Powers

03 - A Prova do Poder: Desfecho

O apito soava uma vez mais, era a hora de uma nova turma começar  teste. O grupo que havia vencido ficou sobre a arena, debruçados sobre as barras de contenção, esperando para ver um novo grupo da sua sala de aula em ação, eles observavam duas meninas e três meninos que tentaria algemar um policial de dois metros e meio de altura.

O grande policial tinha aparência tenebrosa, seu corpo parecia feito de pedra, sua pele era rústica assim como seu olhar, do outro lado uma pequena garotinha com orelhas de raposa alongava suas pernas, uma garota de cabelos brancos tirava das costas uma katana de madeira, um pequeno guaxinim se escondia atrás de um jovem com asas angelicais, que parecia muito inseguro, por ultimo um jovem de cabelos azuis e óculos, um grupo completamente improvável.

A jovem de orelhas de raposa saltava em uma velocidade tremenda contra seu alvo, suas pernas pareciam expelir um impulso sonoro que fazia ela saltar rapidamente, mas seu tamanho pequenino não fazia nenhum estrago no policial que parecia nem sentir cocegas, o anjo voava com as algemas em mãos tentando enganar o alvo, jogando para a pequena raposa colocar, mas ela era facilmente repelida quando o grande policial chacoalhava o braço.

Com medo o guaxinim se escondia atrás de uma roxa enquanto o garoto de cabelos azuis pensava no que fazer, seus poderes não ajudavam em nada naquele momento, mas ele tinha de fazer algo, afinal estava sendo testado, foi quando ele pensou em fazer algo que a garota de cabelos brancos simplesmente foi pra cima do seu alvo com a espada em mãos.

A espada de madeira bateu uma, duas, três vezes no grandalhão que ria por não sentir nada, a garota então continuava atacando sem parecer com medo, até que recebeu um murro no seu estômago de volta. Desnorteada ela balançava a cabeça e voltava a golpear o grandão, que logo socava a menina novamente.

A raposa tentou mais uma vez algemá-lo, mas era inútil, o anjo voava baixo e tentava fazer algo, mas não conseguia atingi-lo com maestria, a garota de cabelos brancos cambaleava com os golpes recebidos, mas isso parecia deixar ela mais forte, foi quando o guaxinim parou de chorar  e saiu de trás da pedra se transformando em um urso grande com uma pequena folha verde na cabeça, segurando os braços do grandão como se disputassem força.

O garoto de cabelos azuis correu até a garota de cabelos brancos, suas mãos tinham uma energia azulada morna que começou a curar os ferimentos dela, foi então que algo o surpreendeu "Não, não me cure, só preciso tomar mais alguns socos..." e ela partia correndo para o policial.

O relógio marcava apenas 1 minutos para o teste terminar e aquela luta inacabável parecia que ia ter um empate, o policial jogou o urso para longe que logo se transformou no pequeno guaxinim em uma explosão de fumaça, a raposa de um lado cansada, o anjo do outro, ofegante, foi nesse momento que a menina voltava com sua espada.

"Não cansa de apanhar baixinha?" o grandalhão acertava ela mais uma vez, dessa vez uma pancada na cabeça, a pequena cambaleava e então segurava sua espada com as duas mãos "Obrigado Senhor policial, agora posso acabar com você" em uma impulso a jovem batia com a espada de baixo para cima no queixo do grandalhão explodindo a madeira da espada quebrando ela no meio, o golpe foi tão poderoso que fez o policial levantar alguns centímetros do chão antes de cair e fazer um grande estrondo.

Com a algema colocada faltando alguns segundos o grupo vence a disputa, o garoto de cabelos azuis começava a se concentrar para curar a garota, desmaiada.

Lá de cima eles olhavam tudo empolgadíssimos, Laurent apoiado com apenas um braço embaixo do seu rosto comentava "Uau, eu não queria lutar contra essa mina nunca na vida", e Taylor tomava a palavra "Ela é muito forte, será que um dia ela luta comigo?" Mary observava a jovem de cabeços brancos sem nem piscar, ela queria entender mais como seus poderes funcionavam e não parava de pensar em quão poderosa ela era.

O terceiro e o quarto apito soaram novamente após os intervalos entre eles, as lutam seguiam intensas e nos intervalos mais e mais grupos se uniam no topo para prestigiar seus colegas. Mais tarde depois do teste todos foram para as salas de aula onde aprenderam mais sobre a escola, seus conceitos, regras e deveres.

Por volta das 18h, quando o alarme soava para a saída das aulas, os alunos saiam e buscavam por seus aposentos, existiam dezesseis prédios de três andares cada, cada um era para uma sala de aula especifica, as salas de aula A tinham os prédios pintados de laranja, as salas de aula B tinham as paredes amarelas.

O prédio do B7 estava quase no final da fila de construções, tendo de andar muito até chegar nele, lá cada aluno dividiria o quarto com outro, ficando assim dois alunos por quarto. Suas malas já estavam em seus quartos pré-definidos, cada um com seu colega de quarto.

Laurent adentra seu quarto e vê um garoto de cabelos escuros que parece não dar muita atenção, sem nenhum tipo de conversa ou assunto Laurent acaba ficando na sua, arrumando seu quarto com suas 10 malas deixadas por seu mordomo, Sr. Park, que conseguiu entrar na escola com muito custo.

Akira começa a ajeitar suas coisas quando se depara com seu colega de quarto, um garoto tigre eufórico e agitado, que começa a querer fazer inúmeras perguntas ao canídeo que tem que fingir que vai dormir mais cedo para não se aborrecer ainda mais.

Taylor acaba dormindo no meio do caminho para seu quarto, o ultimo, seu colega de quarto, aparentemente um hibrido entre humano e bicho preguiça, arrasta seu corpo moribundo para dentro do quarto onde ambos dormem sem nem mesmo tirar as coisas das malas.

Hekisa começa a arrumar suas coisas quando se depara com a decoração de seu colega de quarto, um rapaz de cabelos vermelhos que coloca vários pôsters temáticos de bombeiros em seu canto do quarto, ele conversa com Hekisa de como bombeiros são extremamente interessantes.

Por fim Mary chega atrasada entrando no quarto que já está metade mobilhado, o lado de sua colega de quarto é bem simples, com um pequeno bonsai e pequenas esculturas que remetem a um período do Japão antigo. De um biombo recém instalado a garota de cabelos brancos sai com uma roupa mais causal e algumas bandagens em seu corpo.

Mary observa aquela garota, a mesma que lutou com garra e que apresentava um poder tão grande, que conseguiu até mesmo nocautear um policial, ela vê a garota se virar contra ela com os cabelos sendo jogados para trás, um rosto tão simples que lhe diz "Eu vou fazer um chá, quer um pouco?"

Sem reação Mary só consegue acenar a cabeça com o sinal de sim enquanto vê a garota abrir a porta, mas antes de sair ela volta sua cabeça para trás "A propósito, pode me chamar de Yui".