voltar pro quarto uma hora depois de sair dele, quando me vê do lado de fora do apartamento. Só agora pouco me toquei que ela sairia se percebesse que eu não estava em casa. Eu estava com muita raiva de Parker pra pensar nisso mais cedo.

— Você vai falar comigo sim, caipira — puxo sua mochila, ela vem com tudo sobre mim já que ainda estava com a mochila nas costas.

— Me solta — grita quando a viro e a mantenho perto segurando em seus braços.

— Cala a boca — grito de volta e ela se encolhe. Ótimo — Você não vai correr de mim agora. Ainda não acabei com você.

Ela me olha com tanta raiva que a empurro pra longe.

Eu não gosto daquilo.

E dessa vez não tem só a ver com ela.

Eu me lembro de algumas coisas.

Que odeio lembrar.

— Quando então? Você destruiu o presente que meus irmãos me deram. Aquilo era especial pra mim — grita na minha cara.

Sorrio forçado.

— Aquela porcaria velha?!

Ela me olha como se eu nunca fosse ter jeito. Como se eu nunca fosse ser remendado.

E tava certa.

— Imbecil.

— Você xinga como uma verdadeira menininha.

— E você machuca como um verdadeiro monstro — diz e nós dois ficamos nos encarando, ela ainda possui aquele olhar.

Eu odeio tanto quanto o ódio que ela carrega naqueles olhos grandes e verdes, e não quero.

Eu a puxo de volta.

— Cala a boca, Emma — digo antes de pela segunda vez na vida estar beijando Emma Parker.

E de novo, sentindo mais prazer do que deveria.

Prazer pela coisa errada. Ao invés de prazer por ela me empurrar e me chamar de imbecil outra vez antes de voltar pro quarto, não. Sinto por ter provado seu gosto, sua maciez, seu calor e seu gemido baixo antes de se mandar.




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Nas Mãos Do Badboy - 1º da série Nas Mãos Do Amor {COMPLETA 🔞 - BULLY ROMANCE}Where stories live. Discover now