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NAOKA
Sinto meu corpo dolorido mas ao mesmo tempo mole. Abro os olhos devagar ao ouvir sons de equipamentos de hospital.
— Hã...? — pisco algumas vezes para me acostumar com a luz.
— Acordou, mocinha?
Era a voz de um homem, apesar de não reconhecer aquela voz, senti um arrepio, provavelmente pela gravidade dela. Olhei e vi um médico, ele...ele não me é estranho.
— O quê aconteceu...?
— Você foi internada na manhã de ontem. Foi vítima de atropelamento.
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— "Ontem"?!
— Ah, sim..são três da manhã. — ele aponta para o relógio e olhei.
— Ai não..! Eu tenho que ir pra casa! — tento me levantar, mas não consegui e grunhi com a dor que tomou meu corpo, olhei e vi minha perna engessada.
— Não se esforce, mocinha. Você se machucou feio e ainda tá em avaliação e recuperação. — ele diz me ajudando a ficar confortável na cama.
— Ah...tá...tinha...um homem comigo?
— Teve um homem que te trouxe, seu namorado suponho. Tô com a ficha que ele preencheu aqui como seu acompanhante. Ele foi buscar umas coisas em casa.
— Ele...? — fico meio perdida, o médico ri.
— Vou falar aqui para ver se você reconhece. "Tōji Fushiguro, 35 anos, viúvo"...
— É, é ele mesmo...ele disse quando voltaria?
— Não, mas provavelmente volta logo. Já faz um tempo que ele saiu. — o médico checa meu soro.
