– Sim, ele marcou uma reunião para mim,
Federal - Yibo afirmou, olhando fundo nos olhos do Xiao - Mas não era com ele. Era com a Vanda. 

Xiao ouviu o nome espantado. Quando voltou a falar seu tom era raivoso.

– O que você fez?

Yibo revirou os olhos.

– Não é dá sua conta o que eu faço, ou deixo
de fazer…

Xiao praticamente rugiu pegando o braço dele em um aperto firme.

– O que essa mulher queria com você?

– Me solta. - Yibo sibilou, seu tom de aviso.

– Eu não vou te soltar enquanto não me contar o que houve!

Vários e vários minutos se passaram, e
nenhum dos dois desviou o olhar. A indecisão crescia em Yibo contrastando coma preocupação latente de Xiao. Estava o consumindo vê-lo daquele estado e não saber o que tinha acontecido.

– Quando o galpão foi invadido pela polícia - Yibo começou a conta contra gosto, mas sabia que Xiao era insistente, e aquela uma guerra perdida. Contaria a verdade, mas apenas uma parte dela. - Paul ameaçou entregar a minha cabeça, mas Vanda interveio ao meu favor. Eu fiquei devendo uma, e a reunião era para que eu o pagasse.

Xiao largou seu braço instantaneamente, com cara de nojo.

– Que tipo de pagamento?

Yibo suspirou.

– Uma segunda rodada. - Yibo disse, e pela primeira vez teve a real noção de como aquilo soava. Lembrou-se que Xiao uma vez sugeriu que ele fosse uma putinha da máfia. A declaração fora absurda aos seus ouvidos na época, mas como o que fazia poderia ser classificado de outra forma senão aquela? Quando voltou a falar sua voz era quase triste. - Uma segunda noite comigo.

-Como ? - Xiao Zhan praticamente berrou, e Yibo ligeiramente se encolheu. Odiou-se por se sentir intimidado pela fúria que o corpo de agente emanava e logo se ajeitou no sofá. Sentiu a mão de Xiao contornando seu queixo, a respiração dele batendo em sua bochecha, os olhos furiosos completamente concentrados nos dele, prontos para captar qualquer deslize ou mentiras –Vocês... – Xiao fechou os olhos brevemente, abrindo-os segundo depois com determinação – Vocês transaram, Yibo?

Yibo ficou um tempo parado, simplesmente o encarando de volta.

– ME RESPONDA!- ele gritou, e Yibo sentiu o
hálito de hortelã proveniente da pasta adentrar ainda mais em seu sistema.

– Não. – sussurrou. Xiao permaneceu alguns segundos investigando seu rosto, seus olhos, qualquer indício de expressão que relatasse que aquilo era uma mentira. Afastou-se por fim, Yibo percebeu que ele estava levemente surpreso.

– Mas ela tentou te levar para cama, não tentou?

Yibo franziu as sobrancelhas.

- Sim... - respondeu com cautela.

– Ela te beijou? 

– Depende o que você chama de beijar - Yibo soltou um riso sem humor e Xiao aproximou-se um pouco dele.

-Você sabe o que é beijar, Yibo. Então pare de tentar me provocar e responda a merda da pergunta!

Yibo soltou um guinchado irritado.

– Sim! Ela tentou, várias vezes.- Respondeu por fim – Era isso que você precisava desesperadamente saber? Porque eu pretendo ir para o meu quarto agora.

– Não – Xiao pegou sua mão novamente – Você não vai.

– O que deu em você, Agente? O que deu em todos nessa porcaria de noite para achar que podem mandar no que eu quero ou não fazer?

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