Meu mundo- cap 83

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tava ansiosa pra soltar esse e o proxm😅

J U L I A

Ret desliga a ligação dando a entender que está vindo pra cá. Não duvido dele, essa homem é maluco! Me sento no sofá relaxada, tranquila sabendo que se alguém quiser subir meu porteiro vai me avisar e se eu quiser liberar a passagem eu libero mas adivinhem? Eu não quero. Não estou afim de brigar hoje, to tão da paz. Pego meu celular começando a mexer quando simplesmente do nada a porta é aberta me dando visão dele. Oi? Cade o porteiro? Porra, A chave do carpete! Preciso muda-la de lugar rápido!

- Que que você ta fazendo aqui?!- me levanto tentando impedi-lo de passar pra dentro do meu apartamento, sei que é meio inútil afinal ele é mais alto e mais forte que eu.

- Quem que ta ai?!- tentou passar impulsionado o corpo sobre mim, porém continuo o travando na porta com meu máximo de força. Não estou devendo nada pra ninguém, só não quero ele aqui. Quero paz e com o Ret no apartamento isso não vai ser possível!

- Não tem ninguém, que que você quer?- seguro ao máximo mas ele entra me empurrando, essa marra dele me irrita!

- Se tiver algum homem nessa porra eu vou matar, to te avisando logo em!- disse alto colocando a mão no coldre, minhas pernas babem seguindo o mesmo.

- Júlia?- William gritou do quarto da Maia, Ret me fuzila com o olhar indo até lá. Ótima hora pra não falar o contrário.

- Quem é tu menó?- permaneceu em alto tom falando com ele com a mão na arma. Ser ex de bandido é foda ainda mais quando o bandido é dono de morro e você tem filhos com ele, ai entra uma pica de três metros dentro do meu...

- Eu sou só o pintor do quarto senhor- fala com a voz trêmula levantando a mão em rendição e que pergunta de idiota. O cara ta todo respingado de tinta rosa. Abaixo a cabeça coçando os olhos de vergonha. Ret recua elevando seu queixo

-William pode arrumar suas coisas, ta bom por hoje nos vemos amanhã de manhã- apertei sua mão sorrindo simpática, viro pro Ret fechando a cara e o empurrando pro meu quarto

- Que cena foi essa Ret?- suspiro escorando na escrivaninha. Eu estou sinceramente envergonhada com essa atitude dele. Que vergonha, que vergonha!

- Eu to sentindo muito sua falta, te imaginar com um homem me levou a loucura para caralho!- William passa se despedindo de mim que repito o ato enquanto meu ex o olha com raiva.

- Que vergonha cara!- digo assim que escuto o William fechar a porta da entrada fechando junto a porta do meu quarto que faz um barulho esquisito. Ignoro-Quase acorda as crianças também. Porra ret, coloca na sua cabeça que a gente é só amigo e que eu sou sua ex, uma hora ou outra vou ter que seguir a minha vida com outra pessoa!

- Para de falar isso.- diz firme de braços cruzados encostado na parede com a cabeça baixa mas não de vergonha, está claro que ele não se arrepende de nada, sem dúvida estava irritado. Ret esfregou seus olhos

- Quer que eu pare de falar a realidade? Eu não consigo!- amarrei meu cabelo em um coque respirando fundo. Eu odeio brigar com o Matheus! Me doi, arde, sobe uma angústia enorme. Mas com o Ret? A eu amo brigar com ele. Ret é marrento o que me deixa enfurecida. E hoje...hoje essa briga está me doendo pois está claro que a pessoa que eu amo permanece ali, me amando. A pessoa pelo qual eu me apaixonei.

- Caralho Julia- suspirou jogando a cabeça pra trás encostando na parede- Você quer que eu fale o que?- ele evitava o contato visual comigo a todo custo, não entendo porquê sempre foi a nossa marca registrada. Mesmo que discutindo é nos olho no olho.

- Por que você não tá me olhando?- digo de forma baixa, calma. Não estava irritada, brava nem nada do tipo. Estava chateada, triste.

- Se eu olhar pra você vou te beijar- abriu os olhos parecendo olhar minha alma. Seu olhos castanhos esverdeados estavam carregados de luxúria, desejo. Matheus mexe comigo, sempre mexeu. Desde o primeiro dia que trocamos olhares eu virei dele e ele a mesma coisa. Meu corpo estremece fazendo minha boca abrir um pouco buscando mais ar, meus olhos se arregalam levemente. Estou surpresa.

- Então acho melhor você ir embora- Tento abrir a porta vendo a mesma emperrada.- Não acredito- murmurei. Puxava a porta pra mim e nada. Não tinha nada pra ligar, meu celular estava do lado de fora do meu quarto.

- Não adianta fazer isso- sua voz rouca apareceu depois de alguns minutos do quarto apenas com o barulho da minha ação de tentar abrir a porta.- A gente pode conversar melhor agora?

- Por favor não Ret, não começa.- falei insegura me virando pra ele que passou uma mecha da minha franja pra trás da minha orelha

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