Ruby Chang Park, O Retorno

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Após o pequeno inconveniente com o não solicitado pedido de casamento no meu grande dia, as coisas não demoraram a voltar aos trilhos

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Após o pequeno inconveniente com o não solicitado pedido de casamento no meu grande dia, as coisas não demoraram a voltar aos trilhos. Apesar de ainda ter alguns burburinhos aqui e acolá sobre o acontecido, a grande maioria das pessoas estava concentrada em se divertir, comer e beber, exatamente do jeito que eu esperava que fosse.
Conforme o ponteiro do relógio se aproximava da meia noite, mais pessoas começavam a se despedir, me desejando felicitações novamente antes de justificarem suas rotinas agitadas para irem pra cama mais cedo, assim, quanto mais o tempo passava, mais íntima aquela grande festa se tornava, e eu tinha que admitir que estava adorando cada detalhe daquele dia.
— Ok, ok! — Victoire começou de uma ponta da tenda em voz alta, atraindo a atenção para si. — James, eu sei que é o seu mesversário e eu amo você, mas agora que o relógio passou da meia-noite noite eu não posso ignorar algo muito importante na minha vida. — Disse, o restante da família e amigos que ainda estavam por ali se aproximaram de Vic para ouvir melhor, ainda que ela estivesse projetando sua voz de forma sublime. — E como eu disse, eu amo você, e eu amo Teddy, mas foi no dia 18 de agosto que a minha verdadeira alma gêmea nasceu. — Um gritinho extremamente empolgado ecoou da plateia e eu identifiquei Jade Chang sendo a iniciadora da salva de palmas que se seguiu. — Feliz Aniversário, Rubs! — Desejou, largando tudo de lado para correr e abraçar a amiga de longa data.
Confesso que eu fiquei surpreso por um momento com aquele anúncio, mas o que me surpreendia era pura e simplesmente o fato de eu ter esquecido daquele pequeno detalhe. Afinal, era óbvio que eu sabia quando era o aniversário de Ruby Chang.
Como eu tenho tanta certeza disso?, vocês devem estar se perguntando. Bom, muito fácil. Eu lembro que quando descobri que Ruby fazia aniversário no dia seguinte ao meu eu tinha ficado em completo êxtase. Isso porque, com 11 anos, eu já tinha planejado um casamento que começaria no dia 16 e duraria por três dias seguidos, somando as celebrações de nossos aniversários de nascença ao do dia em que nosso amor tinha se tornado eterno e oficial.
Normalmente, eu não gostava de dividir muito a atenção e o dia específico do meu aniversário era na verdade, no mínimo, um final de semana completo. Entretanto, o fato de Ruby ter nascido tão próxima a mim nunca me incomodou, na verdade sempre foi usado por mim como uma justificativa de que estávamos destinados um para o outro e, claro, era uma ótima desculpa para negar quando ela destacava nossa diferença de idade de 4 anos, já que na verdade eu era apenas 3 anos e 364 dias mais jovem que ela.
Deixei que as felicitações à Ruby diminuíssem de intensidade antes de aproximar-me da verdadeira aniversariante daquele dia, esperando Dominique se afastar para poder ter a atenção exclusiva para mim. (Afinal, aquele ainda era, parcialmente, o meu aniversário)
— Tsc, um pedido de casamento no meu aniversário eu até consigo aceitar, mas outro aniversário? Simplesmente inaceitável! — Ruby revirou os olhos, mas sorria, ela sabia que eu estava brincando. — Serei obrigado a pedir para você se retirar, senhorita Chang.
— Ah, James, sinto muito, mas o aniversário agora é meu, então na verdade, eu quem estou pedindo para você deixar essa festa. — Ela entrou na brincadeira e então eu quem sorri, me aproximando para abraçá-la.
— Feliz aniversário. — Desejei e, antes de me afastar, alguém decidira por uma música mais lenta, o que me deu uma ideia.
— Pra você també... que isso?
