Imagine - Noah Jupe

💕 i'm really sorry.. 💕

Senti uma gota. Ótimo. Vai começar a chover e eu não consigo sair daqui. Realmente começou a chover. E forte.

As lágrimas agora estavam mais controladas, mas caiam por outro motivo.

Ouvi uma brusca parada de carro, e depois de alguns segundos vi uma mulher se abaixar ao meu lado.

— O que aconteceu com você? — Ela segurou minha mão e eu tentei falar, mas não consegui. — Noah, liga para ambulância! — Ao ouvir esse nome, meu corpo ficou em choque, eu quis me virar, imaginando que seria ele mas na verdade era só um Noah qualquer.

Eu não me virei para ver isso, até por que não conseguia, eu descobri quando ele disse:

— Pode deixar amor, estou ligando. — Eta uma voz masculina, grave e um pouco rouca. Claramente não era o Noah que é, quero dizer, era meu amigo.

— Estamos aqui, querida. Você vai ficar bem. — Ela olhou para o que eu acredito ter sido a direção em que o namorado/marido/esposo/ficante dela tinha ido.

Não tive nenhuma noção do tempo, mas acho que não demorou para uma ambulância chegar e me levar para o hospital.

Quando eu cheguei lá já conseguia me mexer um pouco mais, pelo menos.

Demorou para eu conseguir falar, e todas aquelas pessoas em cima de mim só me deixavam mais nervosa.

Quando finalmente consegui falar, foi para dizer o número do telefone da minha mãe.

Eles ligaram para ela e ela veio correndo.

Pude ouvir os gritos dela de longe.

— ONDE ESTÁ MINHA FILHA? — Ela gritou, então teve uma pausa e: — EU SEI QUE NÃO É CULPA DE VOCÊS, MAS EU PRECISO VER MINHA GAROTA!

Ela só chegou a me ver dez minutos depois.

— S/n, pelo amor! — Ela sorriu abraçou desajeitada. — Eu te liguei tantas vezes minha filha. Graças a Deus o Noah me ligou— Interrompi ela.

— O Noah te ligou?

— Ele perguntou se você tinha chego em casa, por que não respondia as mensagens dele e já tinha saído a muito tempo. Eu nem sabia que você ia lá. E por que não me respondeu? E não respondeu ele? — Suspirei e fechei os olhos, cansada demais para uma lição de moral.

— Meu celular fica no silencioso, e eu não consegui nem tocar no meu celular depois que fui atropelada. — Minha mãe segurou minha mão e apertou.

— Tudo bem, eu te perdoo. Você foi atropelada... — Lágrimas caíram pelo rosto dela.

— Mãe, não foi culpa sua. — Respondi, reconhecendo aquele olhar de culpa. —  Eu estava nervosa e... — Ela negou com a cabeça.

— Não fica pensando nisso, ok? Você tem que se recuperar, não ficar relembrando.

— Tudo bem. — Disse em um sussuro.

Eu dormi por bastante tempo.

— Você está bem. — Foram as primeiras palavras que ouvi quando eu acordei. Vinham de um médico, que já era bem velho. — A cirurgia foi um sucesso.

— Cirurgia? Eu fiz uma cirurgia?

— Fez e deu tudo certo, isso é tudo que você tem que saber por enquanto... Vou chamar sua mãe. — Concordei e ele saiu da sala.

Quando olhei para o lado, vi uma janela que deixava a vista de um céu ensolarado a mostra, e vi cartões de melhora na mesinha do meu lado.

— Oi filha. Como está se sentindo?