— Será que a Tiff está certa e ele tem alguma cicatriz?

Isso é novidade.

Eu só ouvia sobre a maldade de Miller e como ele sempre tinha uma garota em seus braços.

— Quem sabe?! O que sei é que preciso daquele homem de novo! — solta outro suspiro, esse sonhador — Deixei meu número em um papel no bolso da jaqueta dele. Espero que me ligue logo.

Volto a revirar meus olhos.

Até parece que ele faria isso.

— Acho que ele não vai, amiga. Nunca ouvimos dizer que ele vai atrás das garotas. Elas que vão até ele.

Ela dá de ombros.

— Eu fiz tudo direitinho — diz com malícia.

— Você fez de tudo mesmo? — a outra pergunta mais baixinho, mas ainda posso ouvir.

Ela assente com a cabeça e trocam mais risinhos.

— Estou te dizendo que fiquei dolorida. Ele é grande e fode com força — outro suspiro sonhador.

Eca!

— Aquilo sobre ele demorar para gozar é...

— Verdadeiro. Por isso fiquei tão acabada — responde, sem deixar a amiga continuar a pergunta — E em compensação, você tem o melhor orgasmo da sua vida! — rir animada, realmente feliz.

Por força do hábito reviro mais uma vez meus olhos e troco de lugar. Elas não param de falar dele.



Lucas

O que Chris conta, me deixa animado, estava precisando. Deixo ele para trás no refeitório e sigo para minha última aula do dia, odiava aulas a tarde. Preferia acordar cedo, mas estar livre delas após o almoço. Quando entro no laboratório de química a primeira coisa que vejo é a caipira com seu rabo de cavalo de volta. Ela fala com uma menina que é a primeira a me ver e se afasta de Parker como se a insuportável tivesse sarna. Do jeito que é uma cadela não duvidava.

Me sento ao lado dela e quando vai para sair, não deixo. Seguro pelo rabo de cavalo e ela não insisti, libero e a assisto tremer de ódio e medo ao meu lado. É exatamente assim que gosto.

— Já terminou nosso trabalho? — ela morde os lábios, sorrio de lado.

Balança a cabeça que sim.

O professor entra, e ela se concentra na aula, anotando tudo que o homem fala e as próprias anotações. Eu dou um jeito de a atrapalhar durante toda a aula, o rosto até fica todo vermelho de ódio, mas ela também não desisti de continuar a assistir. Eu gosto e odeio ao mesmo tempo. Parker não corre de mim, eu quero que ela corra, que tente ir bem longe. Que chegue ao fundo do poço e quando eu e ela, pararmos para pensar sobre quem fez chegá-la ao fundo, a resposta ser mais do que clara, eu. Que eu não esqueça o que fiz a ela e que ela muito menos seja capaz de me tirar de sua mente como foi com todos os outros que decidi dar atenção.

Só porque me divertia com o desconforto de Parker a aula acaba logo, ela ainda continua anotando algumas coisas já que lhe atrasei quando derrubei alguns materiais em cima dela e precisou ir se limpar e limpar a bancada e o chão.

Meus dedos voltam ao chocolate do seu cabelo quando tenta passar rápido por mim. Do jeito que é não sei como ainda não se livrou daquilo. Tinha passado a usar ele preso, mas não resolveu nada.

— O que foi agora, Lucas? — pergunta sem paciência e ainda medo, mesmo que me falasse algumas coisas às vezes, o medo sempre estava lá, mas ainda não era o suficiente. Emma Parker não tinha medo o suficiente para correr para longe e afundar. E de novo dizendo meu nome, eu de novo não gosto e gosto. O ódio que ela diz ele é diferente e dá uma coisa dentro de mim. A parte de mim que não gosta quer que ela nunca mais faça isso.

— Quero uma empregada —  me olha sem entender porcaria nenhuma — Você vai ser ela, burra.

Os dentes pequenos voltam aos lábios inferior cheio.

— Quando você vai se cansar? — dou de ombros já sorrindo de lado, sei que ela não gosta.

— Quando eu te afundar para caralho — Parker, me olha no fundo dos olhos e quando vê que falo muito sério treme.

— Eu não te fiz...

— Blá, blá, blá — não deixo terminar de falar — Eu não te fiz nada — imito ela — Foda-se!

Ela suspira fundo.

— Já faço seus deveres, aguento suas humilhações, não tenho nem emprego por sua causa e agora quer que eu lave os lençóis que você dorme e leva suas garotas?

— E o banheiro que cago, os pratos que sujo e por aí vai. Já deve está acostumada, aposto que nem tem o que comer direito em casa — sorrio mais quando tenho quase certeza que acertei. De novo eu gosto disso. Gosto quando estou certo e quando tiro ela do pedestal que acha que está. Que mostra que é como o resto de nós. Que pode ser igual a mim!

— Você é um imbecil de marca maior!

— Nós dois sabemos que sou grande. Nenhuma surpresa — debocho.

Ela revira os olhos e empurra minha mão do seu cabelo, soltando um gemido baixo, porque quando faz isso acabo dando uma puxada nos fios. O gemido vai lá para baixo. A solto depressa.

— Não vou nos horários das aulas.

— Por mim você limpa até a noite, antes de dormir.

Eu tenho vontade de gargalhar quando ela percebe alguma coisa. Até que não é realmente tão burra.

— Quê?

— Quero uma empregada que durma no serviço — não posso evitar sorrir de novo e maior dessa vez.

— Sonha.

— Quer perder a bolsa? Se não pode pagar pelo dormitório e tem que viver naquela porcaria, imagina só.

— Nem você desceria tão baixo.

É a minha vez de suspirar.

Me aproximo bem dela. Hoje passou mais perfume que normalmente usa, aposto que não arrumou onde tomar um banho.

— Não percebeu que já estou lá?

Seus olhos grandes e verdes se enchem de lágrimas junto há mais ódio que nutre por mim. Isso mesmo, Emma!

Isso mesmo!





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Nas Mãos Do Badboy - 1º da série Nas Mãos Do Amor {COMPLETA 🔞 - BULLY ROMANCE}Where stories live. Discover now