Prólogo

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•Nave Berserker

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A criatura tremia conforme os guardas a escoltavam pelos longos e aparentemente infinitos corredores da enorme nave dos Berserker.
A nave era de fato imensa, como a criatura imaginava, e o fato de estar ocupada por seres imensamente mais fortes e poderosos que ela fez a criatura estremecer de medo.
A nave era escura e o ar era carregado, um poder imenso e antigo pairava no ar, quase podendo ser sentido na pele de qualquer um, era o poder da filha do rei dos Berserkers.
A criatura não sabia do que de fato a nave era feita, apenas sabia que funcionava por meio de uma magia não feérica, o que pra ela era totalmente novo.
Os Berserkers não tinham um mundo, não tinham um lugar fixo, viviam se movimentando de um mundo para outro, matando e destruindo.
Os Berserkers apesar da aparência humana, eram mais fortes que os feéricos.
A filha do rei era a única que tinha aparência feérica, o que leva a acreditar que sua mãe poderia ter sido uma, mas não eram apenas as orelhas pontudas que faziam a fêmea se destacar e sim sua beleza fora do normal, além é claro de seu poder antigo, imenso e destrutível.

Quando enfim chegaram a um salão a criatura prende o ar, as portas são abertas e os guardas se afastaram exibindo sorrisos maliciosos.
Engolindo em seco ela caminha em direção ao trono ocupado pelo rei dos Berserkers, Darkside.
A sala, ou melhor, salão, estava ocupado por algumas dezenas de Berserkers, todos vestidos com couros que variavam da cor prata até a cor dourada, a filha do rei era a única em todo o salão que vestia preto, o próprio rei usava uma armadura na cor roxa.
Conforme andava em direção ao rei todos abriam espaço e sorriam maliciosos.
Quando enfim chegou ao pé do trono a criatura voltou a prender o ar com a visão a sua frente.
Sentado em um trono que parecia ser esculpido por ossos, em um altar, imponente, frio e com um olhar mortal o rei não era nada menos que assustador.
Ao seu lado esquerdo, cuidando de sua segurança apesar dele não precisar estava Yelena, amiga mais próxima da filha do rei, ela usava um couro dourado que parecia ter sido feito sob medida para seu corpo.
Mas foi quando a criatura olhou para a direita que ela prendeu o ar e sentiu seu sangue gelar em suas veias.
A filha do rei, com seu olhar e um sorrisinho calculista no rosto, vestida em seu couro negro celestial, uma espada na cintura, a tão temida espada, a parecia no mínimo inteligente.
Se ajoelhando até encostar a testa no chão a criatura faz uma reverência pronfunda - meu rei.
- Attor - a voz grave e profunda do rei faz seu sangue esfriar e um medo enorme se espalhar por seus ossos.
- Uma honra estar em sua presença, grande Darkside - fala o Attor se pondo de pé.

Quando o rei foi a terra, há alguns meses, ele encontrou a criatura, ao qual fez um acordo.
Destruiria seu mundo e trazer sua filha, Amren, de volta para seu lugar.
Ele aceitou poupar a criatura em troca de sua servidão e de seus serviços.
E assim o fez, a criatura o trouxe informações do que acontecia entre as cortes de Prynthian e dos grão-senhores.
- Espero que tenha trazido notícias - a filha do rei diz com seu tom dura capaz de fazer qualquer um se arrepiar.
- Sim, minha senhora - o sorriso no rosto da fêmea se alargou, crueldade estampada em sua face - sua irmã está na corte noturna, a serve a um grão-senhor.

A filha do rei torce os lábios em desgosto e seu olhar escurece quando a criatura começa a contar tudo o que possa interessar, qualquer coisa para ser poupado.
Quando termina ele fica em silêncio, assim como todos do salão, aguardando o veredito.
O rei está sério e lança um olhar para sua filha.
- Obrigad pelos seus serviços, Attor - diz descendo os degraus do altar e caminhando em sua direção, a criatura sorri ardilosa, um sorriso que some ao notar a crueldade no olhar da fêmea.
- Mas não precisamos mais de você - o som de osso estalando foi a única coisa ouvida no salão por alguns segundos, foi mais rápido do que qualquer um poderia acompanhar, o corpo sem vida do Attor cai no chão com um baque surdo, seu pescoço virado em uma direção completamente errada e seus olhos sem vida estão arregalados de pavor.
A filha do rei volta a sua postura e o olha.
- Eu a ensinei bem - ele diz com um sorriso orgulhoso - Vá para esse mundo, aprenda, observe e faça sua irmã não ter escolha a não ser voltar - diz.
- Pode ser difícil - diz arqueando uma sobrancelha.
- Então faça-a sofrer e ver que não há escolha - diz com um tom frio - não importa quanto tempo leve, contanto que ela aprende a lição.
Ela assente, ele move as mãos e um portal se abre atrás dela.
Lançando um olhar de despedida para Yelena ela entra no portal, tendo como última lembrança o meio sorriso de sua amiga.

Ela não sabe onde está, o barulho de metal se chocando atrai seu olhar para baixo da montanha onde é possível ver toda a extensão de um campo de batalha.
A fêmea sorri felina ao observar a carnificina.
- Que visão esplêndida, e lá vamos nós.






































* Perdoem caso notem erros na gramática.
Tô muito ansiosa pra postar mais, pena que só tenho 2 capítulos prontos.
Enfim, boa leitura, bjs.



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