A História de Malia Mason - 10a Temporada

Capítulo Onze

Corro na direção dos tiros, que nem louca, e paro quando vejo um cara atirando em Abraham. Ele está escondido atrás de um carro, mas o cara não para de atirar.
Coloco uma flecha na linha, miro a cabeça dele e atiro, vendo ele cair no chão.
Corro para Abraham, que me olha.
- Não consegui....
- Tudo bem. - Respondo, sem, deixar ele acabar a frase. - Temos de pegar o Callen e sair daqui!
Abraham segura meu rosto.
- Sua cabeça.
- Estou bem! Me ajuda a achar o Callen. Os errantes estão vindo!
Corremos na direção que Abraham disse que Callen seguiu. Vejo ele no chão, mexendo no corpo de um cara morto.
- Callen! - Gritei. - Vamos! Tem errantes....
E nesse momento, escuto aquele som terrivel e olho para trás, vendo que a horda chegou. Corro, agarro Callen pelo braço e puxo ele. Abraham corre na minha frente e conseguimos uma pequena distância da horda, mas que dá para a gente entrar em um prédio sem ser visto por eles.
Entramos, trancamos a porta e eu começo a explorar, procurando algo que possa ser útil e também procurando errantes. Levo um susto quando vejo um errante preso em uma porta, com algo espetado na sua barriga. Ele estica os braços tentando me pegar. Seguro uma flecha com força e espeto a cabeça dele.
- Malia.
Olho para o lado e vejo Abraham.
- Fala.
- Você está machucada. Precisamos sair o mais rápido possivel. Você precisa chegar em Alexandria. - Diz ele.
Suspirei e balancei minha cabeça.
- Não sem o Daryl.
- Como ele vai nos achar aqui? - Pergunta Abraham se aproximando.
- Ele é um rastreador, um caçador. Confia em mim, o Daryl vai achar a gente. Eu só saio daqui depois de saber que ele está bem. Além disso, a gente saiu junto de Alexandria, nós quatro. Vamos regressar juntos!
Abraham sorriu.
- Você é teimosa, hem boncea?

Daryl:

Daryl parou no meio do caminho. Não conseguiu chegar em Alexandria porque escutou o som de tiros. E vinham da direção contrária.
- Malia. - Disse ele.
O arqueiro voltou a seguir na direção em que deixara seus amigos, e Malia, a toda a velocidade. Se os errantes escutassem os tiros...
Daryl parou um pouco mais na frente, vendo o carro abandonado. Nem sinal de Malia ou Abraham. Ele foi na frente, olhando, atento, para todos os lados, até que parou.
Tinha uma horda enorme na sua frente.

Malia:

- Perdi o Liam no inicio. A gente teve de fugir por causa de um grande grupo de errantes... Nunca mais achei meu filho.
Eu escutava Callen falando, enquanto a gente caminhava pela casa. Achei armas e munição, o que fez Abraham sorrir. Decidimos levar a munição e apenas algumas armas.
- Mas como você sabia que ele estava vivo? - Perguntei, mexendo em um caderno.
- Achei uma garota, Lauren, ela me falou do Liam.
Senti um peso no estômago. Lauren, minha amiga, estava morta.
- É... - Respondi.
- Ela me falou que ele pertencia a um grupo, mas que sumiu com outra garota. - Callen respirou fundo. - Um grupo liderado por um louco assassino.
- Jim. - Disse eu e olhei Callen. - Meu pai.
Callen ficou me olhando, sem saber o que dizer. Nem eu sabia, na realidade. Era terrivel pensar que meu pai foi alguém tão destestável.
- Mas você é diferente. - Disse ele.
- Nem sempre. - Respondi. - Eu torturei meu pai... Matei, e continuo matando, pessoas. No que isso me torna diferente?
Callen se aproximou e tocou no meu peito. Resisti ao impulso de sacudir a mão dele e imaginei a cara de Daryl se ele visse isso.
- Aqui. - Disse ele. - Seu coração. Você é uma boa pessoa, Malia. E eu sei que não sou o único a pensar assim. Abraham te adora, dá para ver isso, e Daryl... O arqueiro te ama. Duvido que ele amasse alguém que fosse diabólico.
Eu ri.
- No inicio, quando achei ele, ele me trancou na mala do carro.
Callen riu comigo, enquanto eu lembrava de como tinha sido meu primeiro encontro com Daryl e de como ele me levara na prisão.
De repente, Abraham apareceu, correndo, e parou junto de nós.
- A horda. Eles sabem que estamos aqui. Eles estão tentando nos pegar.
Segurei meu arco, pronta a lutar. Mas de repente, um som veio da rua. Era um carro, buzinando feito doido. Corri em uma janela e olhei. Vi Daryl saindo de dentro do carro, deixando ele buzinando.
Sorri.
- Daryl. - Disse eu. - É o Daryl.