Minha Empregada Inocente

Capítulo 2

Após um tempo, não consigo dormir e pousamos depois de algum tempo. Não reparei exatamente nas horas. Durante o pouso, me sinto enjoada, mas fico calada.

Seguimos para um carro preto e paramos em um condomínio de mansões e paramos em uma linda, porém, quando saio percebo que estava frio demais.

-Seja bem vinda a Nova York. Venha, vou lhe apresentar seu quarto. _O segurança fala me levando para dentro, após o homem de terno entrar.

Após fazer um tour pela casa, me olho no espelho pela primeira vez no dia, sentindo certeza que estou horrível e meu cabelo pior ainda.

Vejo que meus cachos ainda estão intactos e meus olhos azuis estão pouquíssimos brilhantes, mas ainda realçam minha pele morena

-Eu estou bem. _Digo prendendo o cabelo em um coque.

Alguém bate na porta e eu saio, esbarrando no tal homem de terno. A pele clara e os cabelos castanhos realçam os olhos escuros.

-Eu sinto muito... _Me afasto e me curvo, fazendo uma reverência.

-Presta atenção, eu odeio incompetência, desrespeito refentes a minha pessoa, sair do seu horário, qualquer comida muito gordurosa, perder algo meu e fazer uma coisa sem minha permissão. Eu não vou repetir de novo, entendeu? _Fala finalmente olhando em meu rosto.

-Sim senhor...

-Willian. Vá fazer meu almoço. Nada fora do comum ou que tenha um gosto "exótico". _Diz subindo as escadas.

O que seria exótico? Enfim, acho que arroz, carne e purê de batata não faz mal. Acho que um feijão seria bom, mas enfim.

Vou para a cozinha, meio perdida, mas logo me recomponho e foco na comida. Abro a geladeira, me deslumbrando com tamanha quantidade de coisas nela.

Creme de ricota, caviar, salmão, sorvet- Ah não. Sorvete? Ainda bem que não sou eu que vou comer.

Deixe-me ver. Minha tia mora em São Paulo e me ensinou tudo que sabe sobre gastronomia... Ótimo, vou conseguir fazer alguma coisa que combine.

Prendo o cabelo, lavo as mãos e começo a pegar os ingredientes. Pego uma xícara de arroz carnaroli, uma cebola pequena, vinho branco, três cubos de caldo de legumes, azeite de oliva, manteiga, queijo gorgonzola, queijo parmesão ralado e uma embalagem de cogumelos shitake. Vou fazer Risoto de Shitake. A minha tia demorou um tempo em três mercados para comprar os ingredientes.

Limpo os cogumelos e corto-os em fatias laminadas. Ligo o fogo e coloco em uma panela, um litro e meio de água, adicionando em seguida os três cubos de caldo.

Em outra panela, frito uma cebola em uma colher de manteiga e outra de azeite. Quando começou a dourar, adiciono o cogumelo e refogo.

Sem lavar, jogo uma xícara de arroz carnaroli, refogo um pouco novamente e adiciono meia taça de vinho branco.

Mexo bem com uma colher de pau e quando o vinho começa a evaporar, coloco o caldo de vegetais com uma concha aos poucos, nunca deixando o arroz secar, e voltando a mexer com uma colher de pau.

Experimento um pouco do arroz e percebo que ele passou do ponto "al dente", em seguida, desligo o fogo e jogo uma colher de manteiga, meia xícara de queijo gorgonzola e duas colheres do queijo ralado, mexendo bem até a manteiga e os queijos derreterem.

Para dar um toque de gastronomia brasileira, demoro uns 30 minutos para fazer a sobremesa, Romeu e Julieta.

Sirvo em dois pratos e levo para a sala de jantar. Pego um suco de laranja e coloco em um copo alto, o deixando na mesa, junto aos talheres.

O homem desce as escadas, se sentando e começando a comer o Risoto. Mas o mesmo para, me olhando, como se esperasse algo, porém permaneço em silêncio.

-Vamos, diga o que eu estou comendo. Ou só jogou tudo em uma panela e está tentando me envenenar?

-Ah, claro. Fiz um risoto de shitake e de sobremesa fiz a Romeu e Julieta. _Falo incomodada ao falar sobremesa.

Após ele terminar de comer, recebe uma ligação e eu aproveito para pegar os pratos e o copo.

Levo tudo para a cozinha e sem perceber, coloco uma perna apoiada na outra, formando um 4 com as duas.

Começo a cantarolar e pego uma vassoura, seguindo para a sala em seguida.

-🇧🇷Disse que o coração é gelado e que nunca emocionou. Mas todos que ela senta essa mina apaixonou. Quer da golpe em bandido, logo eu experiente. Em menos de duas semanas ela se iludiu com a gente. (Música da mídia lá em cima) _Canto baixo.

-Que música é essa? _O senhor Willian aparece do nada.

-Sentadona. É uma música brasileira. Sinto muito.

-Hm. Eu estou em ligação. Quero silêncio.

-Sim senhor. _Digo voltando a varrer.

-Sim, quero exatamente isso. Me mande a papelada amanhã. _Diz falando no celular._ Como é que é?! Imprestável. _Desliga a ligação em seguida, com a testa franzida.

-Algum problema, senhor? _Falo um pouco preocupada.

-Óbvio! Eu estou cercado de imprestáveis! _Diz se sentando no sofá._ Um funcionário meu traiu a esposa e ele vai resolver isso hoje, mas preciso da papelada amanhã de manhã!

-Sinto muito... Tem algo que eu possa fazer para ajudar?

-...Na verdade, tem. Vá no meu escritório e pegue uma pasta que está em cima da mesa.

-Onde é o-

-A primeira porta branca, ao lado esquerdo da porta preta.

Sigo a instrução, pego a pasta e saio, entregando a ele. O mesmo tira 7 papeis e me entrega.

-Copie à mão isso 10 vezes. Quero na minha mesa amanhã de manhã às sete e meia em ponto. _Saí, me deixando sem entender nada.

Bom, não é muita coisa. Pego algumas folhas de papel em branco e uma caneta e começo a transcrever.

Percebo que já se passaram oito horas e já terminei pela nona vez, faltando apenas a décima.

Faço o jantar e sirvo às oito horas. Faço o mesmo procedimento do almoço e depois volto a transcrever. Termino às nove horas e coloco no escritório.

Arrumo a casa e em seguida tomo um banho, visto um pijama e me deito, porém, não consigo dormir, pois minha cabeça está a mil.

Sem perceber, lágrimas transbordam de meus olhos. Ficar longe de meus pais, irmão, amigos e de casa pela primeira vez... Não é fácil. E ainda mais trabalhar para a pessoa que me trouxe aqui. E ainda saber que a culpa é de meu próprio pai.

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Gente, caso tenha algum problema ortográfico, eu sinto muito, pois após 5 capítulos, será feita a revisão.