Cap XIII - Gaiola do Tico Tico

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P.O.V Orochi

Acordei em um colchão mais duro que o pau do Velho da Havan. Até acho que estou em casa, mas percebo que é um lugar diferente, não tá com cheiro de bosta, o aroma da minha casa.

Percebo que tem um monte de gente encarando minha bunda. Olho para os lados e vejo q estou numa gaiola de passarinho que parece uma que comprei para meu tico tico em 1999. Estou na prisão.

Comigo estão os maiores criminosos: desde quem xinga o bunda de vadia até os que tiram print de NFT. E todos encaram minha bunda.

Chegou um cara com uma camisa de loli me perguntando:
- O que porra tu fez pra parar aqui bundudo? E mais importante: você é petista?

Gelei meu cu. Passava nem sinal de wi-fi. O que falar? Se ele for petista e eu falar q for, ele vai querer comer meu cu. Se ele não for petista e eu falar q sou, ele ainda vai querer comer meu cu.

Me vendo nessa situação, usei meu mecanismo de defesa natural: soltei a porra de uma bufa na escala 9 de Richter. Do nada um PM brotou pra ver o que tinha acontecido. Ele falou:
- Nossa, que cheiro de morte.
Aproveitei a deixa para ir no banheiro. Viver na cadeia não deve ser tão ruim: tenho papel higiênico de graça e comida, por mais nojentos que forem. Só não posso derrubar o sabão, pois minha bunda gorda já é um grande alvo aqui.

Fui no banheiro e caguei horrores. Fui limpar meu fiofó e me machuquei, pois era um papel higiênico vagabundo. Enquanto estava cagando, tive uma ereção e na hora me lembrei do Lulu.

Como poderia sobreviver sem ele? E sem meus remédios para hemorróida? Tenho que sair desse lugar maldito.

Passei o dia todo no troninho. Afinal, sou o rei da ironia. Estava pensando em algum jeito de sair daqui, quando um guarda bate na porte e fala:
- Sai daqui filho duma égua. Catinga do caralho.
Limpei minha bunda e saí. Me levaram até o chefe do presídio e ele me falou:
- Senhor Pedro Orochi, sua pessoa está expulsa desse complexo presidiário. Por obséquio, cague em outro lugar.

Ao sair da cadeia, vejo meu macho alfa indo pagar minha fiança, mas corro em direção a seus braços e o abraço. Com a voz sedosa, Lulu perguntou:
- Eles acham que você é petista?

Falo com lágrimas nos olhos:
- N-não Lulu, eu jamais te trairia.

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