Cap XIV - O Grande Baile parte I

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P.O.V Véio da Havan

Consegui tirar o novinho da prisão. Essa foi ripa na chulipa. Vejo que o Orochi está com um papel grudado no pé. Eu o pego e diz o seguinte:

"FEZTA A FANTAZIA NA BOATE DO RENAN, NA RUA VIVARA GRANDE NUMERO 69°. SÓ VAI TERR GOZTOZO NAQUELA FEZTA"

Eu ia jogar aquela merda no lixo. Só que eu vejo os garranchos e noto que foi um analfabeto que escreveu. Falo para o Orochi:

- Deve ter sido um petista quem escreveu. Analfabeto do caralho.

Orochi concorda.

Como eu adoro humilhar petista, acho que vou naquela festa. Vou com minha fantasia de velho da Havan reverso (petista) para ninguém me reconhecer.

Vou catar uma fantasia no lixão para o Orochi. Tenho uma ideia do que ele pode usar, mas eu teria que contratar sete anões. Só tenho medo dos anões quererem fazer uma orgia com o Orochi.

Chegamos na festa de arromba que parece uma boca de fumo. Talvez até seja. O Orochi se sente confortável, e se ele está bem, eu também estou.

Olho para os convidados: Didi, Faustão, Lula (bleh), Careca TV, Cuca do sítio do pica pau amarelo, Aécio Neves, Marina Silva, O Canarinho Pistola, Jeca Tatu, o grande Piuzinho, e lá no fundo bebendo uma breja gelada, o Bolsonaro.

Quando entramos, todos prestaram atenção em nós. Acho que os anões valeram a pena.

Escolhemos uma mesa e sentamos. A barriga do Orochi não parava de roncar. A quanto tempo será que esse estrupicio não come?

Chamei um garçom magrelo com ranho escorrendo do nariz. O Orochi adora peixe, então pedi que peixes tinha ali. O garçom disse:

- Temos duas opções de peixes: Jundiá ou Pirarucu no espeto.

- Nossa, eu adoro pirarucu no espeto - disse Orochi.

Eu falo:

- Não sei se vou gostar, mas dessa vez vou pirarucu no espeto.

O garçom volta suando com o Pirarucu no espeto. Ele deixa na nossa mesa e comemos. Para variar, o Orochi come com "muita" educação. Usa nem garfo e faca. Ele come gemendo:

- Eu adoro pirarucu no espeto.

Ao ver os olhares estranhos dos anões para o Orochi, eu o puxo para dançar.

Orochi dançava com movimentos ágeis, coisa de novinho, completamente desincronizado com a música, parecia que estava tendo um piripaque do Chaves.

Eu o peguei pela gola da camisa, e o puxei para um canto. Ninguém poderia ver a brotheragem, né.

Seu sorriso era tão reluzente. Seus olhos tão brilhantes, como um açude. Meu coração pulsava, e não só meu coração. Eu o beijei, passando a mão por suas curvas. Ele passava a mão na minha careca e fungava. Na pausa para o beijo, ele gemeu em meu ouvido, dizendo:
- Eu adoro sua carequinha.

Quando eu tomo a iniciativa, ou seja, pegar no pau do Orochi. Ele se separa de mim rapidamente, coradinho como um morango maduro, e fala:

- E-e-ei, nada de peripécias comigo antes do casamento.

Eu penso, bem, até porque durante o casamento os convidados podem ficar incomodados, mas tudo bem.

Orochi sai graciosamente (ele quase tropeçou) de perto de mim, deixando um climão entre nós.

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