NONA ARTE - HISTÓRIA DOS QUADRINHOS

Era de Ouro - Humor e Disney

01. Personagens humorísticos e animações

Em 1929 o mundo entra em crise, a queda da bolsa de Nova York jogou a todos na maior depressão moderna, nos Estados Unidos milhões estão desempregados, neste cenário caótico surgem, nos quadrinhos, os heróis para salvar as pessoas de suas dificuldades.

Neste mesmo ano surge Popeye, criado por Elzie Crisler Segar, numa tira do jornal Thimble Theatre (em 17 de janeiro), um marinho vulgar que adquiri um incrível poder quando come espinafre, ele foi adaptado para uma série de curtas de animação do Fleischer Studios, o mesmo responsável pelas animações de Betty Boop, criada por Max Fleischer e desenhada por Grim Natwick . Betty é uma garota provocadora, inspirada nas dançarinas da época, com um vestido curto e pernas a mostra, que ficou famosa por interpretar músicas famosas, porém o código de censura dos quadrinhos acabou por obrigar uma mudança no seu visual ousado, e a personagem desapareceu por muito tempo até que nos anos de 1980 foi redescoberta como ícone pop.

Outro personagem em estilo humorístico que surgiu nesta época foi Henry (conhecido no Brasil como Pinduca), de Carl Anderson, em 1932, A tira é sobre um menino de calças curtas, que, além de não ter cabelos, possui pernas tortas e quase nunca fala. Na maioria das vezes ele se comunica por mímica. Em 1928 Walt Disney lança sua primeira animação, com seu rato Mickey, iniciando uma nova era para a animação.

Em 1934 surgiu a Família Buscapé (Ferdinando) de All Cap, que satiriza o sistema social em suas histórias, e Brucutu, de Alley Oop, um herói ridículo seguindo o estilo de Popeye.

Ferdinando, ou a família Buscapé

No Brasil o ilustrador Luiz Sá publicou nas páginas da revista O Tico Tico, nos anos de 1930 as histórias de seus personagens Reco-Reco, Bolão e Azeitona, foi também responsável pelas duas primeiras tentativas de criação de um desenho animado brasileiro.