Estranhas

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Um mês havia se passado, Lauren já estava recuperada da cirurgia, seus pais desde então, estavam mais presentes, viajavam menos e ficavam mais tempo em casa com a filha, já que Taylor não morava mais lá, estava casada com Sofia.

- Bom dia filha, como está ? - Clara perguntou a Lauren enquanto tomavam café da manhã juntas.

- Estou bem mama.

- Então filha, será que você poderia ir até a casa da sua irmã hoje ficar com a  sua sobrinha? É que eu já tinha marcado com umas amigas minhas de ir ao salão e a Taylor me avisou em cima da hora e.....

- Sem problemas mãe, eu vou sim, já estou morrendo de saudades da minha pequena.

[...]

Assim que cheguei no apartamento da minha irmã, fui logo entrando, já que eu tinha uma cópia da chave. Sofia estava na sala com a pequena Lauren no colo tentando acalma-la, pois ela chorava bastante. Me aproximei delas, pegando a pequena no colo cuidadosamente, no mesmo instante senti ela segurando a minha mão levemente e ir se acalmando aos poucos.

- Como você consegue? Tipo ela já estava chorando a um tempo. - Perguntou Sofia indignada.

- Não sei, eu simplesmente consigo! - Disse divertida.

- Vamos baby, já estou pronta. - Taylor chegou a sala toda arrumada, usando um vestido vermelho colado ao corpo e salto alto.

- Vamos meu amor, aliás você está linda! - Sofia a beijou carinhosamente, enquanto eu sorria involuntariamente, minha irmã estava muito feliz, casada com uma mulher incrível, com uma filha linda, e eu estava feliz por ela.

- Laur nós estamos indo, mais qualquer coisa você pode ligar ok! - Taylor deu um beijo na filha e em seguida beijou o topo da minha cabeça como sempre fazia.

- Pode ficar tranquila, se divirtam! - eu disse em um tom provocativo.

- Nós vamos apenas sair pra jantar! - Disse Sofia, mais eu sabia que não seria só isso.

- Eu te amo Lauren, se cuida! - Taylor disse, entrelaçando sua mão a de Sofia e saindo do apartamento.

- Parece que agora somos só nós duas hum? - Disse para a pequena Lauren que no mesmo me olhou sorrindo, eu sou completamente apaixonada por esse sorriso.

Fiquei um tempo brincando com a pequena, mais ela estava morendo de sono, por isso estava meio chorona, então fiz ela dormir a colocando em seu berço cuidadosamente.

Sentei na poltrona super confortável que ficava no quartinho perfeito de Lauren, o quarto era todo planejado e enfeitado nas cores rosa e branco, haviam fotos na parede, e uma delas me fez sorrir, era uma foto dela  recém nascida no meu colo, observei o quanto eu estava magra e abatida por conta da doença, e me vendo agora mesmo a pouco tempo da cirurgia, já estou muito melhor, ganhei peso novamente e estou corada novamente.

Estava intertida mechendo no meu celular, até que ouço a campainha tocar. Vou até a port, observo pelo olho mágico quem seria, e sinto meu coração acelerar quando vejo que é Camila.

- Droga!

Respirei fundo, e abri a porta como se vê-la não me encomodasse. Camila e eu estávamos disntantes, nós sempre nos vamos, já que fazíamos parte da mesma família, e ela sempre fazia questão de me visitar, porém pouco conversávamos.

- Oi Camila!

- Oi Lauren!

Camila foi entrando no apartamento sem me encarar.

- A Sofia não está ? - Me perguntou ainda sem me encarar, e achei estranha a forma como ela tentava não me olhar.

- Ela saiu com a Tay, e por isso estou cuidando da bebê.

- Entendi! - falou desanimada.

- Ela está dormindo ? - Perguntou sem ao menos me olhar.

- Está!

Camila simplesmente foi até o quarto da pequena, sem ao menos me dizer nada, notei que ela estava estranha, totalmente fria comigo, achei estranho pois ela não era assim, apesar de não estarmos mais juntas, sempre que nos encontramos, nós conversamos ao menos um pouco.

Pouco tempo depois, Camila voltou a sala, passou por mim, sem me olhar diretamente.

- Ela está crescendo muito rápido neh? 

- Está mesmo, nem parece mais aquela bebezinha toda frágil de antes.

- É, ela esta enorme já.

Então, você quer comer alguma coisa ? Eu já estava indo preparar algo pra mim. - Comentei.

- Eu não sei, precisava conversar com a Sofia, pedir uns conselhos, mais já que ela não está, acho que vou voltar pra casa. - Me senti triste por isso, parecia que ela estava me evitando, mais não deixei transparecer.

- Ok!

- Bom, então eu vou indo, até mais.

E ela simplesmente saiu praticamente correndo.

- Até Camila! - respondi em um sussurro.






Surrender | Camren Where stories live. Discover now