— Uma dança, ué. — Expliquei o óbvio enquanto colocava a mão de Ruby em meu ombro e a pegava pela cintura. — Ou aquele tal de Peter McMillan não sabia nem dançar a ponto de você não conseguir identificar o que é isso? — A memória que eu tentava puxar datava de muitos anos atrás, mas Ruby pareceu saber exatamente do que eu falava.
— Pelo que eu me lembro nós não tivemos a oportunidade de dançar naquela noite, já que Peter passou dias no hospital graças a um certo Potter. — Foi a resposta dela e eu alarguei meu sorriso enquanto a girava antes de puxá-la para perto novamente.
— Esse Albus é terrível. Eu bem tentei avisar, mas todo mundo fica maravilhado com aqueles olhos verdes e sempre cai no papinho dele.
— Albus nem mesmo estudava em Hogwarts naquela época, James. — Apesar da conversa, Ruby mantinha um tom leve, como se não guardasse nenhum ressentimento daquela noite, o que era bom.
— Certo, ok. Eu assumo a culpa. Mas eu era um jovem apaixonado, ok? — Ruby riu, a música aproximava-se de seu ponto mais alto e outra ideia brilhou em minha mente. — Permita-me, porém, desculpar-me apropriadamente por minhas inconsequências.
Ela arqueou uma única sobrancelha como se estivesse muito interessada em como eu faria uma coisa daquelas. E, então, quando a batida se intensificou e o cantor repetia a frase "oh I'm in love", eu a puxei mais para perto e a inclinei para baixo, acompanhando-a antes de juntar meus lábios aos dela.
Eu aguardei cinco segundos contados. Esperando ela me empurrar para longe ou começar a gritar que eu era louco. Ou ambos.
Um.
Dois.
Três.
Quatro.
Cinco.
Ruby subiu a mão que estava em meu ombro para meu pescoço e, interrompendo um sorriso inesperado em meu rosto, segurei-a com mais firmeza aprofundando o beijo, sentindo o gosto de seu batom de cereja invadir a minha boca. Nossas línguas se encontraram ao mesmo tempo e eu pude sentir algo bem abaixo da minha barriga. As minhas mãos ainda seguravam sua cabeça, seus cabelos perfumados espalhados pelo ar. Aquilo poderia ser uma linda cena de cinema. E nem parecia que eu havia enxotado a mulher com quem eu havia tido alguma coisa apenas algumas horas antes.
A música já era aos poucos substituída pela seguinte, uma mais agitada dessa vez, quando ajeitei minha postura, puxando Ruby para cima comigo.
— Feliz aniversário. — Concluí e um sorriso presunçoso já tinha tomado conta de mim e nada no universo o tiraria dali.
— Achei que esse fosse um pedido de desculpas.
— Foi bom o bastante para os dois, não? — Desafiei.
— Bom... eu acho que apenas um beijo para duas situações extremamente importantes uma injustiça. Eu te dei um relógio muito legal, ok?
— Não que isso seja um problema. — Concluí, me aproximando para um segundo beijo, mas então percebi a chegada e presença de uma pessoa muito alta parada bem ao nosso lado.
Afastei-me de Ruby alguns centímetros e então virei o olhar para Victoire, que nos observava com muita atenção, sugando as bochechas para dentro.
— Okay. — Ela comentou antes de alternar o olhar entre Ruby e eu. Eu não tinha ideia do que estava passando na cabeça de minha prima, mas eu imaginava que se continuasse assim por muito mais tempo em breve sairia fumaça dos cabelos dourados.  — Ok. — Ela repetiu, começando a balançar a cabeça para cima e para baixo e então libertando as próprias bochechas. — É, ok. Feliz aniversário. Amo vocês. — Concluiu e então apenas saiu andando para longe.
— O que... — Comecei, voltando para Ruby. Ela riu e deu um passo para trás.
— Acho que eu deveria falar com ela. Você fica me devendo um presente decente, mas está perdoado, senhor Potter. — E, piscando na minha direção, Ruby Chang seguiu por onde minha prima tinha ido.
Eu vou refazer a frase caso vocês não tenham entendido. Depois de me beijar intensamente, Ruby Chang Park piscou em minha direção antes de sair rebolando para longe.
Melhor.
Aniversário.
De.
Todos.
Os.
Tempos.

As Mulheres de James Sirius PotterWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu