May Cornelia Thomas

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Após as comemorações matutinas com a família, ao cair da noite Domi revelou ter combinado de continuar a festa com alguns amigos no badalado pub O Caldeirão Dançante

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Após as comemorações matutinas com a família, ao cair da noite Domi revelou ter combinado de continuar a festa com alguns amigos no badalado pub O Caldeirão Dançante. Dos familiares convidados estavam a maioria dos primos e eu. No ápice da minha juventude, após anos morando praticamente sozinho e tomando conta de mim mesmo, tive que implorar para meus pais para poder ir também. E quando eu digo implorar, eu falo sério, nível ajoelhar no chão, palmas juntas enquanto repetia sem parar "por favor, por favor" até vencê-los pelo cansaço. Depois de muito tempo, que eu tenho certeza que eles prolongaram apenas para me ver sofrer, consegui a permissão requerida e, assim, recuperei minha varinha, que meu pai tinha prometido devolver semanas atrás, para finalmente ir para à festa, onde todo mundo já estava pois ninguém lá em casa quis ficar me esperando magicamente virar um adulto.

Quando aparatei no Mercado Carkitt, percebi que as ruas estavam muito movimentadas para aquela hora da noite. Apesar de muitas lojas estarem fechadas, alguns bares e pubs iluminavam os quarteirões e bruxos de variadas idades passeavam por ali com canecas em mãos, cantarolando ou aproveitando os badalos de uma terça à noite de verão. Sem me alongar, segui para o pub indicado por Dominique antes de sair e notei que lá era um dos lugares mais cheios.

Com uma breve fila na entrada, a música lá dentro, apesar de não sair para o lado de fora devido a feitiços, fazia as paredes tremerem e os jogos de luzes vistos brevemente pela abertura da porta prometiam uma boa festa no interior. Fazia um tempo que eu não ia a uma festa. Na realidade, a última vez que eu fui em uma boate de verdade foi quando Saphira ainda estava viva. Me recusei a pensar naquilo. Apesar de eu já ter aprendido a lidar com toda a situação, ainda não era o tipo de pensamento que eu queria ter antes de ir para uma festa ou coisa do tipo. Então guardei as boas lembranças da adolescência no fundo da mente e tomei meu lugar na fila.

Quando chegou a minha vez, dei o meu nome e, graças a Deus, Dominique o tinha colocado na lista. Entrei e imediatamente meus ouvidos foram cobertos com a música de uma banda bruxa que eu desconhecia. O lugar estava cheio, a ponto de ser impossível andar por ali sem esbarrar em alguém ou sentir algumas gotas de bebidas variadas caindo no meu pé, mas após breve esforço consegui finalmente achar o lugar reservado para o aniversário de Dominique Weasley.

Assim que eu pisei ali vi Fred e fiquei aliviado; eu não conhecia muitas pessoas por lá. Vi Albus e Luna dançando mais para um canto — eu ainda não consegui assimilar esses dois namorando — e mais um monte de gente que eu poderia ter visto em Hogwarts, mas que no momento não estava me lembrando. Então eu fui onde era mais confiável: meu primo, que apesar de aparentar estar feliz apenas por estar ali transbordava desconforto, como se ele não soubesse muito bem o que fazer ou como agir.

— Adivinha quem conseguiu permissão para sair de casa? — eu tive que gritar, pois a música estava muito alta. — Isso mesmo: eu!

— Ai, graças a Merlin! Eu tenho certeza que se continuasse sozinho por muito mais tempo as amigas da Dominique iam arrancar minha cabeça, mesmo a gente falando que estamos bem. — O alívio dele ao me ver era evidente, nem parecia que apenas algumas semanas atrás ele estava tentando me matar a base de socos. E obviamente eu ia tirar um mínimo proveito dessa situação.

As Mulheres de James Sirius PotterWhere stories live. Discover now